Em tradução livre, a palavra rating significa “avaliação”.
No contexto ESG, rating refere-se à avaliação sobre como empresas, instituições e governos gerenciam riscos e oportunidades em relação a questões socioambientais e de governança.
Trata-se de, portanto, de mecanismos para medir como uma entidade gerencia as ações ESG de maneira mais relevante para seus interesses e de seus stakeholders.
Inúmeras consultorias e instituições financeiras fazem esse tipo de avaliação, gerando uma variedade de ratings (ou índices) que podem servir para autoavaliação e divulgação de boas práticas institucionais e também como referência para investidores e parceiros interessados sobre como uma instituição executa sua agenda ESG.
Dessa maneira, sociedade, governos e mercados podem comparar esforços e desempenhos das instituições em relação a suas responsabilidades socioambientais.
O primeiro rating para medir os potenciais e riscos ESG de empresas foi o Domini 400 Social Index, criado pela KLD Research & Analytics em 1990.
Esse índice de investimento socialmente responsável pioneiro, agora chamado MSCI KLD 400 Social Index, atualmente é composto por 400 das 3.000 maiores empresas dos EUA, selecionadas por critérios ESG positivos – excluindo aquelas com atividades envolvendo tabaco e armas de fogo.
Um outro índice “ancestral”, de acordo com um estudo publicado por pesquisadores da Universidade Harvard, é da agência RepRisk. Ela trabalha, desde 1998, produzindo “relatórios ESG para mais de 84 mil empresas privadas e públicas, em 34 setores, no mundo”, além de atender 14 mil ONGs, 10 mil órgãos de governo e outros 20 mil projetos.
Para montar sua avaliação, cujas notas vão de AAA até D, em ordem decrescente de desempenho, a RepRisk examina dados relevantes em mais de 80 mil fontes de mídia e stakeholders diariamente. A agência concentra a avaliação em 28 aspectos ESG, todos em linha com os 10 princípios universais do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). A RepRisk divide esses 28 aspectos que avalia em quatro grandes áreas: questões ambientais, relações com a comunidade, relações com funcionários e governança corporativa.
Atualmente, há dezenas de agências de classificação ESG, cada uma com metodologia, critérios e ranqueamento próprios para avaliar e comparar entidades. De um modo geral, porém, todas elas trabalham coletando informações em relatórios da própria instituição avaliada, em bancos de dados governamentais e de ONGs, na imprensa, em pesquisas acadêmicas e outras fontes com credibilidade. Há também a possibilidade de coleta de informação submetendo questionários para os avaliados.
A partir do conjunto de dados coletados, a avaliação sobre como a instituição conduz sua agenda ESG é convertida em uma pontuação que pode servir como base de comparação com entes do mesmo setor. O desempenho em relação aos pares, por sua vez, pode ser usado como referência para gerar uma classificação que envolva entidades de setores variados.
Alguns dos ratings ou índices ESG mais reconhecidos são:
• Dow Jones Sustainability Index (DJSI);
• S&P 500 ESG Leaders;
• Índice S&P/B3 Brasil ESG;
• RepRisk Rating (RRR);
• FTSE4Good Index;
• Thomson Reuters ESG Research Data
• Bloomberg ESG data;
• MSCI ESG Indexes.
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