Com o avanço da crise climática, a descarbonização virou palavra de ordem. E parte dessa solução está na própria natureza. Ecossistemas costeiros e marinhos com vegetação, como os manguezais, pântanos salgados e pradarias marinhas, são capazes de capturar e armazenar grandes quantidades de CO₂, o chamado carbono azul.
O Brasil tem um papel estratégico nesse cenário, pois conta com o segundo maior território de manguezais do mundo (atrás apenas da Indonésia), distribuído por 16 estados, especialmente no Norte e no Nordeste. Detalhe: esses ecossistemas podem capturar de três a cinco vezes mais carbono do que as florestas tropicais.
E esse potencial abre caminho para o país se destacar no mercado voluntário de carbono. O relatório “Oceano sem Mistérios: Carbono Azul dos Manguezais”, desenvolvido pelo Projeto Cazul e financiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, calculou que o estoque de CO₂ armazenado nos manguezais poderia gerar ao menos 8,7 bilhões de dólares em créditos de carbono no mercado voluntário e 190 bilhões de dólares, no regulado.
Confira, no carrossel, mais detalhes sobre o conceito de carbono azul e sua aplicação no cenário brasileiro: