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Bayer inaugura hub de inovação no Brasil durante evento inédito sobre transformação digital, inovação e sustentabilidade

Fernando Souza - 3 dez 2020Caspar Van Rijnbach, líder de TI e Transformação Digital da Bayer, no novíssimo LifeHub SP
Caspar Van Rijnbach, líder de TI e Transformação Digital da Bayer, no novíssimo LifeHub SP.Foto Reinaldo Canato / BAYER
Fernando Souza - 3 dez 2020
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A gente vive num tempo em que presente e futuro acontecem simultaneamente.”

Com essas palavras, a jornalista Mari Palma, da CNN, abriu a primeira edição do Bayer Life, evento anual de inovação e sustentabilidade que estreou no Brasil nos dias 24 e 25 de novembro.

Com transmissão ao vivo pelo YouTube, a programação contou com a participação online de CEOs, influencers e líderes de transformação da Bayer e de outras empresas, entre as quais a Amazon, Visa, Nestlé e Natura. Os painéis aprofundaram temas urgentes do ecossistema digital, como processos de cocriação, compromisso socioambiental das empresas e carência de diversidade nos squads de inovação.

O Bayer Life também serviu de vitrine para o lançamento do LifeHub SP, o mais completo hub de inovação da Bayer no mundo – e o único da empresa na América Latina.

Distribuído por 1.500 metros quadrados da sede brasileira, na zona sul paulistana, o moderno projeto reúne experience lab, espaço de cocriação, estúdio de gravação, área de coworking e arena de Share & Learn.

Enquanto o funcionamento físico enfrenta as limitações impostas pela pandemia, o LifeHub já opera digitalmente em seu propósito de conectar parceiros, clientes, áreas de negócio e startups para desenvolver soluções em saúde e nutrição.

“Toda transformação digital exige uma reinvenção cultural de organizações, e com a Bayer não foi diferente. Com o LifeHub SP temos a oportunidade de oferecer, além de produtos inovadores, novos modelos de negócio, serviços e experiências que atendam às necessidades de nossos clientes e da sociedade como um todo”, diz Fabiana Sanchez, especialista em Inovação da Bayer e coordenadora do LifeHub SP.

Fernanda Eduardo e Fabiana Sanchez, a dupla dinâmica da Bayer para o LifeHub (Foto Reinaldo Canato/BAYER).

“O novo espaço irá nos aproximar ainda mais do ecossistema de inovação, e nesse processo as startups são peças-chave. Para uma startup integrar o LifeHub, o primeiro passo é entrar em contato pelo nosso formulário ou procurar os hubs de inovação parceiros: AgTech Garage, Agrihub, AHK (Câmara Brasil-Alemanha) e Campo Lab (Faeg). A partir do ano que vem, vamos promover muito networking, desafios com startups e pitch days”, adianta Fernanda Eduardo, gerente de Digital e Inovação da Bayer.

Para conhecer um pouco mais do novo LifeHub SP, basta assistir ao segundo dia do Bayer Life (25/11), apresentado pela jornalista Cris Dias. Para ver o Bayer Life na íntegra, acesse também o primeiro dia do evento (24/11), que contou com a apresentação de Mari Palma e as análises da consultora Daniela Klaiman.

A programação completa tem quase cinco horas de conteúdo e a participação de influentes vozes sobre inovação e sustentabilidade.

A seguir, uma compilação das melhores ideias discutidas no primeiro Bayer Life:

 

CADA EMPRESA É UMA APRENDIZ 

Marc Reichardt, CEO do Grupo Bayer Brasil

“Sempre tivemos a inovação no nosso DNA, mas a revolução digital associada à sustentabilidade nos leva a um cenário em que precisamos evoluir, para nos consolidar como os principais parceiros da sociedade em saúde e nutrição.”

“Estamos em um momento em que cada empresa, cada pessoa é um aprendiz. Inovação aberta, transformação digital, novas competências – todos esses tópicos colocam empresas e startups no mesmo nível, como aprendizes. E para termos sucesso, precisamos colaborar para encontrar soluções escaláveis.”

 

Werner Baumann, CEO da Bayer global

“Temos um famoso slogan no Brasil que diz: “Se é Bayer, é bom”. E isso é uma verdade, mas eu penso que chegou a hora de começar uma nova era. A Bayer nasceu há 157 anos em uma era química, uma era diferente.”

“A tecnologia, a ciência e a curiosidade estão no centro do trabalho dos LifeHubs. Acho que não existe um lugar melhor para nós do que a América Latina para esse propósito.”

