Nome:
Impact Bank.
O que faz:
É uma plataforma de soluções financeiras orientada por critérios de ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) que tem como proposta financiar transformações para um futuro mais justo e regenerativo.
Que problema resolve:
O Impact Bank busca engajar pessoas e negócios em um movimento de mobilização de recursos para apoiar causas importantes e prover soluções e arranjos de pagamento para ONGs e negócios de impacto. Oferece para os clientes cartão pré-pago Mastercard, maquininha de cartão e gateway de pagamento online, além dos serviços básicos de transferências, pagamento de contas e boletos.
O que a torna especial:
De acordo com os fundadores, o diferencial é o propósito da startup de mudar a forma como as pessoas enxergam o lucro e como ele é aplicado na sociedade. “Aqui, toda a movimentação financeira que gera receita na conta digital ou nas maquininhas é compartilhada com o Fundo de Transformação, que apoia ONGs e negócios sociais”, afirmam.
Modelo de negócio:
O Impact Bank oferece três pacotes mensais para pessoa físicas (plano gratuito, básico, de 15 reais, e premium, de 26 reais). Para pessoa jurídica também são três planos (gratuito, básico, de 29 reais, e premium, de 40 reais). No caso dos planos gratuitos, quem pode pagar financia o serviço para quem não pode. Além disso, a plataforma cobra pequenas taxas para algumas transações. Dependendo do pacote do cliente, entre 11 a 25% do valor é revertido para o Fundo de Transformação.
Fundação:
Outubro de 2020.
Sócios:
O negócio foi fundado por um grupo de investidores de impacto liderado por Gabriel Ribenboim e Ian Lazoski.
Fundadores:
Gabriel Ribenboim — 40 anos, São Paulo (SP) — é formado em Biologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolveu sua trajetória em ONGs e negócios de impacto como a Fundação Amazonas Sustentável, Sustainable Development Solutions Network- Amazonia e Instituto A Gente Transforma. É CEO da Welight.
Ian Lazoski — 34 anos, Rio de Janeiro (RJ) — cofundou a Lead Lovers e a Terra Booma. Fundou a Welight Tecnologia Social e é preside do Instituto Welight.
Como surgiu:
Os fundadores contam que pilotando o ecossistema da Welight (que faz conexões entre empresas, fundos de filantropias e doadores com ONGs) se conectaram com a Mastercard, que por sua vez apresentou a Digital Banks. A empresa se tornou um parceiro de tecnologia e de Bank as a Service, possibilitando a criação do Impact Bank.
Estágio atual:
A startup tem escritório compartilhado com a Digital Banks na região do Brooklin, em São Paulo, e conta com 11 colaboradores dedicados à operação e outros sete compartilhados. Já conta com cerca de 1 000 contas digitais ativas, entre pessoas, ONGs e empresas. As estratégias de impacto são articuladas com ONGs parceiras, como: Instituto A Gente Transforma – liderado pelo designer Marcelo Rosenbaum – Sistema B, Instituto Semear, Idesam, Fundação Iochpe eCidades Sem Fome.
Aceleração:
Não teve.
Investimento recebido:
O investimento inicial foi de aproximadamente 8 milhões de reais.
Necessidade de investimento:
Para a próxima fase, os sócios querem captar 12 milhões de reais para atingir o mapa de desenvolvimento e escala esperada.
Mercado e concorrentes:
“De modo geral, os mercados estão mais nichados e os consumidores conseguem escolher entre mais opções de fornecedores de produtos e serviços. O tema de ESG ganha cada vez mais força no Brasil. Além disso, o mercado de fintechs está em crescimento, com o Brasil sendo reconhecido mundialmente pelas inovações no setor e enxergamos um grande potencial de contribuição ao entrar nesse mercado”, afirma Gabriel. Ele diz que o Impact Bank entende que todos que estejam engajados no impulsionamento de projetos de impacto e ressignificação do conceito de lucro são parceiros nessa rede colaborativa de desenvolvimento social e regeneração do planeta, por isso não nomeia concorrentes.
Maiores desafios:
“Conseguir gerar uma oferta de crédito e aplicações em investimentos que sejam alinhadas aos princípios de ESG. Já estamos articulando oportunidades para viabilizar esta solução.”
Faturamento:
Todos os dados serão divulgados em balanços semestrais, enquanto os valores repassados ao Fundo de Transformação são atualizados em tempo real dentro da conta digital.
Previsão de break-even:
2022.
Visão de futuro:
“Queremos ser uma plataforma completa de serviços financeiros 100% alinhada com os propósitos ESG que oferece serviços e produtos financeiros de maneira ética e justa, engajando pessoas, negócios e ONGs em um movimento de transformação”, diz Gabriel.
A startup ajuda empresas a reduzirem suas emissões de CO2 ao oferecer incentivos para os colaboradores se locomoverem de forma menos poluente, seja fazendo uma caminhada, usando bikes, veículos elétricos ou transporte público.
Com uma metodologia própria, a startup capacita catadores de materiais recicláveis, pescadores artesanais e agricultores familiares para encontrarem oportunidades na economia circular e auxilia empresas a se tornarem mais sustentáveis.