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“Oferecemos uma alternativa economicamente viável e sustentável ao uso do herbicida”

Bruno Leuzinger - 3 dez 2015
Formado em Administração, Sergio comanda a empresa baseada em Indaiatuba (SP)
Bruno Leuzinger - 3 dez 2015
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Propor uma solução tecnológica e sustentável para o controle da vegetação rasteira que prejudica a agricultura e compromete o patrimônio público nas cidades. Essa é a missão da Sayyou, empresa de serviços de capina elétrica baseada em Indaiatuba (SP). “A gente dá choque elétrico nas plantas”, diz o sócio Sergio Coutinho. “Desenvolvemos uma tecnologia que usa a energia mecânica de uma plataforma – pode ser um trator, um caminhão –, transforma em energia elétrica, usa e controla essa energia para maximizar sua eficiência e aplica em alta tensão para fazer o controle de plantas invasoras.” A Sayyou é finalista do The Venture Brasil, etapa local da maior competição de empreendedorismo social do mundo.

“Plantas invasoras” é o termo para o mato que cresce desordenadamente e compete com as culturas agrícolas, “roubando” nutrientes do solo e reduzindo a produtividade da lavoura. “É inviável plantar sem fazer o controle de plantas invasoras”, afirma Sergio, de 31 anos. “O que se usa hoje é herbicida. Nós oferecemos uma alternativa economicamente viável, ambiental e socialmente sustentável.” As plantas não são um problema apenas para o agricultor. Elas têm impacto no meio urbano e na infra-estrutura de modo geral, esburacando calçadas e ameaçando a estabilidade estrutural de pontes, túneis e ferrovias. Na maioria das cidades do Brasil, assinala Sergio, esse controle também é feito com uso de herbicida.

Formado em administração, ele tomou contato com o conceito de capina elétrica em um Natal há cinco anos, na casa de sua avó. “Eu trabalhava no mercado financeiro, mas buscava uma alternativa de sucesso profissional que agregasse valor para a sociedade”, diz. Seu tio Sylvio Coutinho, engenheiro florestal, estava começando a investir em um projeto e convidou o sobrinho a embarcar na empreitada. Por meio de Sylvio, Sergio conheceu Satoru Narita. Engenheiro mecânico aposentado (e ex-presidente da Mitsubishi), Satoru vinha construindo protótipos e tentando viabilizar, há duas décadas e por conta própria, uma solução tecnológica para substituir os agrotóxicos no controle de plantas invasoras.

O encontro aconteceu em 2010. “Na hora, vi que a tecnologia era fantástica, mas não estava pronta. Ainda era muito incipiente, uma coisa meio de garagem.” Sylvio e Sergio se tornaram sócios de Satoru.  E o jovem administrador aprendeu na marra a dominar o lado técnico do trabalho. “Hoje, eu dedico 50% do meu tempo a desenvolvimento tecnológico. Com o time de desenvolvimento, faço desde desenho 3D e cálculo de estrutura até escrever os softwares.” Toda essa dedicação se traduz também em cifrões: ao longo dos últimos anos, os sócios investiram mais de R$ 3 milhões do próprio bolso para aperfeiçoar a tecnologia. “Botamos a prata da casa no negócio”, diz Sergio. “É a minha vida – e a dos meus sócios.”

O resultado desse investimento pesa entre 900 quilos e 1,5 tonelada (dependendo do modelo) e atende por Eletroherb. A máquina robusta tem eletrodos que funcionam como tasers. Acoplada a um trator, eletrocuta as plantas invasoras ao longo do trajeto com descargas de 15 mil volts; os eletrodos ficam ajustados em uma altura que preserva insetos e hortaliças. A Sayyou ganha dinheiro alugando o equipamento ou prestando o serviço de capina elétrica para propriedades rurais de produtos orgânicos, florestas comerciais (com eucaliptos para produção de celulose, por exemplo) e também para empresas terceirizadas de limpeza pública. O valor a ser cobrado é calculado por hectare ou quilômetro linear.

“Em 2015, batemos o nosso objetivo de colocar um equipamento funcionando no mercado florestal, um no mercado urbano e um no mercado agrícola”, diz Sergio. A receita pulou de R$ 500 mil em 2014 para R$ 1 milhão neste ano. A meta agora é ganhar inércia – produzindo mais máquinas e conquistando mais clientes (há conversações abertas em 140 cidades do país). Hoje, a Sayyou tem sete Eletroherbs, todos fabricados com tecnologia 100% própria num galpão industrial em Indaiatuba. Sergio não divulga o custo de produção, mas diz que o custo de manutenção é “praticamente zero”. E revela para breve o próximo passo da empresa: “Estamos desenvolvendo equipamentos portáteis, para uso na jardinagem.”

E aí? O que você achou da solução da Sayyou? Não deixe de votar no seu candidato a vencedor do The Venture Brasil, projeto apoiado por Chivas Regal que irá levar a melhor ideia para concorrer a US$ 1 milhão na etapa global. Vote aqui!

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