 

O PRINCÍPIO DO “NEGÓCIO DE IMPACTO” VEIO PARA FICAR

Viviane Filipini, diretora de Marketing e Vendas da divisão Farmacêutica da Bayer (mediadora)

“Inovação é muito mais que tecnologia. Ela precisa de diversidade de olhares, de opiniões, diferentes experiências e muitas mãos.”

 

Ricardo Garrido, country manager da Amazon para a tecnologia Alexa no Brasil 

“Nosso processo de inovação começa com uma grande provocação: ‘E se eu tivesse um computador com o qual eu pudesse falar e ele falasse de volta comigo?’ Assim foi com a Alexa. ‘E se eu tivesse acesso a todos os livros já escritos em todas as línguas na palma da minha mão?’ A partir daí veio o Kindle.” 

“Na era industrial, gestava-se um produto por seis meses, então se fazia um grande lançamento, correndo o risco de ele já estar obsoleto. Os ciclos de inovação hoje são muito mais curtos. A maioria das startups lança a primeira versão do produto só com as funções vitais para ser testado e ter feedback dos clientes.”

Daniela Klaiman, fundadora da Unlock the Future e comentarista do Bayer Life.

Camila Novaes, gerente de Marketing da Visa no Brasil

“Na pandemia, a gente tem visto mudanças de comportamento no pagamento do e-commerce, no pagamento por aproximação em supermercados, farmácias… Observar esses comportamentos faz com que a gente enxergue tendências, consiga quebrar barreiras e proporcione a melhor experiência para o consumidor.”

 

Daniela Klaiman, futurista, consultora em tendências do mercado e fundadora da Unlock the Future

“Há uma frase do Peter Diamandis, fundador da Singularity University, que diz: ‘Pra você ganhar 1 billhão de dólares, só precisa encontrar a solução para o problema de 1 bilhão de pessoas’. Esse é o princípio do negócio de impacto. Todas as empresas e indústrias vão ter que migrar para esse modelo, que é muito mais inovador, tecnológico e sustentável.”

 

 

OS MILLENNIALS CHEGARAM AO PODER – E QUEREM EMPRESAS MAIS SUSTENTÁVEIS

Eduardo Bastos, líder de Sustentabilidade da Bayer Crop Science (mediador)

“Sustentabilidade, para nós, é um propósito. É um dos nossos pilares, ao lado de inovação e pessoas. As três grandes metas da Bayer para 2030 estão voltadas a essa agenda: ampliar o acesso de pelo menos 100 milhões de pequenos agricultores à tecnologia; expandir o acesso à saúde para pelo menos 100 milhões de pessoas em países em desenvolvimento; e reduzir em 30% a emissão de gases de efeito estufa na agricultura mundial.”

 

Barbara Dunin, diretora de Relações Institucionais da Pacto Global 

“A agenda vigente da ONU são os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), uma ferramenta de planejamento para governos, empresas e sociedade para 2030. As ODSs têm três princípios: são uma agenda universal, válida para todos os países e pessoas; conseguem equilibrar o tripé econômico, social e ambiental; e são mensuradas em dados desagregados, com recortes de gênero, raça, região.” 

 

Ricardo Voltolini, CEO e fundador da Ideia Sustentável e idealizador da plataforma Liderança com Valores

“Os millennials estão assumindo o poder e têm muitos recursos para investir. São consumidores muito críticos e querem estabelecer relações de negócios com empresas mais sustentáveis.”

“As declarações de propósito são tratadas, hoje, como o grande documento sobre a visão das empresas para além do lucro. Nós vamos assistir a uma explosão de textos de propósito. Resta saber se representam um compromisso firme ou são apenas uma resposta aos investidores.”

“Fizemos um estudo de tendências para a sustentabilidade empresarial que revelou, por exemplo, que o propósito precisará vir antes do lucro; que os negócios serão vistos como solução, não como parte do problema; e que os humanos precisarão ser tratados como humanos, não como recursos.”

 

EMPRESAS-POLVO, UM FENÔMENO DA FALTA DE DIVERSIDADE

Flávia Ramos, diretora de Recursos Humanos da Bayer Crop Science (mediadora)

“Se não houver inclusão, se não trabalharmos com as diferenças, a gente perde um potencial de humanização, que é de onde vem a transformação.”

 

Nina Silva, CEO e cofundadora do Movimento Black Money, e uma das 100 pessoas afrodescentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo

“Não adianta falarmos de pessoas com deficiência se não temos no nosso quadro pessoas com deficiência. Precisamos pensar em soluções para esse grupo, e não apenas cumprir metas para ganhar um selo.”

