A Multiversidade quer formar uma comunidade de aprendizes autônomos

Luisa Migueres - 3 maio 2017 Luisa Migueres - 3 maio 2017
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Nome:
Multiversidade.

O que faz:
É uma startup que procura formar uma comunidade de aprendizes autônomos, que participam de um ciclo de oito meses que inclui workshops, trocas de experiências, mentoria, palestras e saídas a campo.

Que problema resolve:
O objetivo, de acordo com os sócios, é oferecer aos participantes uma nova forma de aprendizado, que estimula pessoas a investigarem suas paixões e temas de interesse de forma livre e personalizada, com apoio de uma comunidade de aprendizes, mentores e profissionais de diversas áreas. “A aprendizagem autônoma, que muitas vezes é visto pelas pessoas como um processo solitário, desestruturado, não reconhecido, confuso e sem ritmo, na Multiversidade ganha um apelo de comunidade e contornos concretos, garantindo uma experiência educativa transformadora”, diz Alex Bretas, um dos fundadores.

O que a torna especial:
O ritmo de aprendizado é estabelecido pelo próprio aprendiz, que também participa nas decisões relativas à comunidade – desde a escolha dos conteúdos até a mensalidade a ser paga.

Modelo de negócio:
A receita vem de uma mensalidade mínima paga pelos aprendizes, no valor de 270 reais. Periodicamente, a empresa propõe aos aprendizes a reflexão sobre a contribuição mensal a fim de ampliá-la ou reduzi-la.

Fundação:
Novembro de 2016.

Sócios:
Alex Bretas – Co-fundador
Adriana Julião – Co-fundadora
Camila Farias – Co-fundadora
Conrado Schlochauer – Co-fundador
Jorge Leite – Co-fundador

Perfil dos fundadores:

Alex Bretas – 26 anos, Belo Horizonte (MG) – formado em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro. É autor dos livros “Doutorado informal” e “Kit Educação Fora da Caixa”, consultor associado da Kailo e um dos curadores do Festival Path.

Adriana Julião – 33 anos, São Paulo (SP) – formada em Direito pela PUC-SP e pós-graduada em Direito Empresarial pela Escola de Direito da Universidade de Stanford. Largou a carreira de advogada e há seis anos trabalha com startups de tecnologia em projetos de crescimento online e offline.

Camila Farias – 31 anos, Belém (PA) – formada em Engenharia pelo IME e pós-graduada em Educação e Tecnologias na Universidade de Stanford. Trabalhou com startups de educação e teve passagens pelos mercados financeiro e de telecomunicações.

Conrado Schlochauer – 45 anos, São Paulo (SP) – formado em Administração na FGV, mestre em Criatividade pela PUC-SP e doutor em Aprendizagem Informal pela USP. É sócio da Affero Lab, músico e conselheiro no Garagem Fab Lab.

Jorge Leite – 35 anos, São Paulo (SP) – formado em relações internacionais pela USP e pós-graduado em produção executiva pela FGV-RJ. Também já estudou Cinema e Matemática. Trabalhou por mais de 10 anos na área de mídia em empresas e projetos de diferentes tamanhos, assuntos e perfis.

Como surgiu:
A história da empresa começou no início de 2016, a partir do programa Desaprender, um projeto-piloto conduzido por um grupo de pessoas de 19 a 52 anos que criaram uma rotina de aprendizagem livre durante quatro meses. “Com a experiência do Desaprender, percebemos que era preciso um espaço mais duradouro para potencializar processos de aprendizagem autônoma. Sentimos que a combinação entre liberdade para aprender e uma estrutura de suporte enxuta poderia ter um grande impacto”, conta Alex. Desde então, eles estudaram universidades livres – como a Universidade Shure, no Japão, e a Universidade Alternativa, na Romênia – e, em novembro de 2016, organizaram encontros abertos para formatar o projeto da Multiversidade.

Estágio atual:
A empresa opera dentro da NAU Interativa, em São Paulo. O espaço abriga os encontros quinzenais da turma e também é a sede de outras atividades relacionadas aos percursos dos aprendizes.

Aceleração:
Não teve.

Investimento recebido:
Nesta fase, os sócios dizem que o investimento será feito via bootstrapping.

Necessidade de investimento:
Ainda não há.

Mercado e concorrentes:
“Estamos em um momento de grandes oportunidades no mercado de educação brasileiro. Os MOOCs (Massive Open Online Courses) apareceram como uma grande promessa, mas também estão enfrentando problemas decorrentes da falta de interações significativas nas plataformas e da ausência de senso de comunidade”, diz Alex. Para eles, a concorrência é formada por cursos livres, graduações, pós-graduações, MOOCs e autodidatismo.

Maiores desafios:
“Educar sobre o valor do processo de aprendizagem autodirigida em uma sociedade acostumada a fazer cursos focados em transmissão de conteúdos, explicar o formato inovador de maneira compreensível para todos e estimular o comprometimento dos aprendizes para que seja possível a formação de uma comunidade”, segundo Alex.

Faturamento:
Ainda não fatura.

Previsão de break-even:
Maio de 2017.

Visão de futuro:
“Nossa intenção é nos tornarmos referência em aprendizagem autodirigida por meio das realizações de nossos aprendizes e da produção de conhecimento na área”, diz Alex.

Onde encontrar:
Site
Contato

 

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