por Robert Wolfe
Design Thinking é uma forma estruturada para se alcançar inovações. No início, era utilizado principalmente para o design de produtos. Desde a virada do século, no entanto, passou a ser utilizado cada vez mais para o design de serviços e, mais ou menos na última década, organizações como a THNK fundiram essa metodologia ao pensamento empresarial de ponta, passando a aplicá-la ao Venture Design (design de empreendimento) e à solução de problemas sociais complexos.
Em seu núcleo, há três maneiras principais de procurar soluções:
1) A centralização no usuário.
Ao passar um tempo considerável percebendo seu usuário-chave, colocando-se sob sua pele, buscando obter acesso às suas necessidades não declaradas, você terá uma chance muito maior de chegar a uma inovação que conquiste um público ávido. Por si só, isso não é novidade. É fácil para as empresas empregarem a frase “ouça o seu cliente”, mas a forma como o Design Thinking possibilita “enxergar com os olhos” do usuário é inédita para a maioria das pessoas na área de negócios, e até mesmo contraintuitiva para algumas delas.
2) Produzir para o desperdício.
Essa ideia significa gerar múltiplas soluções antes de começar a fazer uma seleção. Novamente, o modo pelo qual isso é feito é de onde deriva a qualidade. Na THNK, criamos a mentalidade de que não há apenas uma ideia correta a ser encontrada. Costumamos dividir os participantes em times de três e utilizar vários métodos de pensamento lateral para gerar múltiplas soluções, que são consideradas meias ideias ou ideias parciais. Na fase de convergência, essas meias ideias serão combinadas, por vezes forçadas a se fundirem, o que pode levar ao ato criativo de encontrar uma direção para a solução ou gerar um conceito emergente que poderá ser levado adiante.
3) A mentalidade de prototipagem.
Faz-se vital testar e iterar continuamente, como um modo de vida, uma maneira de pensar e uma forma de desenvolver conceitos. O tempo de apenas falar acabou. A forma como esse mindset atua em equipes interdisciplinares é um dos elementos chave para o sucesso. Saber o que se está testando e escolher estrategicamente quem envolver fazem parte de nossa abordagem, assim como permanecer abertos a descobertas surpresa. É preciso estar fazendo algo para que a inovação ocorra, mesmo que ela acabe por tomar uma direção diferente daquela em que você começou. A inovação ocorre quando você combina os mindsets adequados às etapas de seu processo e escolhe atividades apropriadas para esse fim.
O que é exclusivo à abordagem do Creation Flow da THNK, a nossa “caixa de ferramentas”, é que ao processo de Design Thinking soma-se a teoria de escalar e inovar o modelo de negócios. Isso permite que as equipes de design sejam inovadoras na forma de disseminar um conceito e gerar valor a partir dele em um estágio ainda muito precoce. (Tradução: Nícolas Brandão Moreira da Silva)
Robert Wolfe é coach de Liderança, treinador em storytelling, facilitador de inovação, especialista em aprendizagem experiencial e no método Diálogo de Voz, além de integrar o corpo docente da THNK desde sua fundação. A organização está chegando ao Brasil, representada pela ProjectHub e Polifonia, e trará Wolfe e outros professores para ministrar o curso Global Creative Leadership Program, que acontece de 26 a 28 de agosto em São Paulo.
Henri e Marina Zylberstajn já eram pais de duas crianças quando Pedro nasceu com Síndrome de Down. Ele conta como a busca de informações sobre a condição levou o casal a fundar uma ONG que promove a inclusão de pessoas com deficiência.
Avesso aos estudos durante a infância e a adolescência, Mateus Andrade conta como foi aprovado em sete concursos públicos e hoje apoia concurseiros por meio do Brabo dos Concursos, canal que soma 1 milhão de inscritos.
Pesquisador e chef de cozinha, Ricardo Frugoli tinha o sonho de dividir seu prazer pela comida com a população que passa fome. Daí nasceu o projeto Pão do Povo da Rua, que alimenta e emprega pessoas em situação de vulnerabilidade social.