“Não é porque somos todos brasileiros que temos a mesma experiência. Não temos. A classe social em que eu nasço, o grupo racial, a identificação de gênero que eu tenho, a minha orientação sexual, a minha vivência e o que eu tenho como valor estão no meu DNA, que tem que ser partilhado com o DNA da empresa.”

“O certo é fazer um reequilíbrio, uma reparação histórica de quem não foi desenhado para estar em lugares de poder. É sobre capital? Sim, capital é poder. É sobre influência? Sim, influência é poder. É sobre network, netweaver? Sim, netweaver é poder. Então vamos fazer com que a diversidade seja empoderada, mas não esse empoderamento de hashtag de rede social. É preciso dar a possibilidade das pessoas que estão à margem virem para o centro e galgar lugares de poder.”

 

 

Nina Silva, do Movimento Black Money, falou sobre empoderamento no Bayer Life.

 

 

 

 


Marc Tawill,
jornalista, estrategista de Comunicação, LinkedIn Top Voice e TEDX Speaker

“Nos últimos 30 anos, dividiu-se o profissional em dois tubos de ensaio: ‘hard skill’, com competência técnica, idiomas, blockchain, Excel…, e ‘soft skill’, com competência socioemocional, flexibilidade, gerenciamento do tempo, liderança. Mas as empresas do novo mundo pedem profissionais híbridos. Não tem mais cabimento você ter uma pessoa muito boa tecnicamente, mas intragável no trato pessoal. E também não adianta você ter alguém muito legal, proativo, animador de resort, que não entregue o que precisa entregar.”

 

Luiz Sérgio da Cruz, psicólogo, sócio-diretor do Grupo Bridge 

“Não tente lidar com tantas transformações sozinho. Nas últimas eleições, achei maravilhoso as candidaturas coletivas. Nem super-herói está resolvendo as coisas sozinho: o Homem de Ferro precisa dos Vingadores, o Super-Homem precisa da Liga da Justiça…”

 

Daniela Klaiman, futurista, consultora em tendências do mercado e fundadora da Unlock the Future

“O mindset de transformação começa pela diversidade. Precisamos promover a mudança de verdade, e em cargos de liderança e poder.” 

“O próximo passo é a proporcionalidade, mas a gente ainda não está nem no primeiro. Um exemplo: se a gente tem hoje no Brasil 56% de negros, deveríamos ter essa mesma proporção dentro das empresas em todas as hierarquias. A mesma coisa vale para as mulheres, a população LBTQI+ etc.”  

“Fiz uma consultoria em que os profissionais tinham a mesma formação, a mesma raça, a mesma idade e se vestiam iguais. A empresa era um grande polvo, com muitas mãos para fazer o trabalho, mas só uma cabeça. E quando todo mundo pensa sob a mesma perspectiva, não existe lugar para inovar.”

 

HUB DE INOVAÇÃO EM SP É O MAIS COMPLETO DA BAYER NO MUNDO

Caspar Van Rijnbach, líder de TI e Transformação Digital da Bayer Brasil

“A Bayer entende que para enfrentar os desafios de nutrição e saúde precisa estar mais presente nos lugares em que a inovação acontece. São Paulo é a maior cidade da América Latina e tem um ecossistema de agricultura, de farma e de consumo, várias universidades, centros de pesquisa de ponta, outros hubs e muitos talentos para inovação.”

Área de convivência, cocriação, colaboração, cooperação e outros “co”s do LifeHub SP (Foto Reinaldo Canato/BAYER)

Fabiana Sanchez, especialista em Inovação da Bayer

“Criamos um espaço para favorecer a construção de uma cultura de transformação. Um espaço de aprendizagem e experimentação, com a livre circulação de conhecimento, ideias e experiências.”

 

Silvio Meira, professor, pesquisador e cientista-chefe da The Digital Strategy Company

“O LifeHub é um passo muito grande na direção da formação de redes. No passado, grandes empresas tinham grandes laboratórios. Isso parecia suficiente, mas não é. A Bayer tem ação de articulação com startups, empreendedores e laboratórios de universidades, e processos de cocriação com seus clientes nas fazendas, nos laboratórios e hospitais. Como a gente trabalha e cria em rede? Plataformas digitais habilitando ecossistemas competitivos vão definir o futuro dos mercados.”

 

PANDEMIA ACELERA E ANTECIPA COMPORTAMENTOS DO FUTURO

Silvio Meira, professor, pesquisador e cientista-chefe da The Digital Strategy Company 

O pesquisador Silvio Meira mostrou o impacto da pandemia nos hábitos digitais.

