Dona de uma elegância natural, a jornalista Maria Prata transborda empolgação ao falar, longe das câmeras, de seu aprendizado diário desde que decidiu dar uma guinada na carreira. “O mais legal foi entender que está acontecendo todo um movimento gigantesco de pessoas se mobilizando em um envolvimento muito vivo e borbulhante que eu sequer sabia que existia. Nós só ouvimos falar de crise, de desemprego… E essa rapaziada está botando pra quebrar!”.
Maria é a apresentadora do Mundo S/A, programa da GloboNews que conta histórias de empreendedores na faixa dos 25 anos (ou menos) que estão moldando a face da nova economia. Ela é, também, uma das juradas na etapa nacional da maior competição de empreendedorismo social, o The Venture Brasil, concurso promovido pela marca de whisky Chivas Regal. O vencedor da etapa nacional, onde Maria é jurada, irá representar o país no The Venture global e brigar por uma fatia do prêmio de US$ 1 milhão.
Em 2014, Maria se reinventou profissionalmente: trocou a carreira sólida de jornalista de moda (foi editora da revista Vogue, editora-chefe do canal Fashion TV e diretora de redação da revista Harper’s Bazaar) por um mergulho no universo de inovação e empreendedorismo. Começou fazendo duas séries que entravam na grade do Mundo S/A: Moda S/A, sobre como as redes sociais transformaram o mercado da moda, e Mundo Criativo, abordando cases de sucesso da economia criativa. Em julho de 2015, ela se tornou a apresentadora do programa.
Sua rotina é a falta de rotina, um dia a dia corrido em que o cronograma de gravações varia conforme a agenda dos entrevistados. Ela diz que a cada semana aprende “um milhão de coisas”, descobrindo novos casos de gente que teve uma sacada genial ou que trouxe para o Brasil um modelo de negócios bombástico, prestes a estourar por aqui. “É uma mentalidade nova, com pessoas pensando em jeitos diferentes de empreender, de se colocar no mercado.”
Estimular o convívio faz parte dessa nova mentalidade. Numa entrevista recente, Maria perguntou a André Marim, do Fleety (serviço de aluguel de carros de pessoa física), por que ele impõe o limite de três veículos por CPF. “O negócio poderia triplicar, mas ele não quer abrir uma locadora. O interesse dele é na relação entre as pessoas. Se você vai alugar o seu carro, deixa um bilhetinho fofo e um bombom para o locatário, pede para ele cuidar bem… E o outro acaba mesmo cuidado de outro jeito. É como no Airbnb, em que você fica na casa da pessoa.”
Outra iniciativa arrojada que chamou atenção da jornalista foi a plataforma de streaming Netshow.me. “É um negócio que, se for tocado direitinho, pode virar o próximo concorrente do Youtube”, afirma. Músicos e vloggers usam a ferramenta para transmissões ao vivo, que são remuneradas pelos espectadores. Em 2014, a cantora Wanessa Camargo fez um live funding destinado a ajudar no tratamento de uma criança doente – em 45 minutos, arrecadou R$ 4 mil.
A coragem de buscar o novo, sem medo de errar. Para a jurada do The Venture Brasil, esse é o primeiro passo para quem está começando no empreendedorismo social. “Depois, claro, é preciso ter noção de gestão para tocar o negócio. Mas isso você aprende na marra.” Se este é o seu perfil, então inscreva já o seu projeto! As inscrições vão até 25 de outubro.
https://youtu.be/8kfV6CEAvoo