Nem sempre o ponto final é o fim de uma história. Pelo menos, não no caso da dobra e de seus fundadores, Eduardo Hommerding, Guilherme e Guto Massena.
O Draft já falou sobre a empresa gaúcha, lá em 2018, quando ela tinha dois anos de operação. Naquela época, a dobra vendia itens como pochetes, carteiras e bolsas feitos de uma fibra sintética chamada Tyvek, leve e dobrável como o papel, porém resistente como o plástico. O material inovador se somava à aplicação de princípios como gestão horizontal, sustentabilidade e produção local, artesanal e sob demanda.
Até 2024, a dobra seguiu vendendo e criando novos itens. No fim daquele ano, porém, os fundadores decidiram encerrar as atividades do e-commerce para focar em um pilar educativo e de prestação de serviços, o dobralabs. Saber desapegar e dizer adeus não é tarefa fácil, mas necessária — tanto na vida como no mundo dos negócios. Segundo Guto:
“Dá, sim, para tu encerrar um negócio, um projeto. A gente tende a pensar que se tomar essa decisão não vai aparecer mais nenhuma oportunidade, tudo vai dar errado. Eu acho que isso vem de uma cultura [equivocada] de pensar: “Se eu comecei algo, sou obrigado a terminar e ficar nisso para sempre…'”
No perfil do Instagram da marca, um vídeo de despedida traz, em resumo, a seguinte mensagem: “Empresas não são eternas, mas as histórias que elas criam, sim”. Esse encerramento, entretanto, não significou exatamente o fim da história e da missão que a dobra construiu até aqui.
No novo episódio do Drafters, Guto conversou com a editora Dani Rosolen sobre os desafios enfrentados ao longo dos últimos anos, as inseguranças diante da difícil decisão de abandonar um caminho conhecido, a coragem necessária para seguir outra rota e a nova jornada do negócio. Assista:
Você doa frequentemente ou só em situações emergenciais? No novo episódio do Drafters, Joana Ribeiro Mortari, referência na área de filantropia, fala sobre como cultivar uma cultura de doação para fortalecer causas, organizações – e o Brasil.
No novo episódio do Drafters, Erick Sperandio, professor da University of Surrey, na Inglaterra, destrincha os impactos ambientais da IA — entre a geração desenfreada de conteúdos triviais e o uso estratégico para criar soluções verdes.
Até 2050, a bioeconomia pode ajudar a movimentar até 30 trilhões de dólares por ano. No novo episódio do Drafters, conversamos com Paulo Monteiro dos Reis, presidente da Associação dos Negócios de Sócio-Bioeconomia da Amazônia. Confira!