“Caminhamos para um futuro no qual ou nós programamos o mundo, ou seremos programados por ele. A COVID-19 acelerou tudo. Em março, 12% dos americanos compravam online. Hoje, são 42%. Também em março, 5% trabalhavam online. Após um pico de 35%, hoje são 23%. E cerca de 80% das pessoas que passaram a comprar ou trabalhar online afirmaram que vão manter toda ou parte da mudança que foi acelerada pela COVID-19.”

“O tempo médio para que alguém estabeleça um novo hábito são 66 dias, e muitas pessoas passaram mais de 90 dias em casa, outras mais de 120, algumas 150. Isso tem consequências radicais nos modelos de negócios. Uma pesquisa da Twilio indicou que para 43% dos executivos entrevistados, a aceleração em seus mercados durante a pandemia foi de 1 a 4 anos; para 27%, foi de 5 a 9 anos; e para 23%, acima de 10 anos.”

A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE É COLABORATIVA

Dirceu Junior, líder de inovação aberta da Bayer para a América Latina (moderador)

“Os novos desafios requerem soluções ágeis que nem sempre são encontradas nos modelos clássicos de inovação. Pergunte a um pesquisador da área de saúde o que ele pensava, um ano atrás, sobre o tempo mínimo para se desenvolver uma vacina. Ele diria de 2 a 3 anos. E olha a quantidade de vacinas que a gente tem quase prontas contra a COVID-19 em menos de 12 meses.”

“A essência da humanidade é colaborativa. Os grandes desafios da história foram vencidos pela capacidade do homem de juntar esforços. E essa é a essência da inovação aberta: a colaboração e a cocriação. Olhar pra fora está se tornando mais importante do que olhar para dentro da própria empresa.”

 

Bruno Oliveira, líder de inovação e novos negócios da Nestlé

“A inovação aberta é uma escolha estratégica para a Nestlé porque sabemos que não vamos conseguir lidar com os desafios da transformação digital e capturar as oportunidades sozinhos, sem estar conectados a uma rede.”

 

Rafael Campolina, gerente de inovação e engajamento de startups da Natura & Co.

“Nosso próximo passo é trazer mais gente para a inovação. Falando especificamente de startups, ainda é um ecossistema pouco diverso. Vamos entrar forte nessa agenda para que a inovação se beneficie de pessoas com diferentes histórias, repertórios e vivências.”

 

OS DADOS (E OS ERROS) COMO COMBUSTÍVEIS DA INOVAÇÃO

Elissa Suzuki, gerente de Dados e Analytics da Bayer (moderadora)

“Qualquer empresa só vai conseguir extrair maior valor dos dados se tiver bons dados, ou seja, dados limpos, seguros e armazenados.”  

 

Tallis Gomes, empreendedor e criador de aplicativos como o Easy Taxi e o Singu

“Um garoto que decide montar sua startup no quarto da república onde mora tem acesso a uma inteligência que uma empresa do topo do S&P 500 não tinha há 20 anos.”

“Existem dois tipos de empresa: aquelas que são data driven, e as que vão quebrar.” 

“O Darwinismo nunca fez tanto sentido. Quem ganha o jogo não é quem tem mais tempo de mercado, maior valor de mercado ou mais acesso a capital. É quem se adapta melhor. E a capacidade de adaptação está ligada a 1) processos; 2) pessoas; 3) cultura. Inovação não é um departamento, inovação é cultura.” 

“Nós viemos de uma cultura de negócios militarista, em que uma ideia do estagiário leva um ano para chegar ao conselho e voltar. Se a gente ficar nesse playbook, vem uma startup e rouba 20%, 30% de market share. Precisamos de sistemas mais descentralizados.”

 

Rafael Garcia, gerente de produtos Latam da Climate 

“É muito mais barato falhar na fase de experimentação do que construir um negócio, alocar capital, contratar equipe, construir o produto e torcer para que ele tenha tração no mercado.”

 

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É O CAMINHO PARA O NOVO PROTAGONISMO

Sydney Rebello, presidente da divisão Consumer Health da Bayer Brasil

“O Bayer Life foi um momento histórico ao mostrar o mundo em que a Bayer está inserida. Nesse novo mundo, queremos ter um papel de protagonismo, com tudo o que ainda vai se descortinar. E o LifeHub talvez seja a concretização dessa visão de mundo, repleto de portas abertas para novas possibilidades e alternativas.”

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