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O capitalismo se reinventa para ser mais integrador e humano. E os atores desse processo estão na Expert XP

Paulo Vieira - 13 jul 2020
Um dos encontros do Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2020, que discutiu o capitalismo de stakeholder.
Paulo Vieira - 13 jul 2020
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Em janeiro de 2020, Klaus Schwab, inventor do Fórum Econômico de Davos, atualizou pela primeira e única vez o manifesto do principal encontro dos protagonistas do poder político-econômico da Terra. Em seu cinquentenário, Davos abraçou sem semitons o “capitalismo de stakeholder”. Tornaram-se famosas as palavras que abrem o documento: “O propósito de uma companhia é engajar todos os stakeholders numa sustentável e partilhada criação de valor. Para criar tal valor, a empresa serve não apenas a seus acionistas, mas a todos os stakeholders – colaboradores, clientes, fornecedores, comunidade local e a sociedade de modo geral.”

Neste mesmo ano, Larry Fink, CEO e chairman da BlackRock, maior gestora de fundos de investimentos do mundo, reafirmava na carta anual a seus pares o que já parece ser um velho adágio seu:

“Uma empresa não irá alcançar lucro no longo prazo sem abraçar o propósito e sem considerar toda sua cadeia de stakeholders. Um forte senso de propósito e compromisso com os stakeholders ajuda a companhia a manter uma conexão mais profunda com seus clientes e a se ajustar melhor às mudanças da sociedade. O propósito é o motor do lucro no longo prazo.”

Diante disso, é bastante seguro afirmar que propósito e relação stakeholder ≥ shareholder são hoje princípios canônicos e a via possível – e talvez única – para a sobrevivência do sistema capitalista num planeta ameaçado pela exaustão de seus recursos naturais.

Pois bem, se o ano mal abria sob tal consenso, a resposta comum de muitos países à pandemia neste primeiro semestre acrescentou outro: a ideia de que uma espécie de renda básica universal para os mais vulneráveis é bastante sensata. Outrora um postulado polêmico por ser encarado como risco fiscal a ser evitado, ao menos nas visões econômicas mais ortodoxas, hoje essa irrigação de receita é entendida muito mais como investimento do que despesa, como fomento, injeção de crédito na economia.

Estas questões vêm sendo colocadas na mesa há alguns anos, mas eclodiram agora. É que o futuro que se desenha depende mais do que nunca dessas respostas. A Expert XP 2020 (inscreva-se aqui), maior evento de investimentos do mundo, que vive sua décima edição, agora 100% digital e aberta, irá reunir investidores, economistas, pensadores e outros atores mundiais a quem cabe conhecer, dar e implementar essas respostas.

É o caso da prêmio Nobel de Economia de 2019, a francesa Esther Duflo, que fala na quinta-feira, 16, às 18h10. Segunda mulher a fazer jus à comenda, e a mais jovem delas, Duflo pensa uma renda básica universal nos moldes daquela perseguida por Eduardo Suplicy. Em entrevista ao jornal El País ela sublinha sua preocupação com o fim da pobreza – compromisso aliás assumido pelos países signatários dos princípios da Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 –, e cita o Togo como uma das nações cuja população vem se beneficiando do modelo. Na entrevista ela conta que 500 mil dos 8 milhões de habitantes do país africano receberam esses recursos, mas para que o programa continue é fundamental uma ajuda do “mundo rico”.

Esse capitalismo do século 21 também exige muito mais equidade e diversidade. Ter uma composição mais diversa nos postos de liderança e no quadro geral de colaboradores é crítico na performance e na resiliência das empresas. Trata-se de mais um consenso.

No já citado Fórum Econômico Mundial de Davos deste ano, David Solomon, CEO da Goldman Sachs, divulgou um compromisso. Explicando que de 2016 a 2019 IPOs (aberturas de capital) de companhias norte-americanas com pelo menos uma mulher no conselho tiveram performances “significativamente melhores” quando comparadas a empresas com menos diversidade, ele deixou claro que a Goldman Sachs só faria doravante IPOs de empresas com conselhos que efetivamente contemplassem a diversidade.

De volta à Expert, não foi preciso criar cotas para prover equidade no evento. Em todo o sistema financeiro mulheres vêm ascendendo a postos de comando, e a voz feminina cada vez mais se faz ouvir. Adena Friedman, CEO e presidente da Nasdaq, é uma das convidadas da Expert. Ela fala em mesa com o CFO da XP, Bruno Constantino, na sexta, 17, às 16h20. Antes de assumir o posto na Nasdaq, fez carreira como CFO da própria Nasdaq e no Grupo Carlyle, de private equity. Adena costuma chamar a atenção para os serviços de tecnologia que a Nasdaq fornece para outros quase 100 mercados pelo mundo. À frente da principal bolsa da economia digital do planeta, ela já disse que “novos produtos, novos mercados, novos investidores e novas maneiras de agir” são o “sangue do crescimento”. “Negócios que não inovam acabam por ficar menores.”

Outra mulher que amplificou sua voz ao buscar um caminho original com apoio da tecnologia é Leda Braga, a engenheira carioca que fundou na Ilha de Jersey a Systematica, corretora que a fez ficar conhecida como a “rainha dos fundos quantitativos”. As decisões de investimento tomadas pela empresa são largamente baseadas em análise lógica de dados. “Há sempre espaço para alcançar eficiência integrando a tecnologia”, ela já disse, o que não significa, claro, que todas as apostas da Systematica serão necessariamente certeiras.

De qualquer forma, a expectativa sobre seu painel, no dia 17, às 11h30, é grande. Trata-se de uma rara oportunidade de entender o que significam os “quants” – e isso explicado por sua maior exegeta. E uma oportunidade de ouro para saber como esse método pode alavancar a performance dos fundos de hedge.

Se o capitalismo vem crescendo com o avanço feminino, ainda que haja um gap enorme a ser superado, especialmente em posições de C-Level e nos boards, a questão racial é um tema que precisa ser enfrentado. As manifestações populares que eclodiram em muitas cidades americanas a partir de maio em resposta ao assassinato de George Floyd repercutiram com força nos noticiários e expuseram principalmente o cotidiano injusto da vida em sociedade. Mas também o mundo corporativo, bem menos impactado, terá de enfrentar o problema. Larry Fink, o CEO e chairman da BlackRock, sempre ele, deu um passo à frente. Recentemente, deu conhecimento público sobre os novos compromissos da gestora que lidera na promoção de equidade racial. Em sua conta no Linkedin publicou o memorando interno da BlackRock que atualizava essas diretrizes.

Nele, um dos objetivos é de que até 2024 a empresa duplique a representação de líderes sêniores negros; quanto ao corpo de colaboradores de modo geral, a presença negra deve subir para 30%. “Hoje, apenas 3% de nossos líderes sêniores (nível de direção para cima) e 5% da força de trabalho nos Estados Unidos é negra. Precisamos fazer melhor.”

Fink, que gravou sua apresentação para a Expert, é a atração do dia 17, às 17h10. O maior gestor de fundos da nova economia, em linha com tudo o que se falou sobre ele aqui, vem falar sobre ESG – o acrônimo em inglês de Environmental, Social e Governance, os três pilares que qualquer negócio que queira crescer no capitalismo do stakeholder, o sistema capitalista do futuro, precisa respeitar.

Diante de tantas atrações, uma informação importante: não há limite para inscrições para os múltiplos painéis da Expert XP, que serão transmitidos por plataforma dedicada e também pelo YouTube e redes sociais da marca.

Expert XP. O maior evento de investimentos do mundo. De 14 a 18 de julho. 100% online e gratuito. Inscreva-se agora em expertxp.com.br. Expert XP. Conhecimento ao seu alcance.

 

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