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Diálogos para o Futuro: como as pessoas e os negócios devem se preparar para entrar de vez na Era da Emoção

Bruna Fontes - 9 set 2021
A pesquisadora de tendências Iza Dezon e o presidente da BASF, Manfredo Rübens, debateram a economia da emoção
Bruna Fontes - 9 set 2021
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Uma decisão estratégica, na vida pessoal ou nos negócios, deve se basear na razão ou na emoção? Até aqui, a lógica cartesiana do “penso, logo existo” vinha dominando esse tipo de escolha. Daqui em diante, vamos falar mais de uma economia da emoção, que leva em conta os sentimentos.

“Nossas escolhas também são emocionais, então não é questão apenas de pensar. Sabemos explicar as nossas decisões, mas, no fundo, elas são dominadas pela emoção”, explica Iza Dezon, expert em análise de tendências.

Essa provocação foi o tema do primeiro encontro da série , uma jornada de três eventos online e gratuitos do movimento onono-to-go para refletir sobre como construir um amanhã mais equilibrado com as conexões no centro.

Na primeira conversa, realizada em 24 de agosto, Iza Dezon falou sobre a Era da Emoção e conversou com Manfredo Rübens, presidente da BASF na América do Sul, sobre como as tendências que mexem com sentimentos como a pluralidade e a resiliência impactam, também, o mundo dos negócios.

“O onono-to-go vai trazer o lado humano de todos nós para o debate sobre o futuro.

Afinal, a química está presente não só nas moléculas, mas também na conexão entre as pessoas”, ressaltou Manfredo na abertura do encontro. “Até o final do ano, vamos falar do futuro das pessoas, da sustentabilidade e da inovação.”

 

O que é a Era da Emoção?

Trazendo na bagagem uma década de experiência em pesquisa de tendências de comportamento, Iza Dezon compartilhou com o público online as principais diretrizes da Era da Emoção. “O futuro será pautado no sentimento, no humano e no poder do coletivo”, afirmou a especialista.

 

1 – Abraçar a pluralidade

“O que você faz?” Se antes a resposta a essa pergunta era simplesmente dizer sua profissão, daqui por diante ela se torna um pouco mais complexa. Para Iza, as pessoas já não cabem em única definição, e carregam um universo plural de seus interesses e habilidades que está em constante transformação.

Algumas são até adeptas do polywork, ou seja, têm mais de um trabalho. “Nossas identidades são mutáveis no âmbito profissional e nos desejos pessoais, e isso tem que ser compreendido para termos equipes mais satisfeitas e com melhor performance”, disse ela.

“Liberte-se de clichês e crie ações e campanhas que celebrem essa pluralidade.”

Segundo Iza, até mesmo o empoderamento feminino tem diferentes faces, tornando-se um pluriempoderamento. “Uma pessoa empoderada tem poder de escolha de ser dona de casa, executiva, astronauta. E é importante chamar os homens para essa conversa, abrindo um diálogo multifacetado.”

Bate-papo entre Carlos Henrique Almeida, do onono (no alto, à esquerda), Manfredo Rübens, presidente da BASF na América do Sul, a pesquisadora de tendências Iza Dezon (à esq.) e Renata Milanese, diretora da BASF

2 – Resiliência coletiva

Quando se fala na resiliência, essa capacidade de voltar à forma original ao passar por situações de estresse e grandes mudanças, Iza ressalta a importância de passarmos, juntos, por essas experiências. “Somos seres baseados na sociabilidade, então a resiliência funciona melhor quando feita coletivamente.”

Uma maior abertura em relação ao outro ajuda, também, na resolução de conflitos corporativos ou sociais, que exigem soluções lúdicas e com real inclusão.

“Temos que falar de diversidade com proporcionalidade, ou seja, mais poder de sentar à mesa e tomar decisões.”

Em tempos de pandemia, a generosidade deve dar o tom na difusão de valores coletivos. “Vivemos um período de urgência moral de restaurar o espírito da fraternidade”, diz Iza. “Desenvolver uma autoestima coletiva desperta o desejo de compartilhar, acolher e ser mais diverso.”

 

3 – Simbiose com a natureza

Entender o que há de selvagem e ancestral em nós é um primeiro passo para a consciência de que fazemos parte da natureza e devemos viver em harmonia com ela, valorizando também o poder das plantas e dos ingredientes ancestrais.

“Estamos falando, finalmente, de um casamento entre a ética e a sustentabilidade.”

Para as empresas, isso significa valorizar o upcycling e investir em sistemas rastreáveis para ter novas cadeias de produção. E repensar o desperdício para incentivar a verdadeira circularidade na nova economia. “Tudo pode virar um novo recurso. É preciso inverter o pensamento extrativista que vigorou até aqui.”

 

Próximos encontros

A série Diálogos para o Futuro continua e vai debater os seguintes temas:

 

A Inovação inevitável

Quando: 29/9 – 10h

Convidados:

Daniela Klaiman, futurista e especialista no comportamento do consumidor

Antonio Lacerda, vice-presidente sênior de Químicos da BASF para a América do Sul

 

A Sustentabilidade do futuro

28/10 – 11h

Convidados:

Sergi Vizoso, vice-presidente sênior da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF

Cristiana Brito, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BASF para América do Sul

 

Para se inscrever no próximo evento, clique aqui.

 

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