Desde cedo, sempre acreditei que a forma como nos apresentamos ao mundo reflete quem somos e o que buscamos alcançar.
Essa visão me levou a trilhar caminhos diferentes, sempre movido por uma inquietude em busca de coisas novas e autênticas.
Tive uma infância tranquila, tive apoio familiar, mas sabia que queria mais e que queria coisas bem diferentes daquilo que me rodeava.
Olhava em volta e não queria seguir o roteiro comum, de ter que fazer faculdade, ter um emprego qualquer: sempre precisou ser algo diferente.
Comecei a trabalhar com 16 anos, no departamento financeiro da TV Globo. A empresa era bem legal, eu queria ganhar meu dinheiro, mas já sabia que ali eu não queria ficar por muito tempo.
Mas no 9º andar tava o pessoal de Eventos, gente descolada, roupas iradas e bem diferente do povo engravatado do meu andar. Eu queria estar lá!
E quando você quer estar em outro lugar, você precisa se mexer para chegar lá. Parece meio óbvio isso, mas a gente sabe que pouca gente faz isso!
Então, sempre busquei fazer esse movimento de observar, experimentar, tentar e aprender. Pesquisava aonde esse povo ia, com quem e o que conversavam, o que usavam… E ia atrás de me entender e chegar nesse lugar diferente que eu sempre busquei.
Esse “estudo do meio” me ajudou a perceber que, para realizar meus sonhos, eu precisava entender o que movia as pessoas de sucesso e, em seguida, traçar meu próprio caminho
Eu tinha que, de alguma forma, fazer o que essas pessoas faziam – mas com a minha assinatura.
Essa visão estratégica logo me levou a criar negócios que não apenas refletem a minha personalidade, mas também minha busca por experiências únicas e transformadoras.
Quando criamos a blood, foi uma oportunidade jogada na nossa cara, sem o menor planejamento. Mas pra mim era mais uma oportunidade de poder fazer mais e fazer diferente.
A gente não para (“Non-Stop Experience” é o nosso lema), e sempre buscamos criar coisas novas, diferentes e cheias de detalhes. De eventos a campanhas, de ativações a projetos proprietários, de um estande ao retrofit de um escritório, a gente gosta do desafio. Temos gente muito boa para isso.
Eu e meu sócio, Marcos Carneiro (Marcão), somos complementares: ele é das planilhas e do back office e eu sou o cara da criatividade e da produção
Mas o legal é que essa combinação faz a blood o que ela é: a gente coloca a mão na massa junto, desde carregar caixa até ajustar tudo para a apresentação final.
Não é à toa que somos lembrados pelo cliente como “os caras que estão sempre disponíveis”. E tudo isso se reflete já na maneira como nosso time se relaciona internamente: somos um mix único de pessoas que se abraçam na hora do “vamos ver”.
É claro que criar uma agência traz seus próprios desafios. O mercado é competitivo, as exigências são altas, e a pressão por resultados, imensa.
São várias as noites intermináveis – e o cansaço bate forte.
Isso sempre me faz ter consciência do quanto ainda é fácil romantizar a ideia de empreender… E como a prática traz muito mais resiliência e consistência do que qualquer glamour que a gente imagina – ainda mais neste mercado
Mas a ideia de trazer algo novo, de romper com o comum, foi o que realmente me manteve firme.
Não por acaso, a blood, que esse ano completou oito anos, superou as várias adversidades, entre elas uma pandemia global, e saltou de um faturamento de 15 para 50 milhões de reais nos últimos três anos.
Nossa equipe cresceu e, com ela, nossa responsabilidade. Por isso também que sustentabilidade e inovação avançaram em nossa estratégia.
Hoje, a blood é uma agência 100% Carbon Free, além de ser signatária do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, para quem também presta serviços – algo que, pra mim, faz todo o sentido.
Minha sede por novos projetos nunca parou. No meio desse caminho, comecei a empreender em outras áreas – e olha, esse passo foi mais uma montanha-russa.
Lançar o The Hair Studio, por exemplo, foi uma tentativa de criar um espaço que tivesse a minha cara, pois estava cansado de buscar um ambiente que unisse qualidade, estilo e conforto. Surgiu, portanto, como uma alternativa de lugar onde eu queria estar.
Outra paixão que carrego desde os 16 anos é o universo dos sneakers. Na época, o Adidas Hemp era o modelo do momento, e essa fascinação por tênis evoluiu ao ponto de se tornar uma parte importante da minha identidade
Além de uma loja de sneakers, em 2023, trouxemos para o Brasil a Sneaker Con, o maior evento de compra e venda de sneakers e cultura urbana do mundo. Ano que vem tem mais e vamos mais uma vez criar experiências incríveis.
Hoje, quando olho pra trás, vejo que o que me trouxe até aqui foi a busca constante por criar coisas que realmente fazem a diferença.
Nada foi fácil – tive medo, frustração, muitos erros e aquela dúvida que todo mundo sente em algum momento. Mas, ao final de cada desafio, percebo o quanto todo sonho vale a pena realizar
A blood, o The Hair Studio e a Sneaker Con representam pedaços dessa jornada, todos frutos da minha vontade de unir estratégia com propósito.
Essa vontade de algo mais não passa e, para 2025, já tenho outro projeto: trazer para São Paulo uma unidade do Starlane, um famoso bar de Londres com todas as características que eu mais curto: boa comida, alta coquetelaria e música de qualidade.
Afinal, empreender não é só sobre o trabalho, é sobre escolher e renovar a própria trajetória. Para conquistar o excepcional, é preciso ousar, buscar o novo e não ter medo de ser diferente
Vai lá, faz! Com medo mesmo, focado em resolver qualquer situação. Não precisa pensar muito, o tempo tá passando rápido. Pensamento positivo e o resto foda-se! Só faça direito!
Alê Tcholla, 41, é sócio e diretor criativo da agência blood. Apaixonado por música e com 23 anos de experiência no mercado de eventos, é responsável pela criação das experiências de grandes marcas em festivais, feiras, convenções, premiações, além de ser sócio do Salão/Barbearia The Hair Studio e do Bar StarLane em São Paulo
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