Você já teve uma ideia para um aplicativo ou site e pensou: “Se ao menos eu soubesse programar…”? Pois já existe um caminho para transformar essas ideias em realidade — e ele se chama vibe coding. O termo foi apresentado em fevereiro de 2025 por Andrej Karpathy, cientista da computação e cofundador da OpenAI em uma postagem no X.
A proposta é simples: você descreve o que quer em linguagem natural, como uma conversa, e a IA transforma esse pedido em código. Isso pode permitir a leigos gerar um app, criar funcionalidades ou até construir um software do zero. Quer um exemplo? Um jornalista do New York Times criou seus próprios aplicativos com IA para escrever um artigo sobre o conceito. Entre eles, uma ferramenta que calcula se seus objetos cabem no porta-malas do carro e outro que sugere almoços com o que tem na geladeira (durante a apuração, ele recebeu relatos de gente que criou um app para rastrear o preço da venda de ovos).
Mas não são só os amadores que estão explorando essa tecnologia. Google e Microsoft já declararam usar IA para gerar parte significativa de seus códigos. Ou seja, algo que poderia servir para democratizar a programação, facilitando projetos pessoais e protótipos, está sendo usado por big techs que, teoricamente, poderiam contratar (e manter) grandes equipes de desenvolvedores.
E aí surge a pergunta: a IA vai tirar o emprego dos devs? Em tempos de demissões em massa no setor de tecnologia — como o anúncio recente do corte de 6 mil vagas em diversas áreas na Microsoft –, a discussão sobre IA e o futuro do trabalho (que já foi tema de um episódio do Drafters) fica ainda mais urgente.
No carrossel abaixo, você entende melhor o que é o vibe coding, suas promessas, limitações e o que ainda está em aberto nesse debate.