Ninguém escolhe quando e como nascer. Mas deveria ser um direito humano decidir quando e como morrer — especialmente quando a vida se torna insuportável.
No Brasil, o debate sobre os direitos de fim de vida ainda é envolvido em tabus, dilemas e desinformação. Agora, um movimento começa a ganhar força para que o tema seja discutido e acolhido de forma aberta e ética.
Uma das vozes à frente dessa pauta é o jornalista e fundador do Draft, Adriano Silva. Autor de O dia em que Eva decidiu morrer (Vestígio, Grupo Autêntica, 2025), ele narra no livro a história real de uma filósofa brasileira que, após um AVC devastador, viaja à Suíça para se submeter à morte voluntária assistida (MVA) — procedimento ainda proibido no Brasil.
“Quando a gente fala sobre morte voluntária assistida, estamos falando sobre garantir qualidade de vida e bem-estar aos indivíduos até o último momento, porque ninguém pode ser obrigado a ter uma morte pavorosa, ninguém pode ser obrigado a ter um processo de morte diferente daquilo que gostaria de viver. E essa é a situação que nós temos hoje no Brasil”
No novo episódio do Drafters, Adriano conversa com o editor Bruno Leuzinger sobre os direitos de fim de vida, em especial a MVA, explica como a prática é regulamentada em outros países, fala sobre testamento vital e destaca questões nas esferas jurídica, médica e religiosa que ainda impedem o avanço da pauta por aqui.
Adriano também apresenta a Eu Decido, primeira associação brasileira dedicada ao tema e da qual ele é vice-presidente (além de idealizador da Boa Morte, plataforma que traz conteúdos sobre os direitos de fim de vida).
Mais do que uma entrevista, o episódio é um convite a repensar o nosso direito de viver e morrer com dignidade. Assista.
A cannabis medicinal ainda é cercada de tabus. No novo episódio do Drafters, Ana Júlia Kiss, fundadora e CEO da Humora, fala sobre a missão de expandir seu uso e oferecer soluções para problemas cotidianos, como ansiedade, insônia e TPM.