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“O cooperativismo é feito de pessoas. Não é exatamente o que o voluntariado faz?”

Patrícia Büll - 23 maio 2019
O voluntário Adriano Gil Fernandes e sua turma do Na Ponta do Lápis: mudar a vida mudando a relação com o dinheiro.
Patrícia Büll - 23 maio 2019
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Usar o crédito, o cartão de crédito e o cheque especial a seu favor. Planejar, poupar, evitar o consumo impulsivo e com isso, os riscos de superendividamento… Esses são alguns dos objetivos do Cooperação Na Ponta do Lápis, um projeto de educação financeira desenvolvido pelo Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 4 milhões de associados, e aplicado por seus colaboradores por meio do voluntariado junto às comunidades, escolas e empresas.

A ação começou no ano passado na Central Sicredi que reúne os estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro durante a Semana Nacional de Educação Financeira (Enef), evento organizado anualmente pelo Banco Central do Brasil. De lá para cá, foram realizados 1.826 eventos e oficinas, que envolveram mais de mil cooperados e beneficiaram 107 mil pessoas de forma direta, sem falar do efeito multiplicador.

O Cooperação na Ponta do Lápis deu tão certo que para 2019, o Sicredi intensificou a abordagem durante a 6ª edição da Semana Enef, que ocorre entre 20 e 26 de maio. “Nossa ideia para este ano é dobrar os números alcançados em 2018, levando as palestras para mais pessoas e atraindo mais voluntários para essa ação, que tem tudo a ver com cooperativismo”, afirma o presidente nacional do Sistema Sicredi e da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock, lembrando que o cooperativismo é feito por pessoas, e pessoas que ajudam pessoas. “Não é exatamente o que o voluntariado faz?”.

 

Manfred Dasenbrock, presidente do Sistema Sicredi: “A ação voluntária é a forma mais genuína de doação.”

Dasenbrock lembra que a educação é uma frente que o Banco Central elegeu como prioritária para baixar juros, melhorar o nível de poupança e a inclusão financeira. “O Sicredi também entende isso tudo como relevante e decidiu se conectar a essa ideia”, diz. “E, para alcançar mais capilaridade, optamos em formatar o projeto de maneira que fosse uma ação voluntária, que é a forma mais genuína de doação.”

Os voluntários são capacitados com conteúdo baseado em informações do Banco Central e recebem material de apoio para as apresentações. Em seguida, passam a atuar como multiplicadores de informações sobre como fazer bom uso do crédito, evitar as dívidas e planejar o futuro financeiro com sustentabilidade.

Um desses voluntários é Adriano Gil Fernandes, 32 anos, sete deles como colaborador do Sicredi e nove como voluntário em campanhas de doação de alimentos e de agasalhos para o gelado inverno paranaense.

“Me encantei pelo projeto porque é uma forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas em algo que ela pode realmente ter controle, ao contrário do que ocorre quando ela vive em situação de rua, por exemplo.”

O que Adriano percebeu nas oficinas e palestras que realizou, é que muita gente desconhece o próprio perfil financeiro e por isso acaba consumindo por impulso, sem racionalidade. É por conta desse desconhecimento que a maioria entra em um ciclo crescente de dívidas. “É muito bacana quando a pessoa percebe que pode mudar a sua vida mudando a relação que tem com o dinheiro”, diz. Do ponto de vista do voluntário, Adriano garante que quem mais ganha é quem conduz a ação, e não quem recebe. “Isso não muda. O sentimento é o mesmo aqui, distribuindo alimento ou agasalhos.”

 

O Na Ponta do Lápis também é levado para escolas do ensino fundamental: educação financeira, desde a infância.

As ações de educação financeira alcançam também o ambiente virtual, com dicas para uma vida financeira mais saudável no site e vídeos nas redes sociais com informações sobre juros, inflação e planejamento. Tem até um teste de perfil financeiro.

Embora não mensure o resultado das ações de educação financeira em números tangíveis, o presidente do Sicredi acredita que no futuro isso irá se traduzir em aumento de poupança e queda de inadimplência, por exemplo. “Por enquanto, entretanto, o que queremos é gerar é engajamento, tanto dos colaboradores quanto dos associados. Se cada um plantar uma árvore, no futuro teremos uma floresta”, finaliza o presidente do Sicredi.

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