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Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…
PERENNIALS
O que acham que é: Algo relacionado a plantas.
O que realmente é: O conceito de Perennials (cuja tradução é literal, perenes) nasceu como um contraponto à tendência de classificar as gerações por idade e características referentes a seu tempo, mais especificamente aos Millennials, ou a Geração Y. Perennials não estão ligados a uma geração específica: são pessoas de qualquer idade, atualizadas com a tecnologia e que têm amigos de todas as idades.
Gustavo Pessoa, psicólogo, mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela USP e cofundador da Talent Matching, diz que pessoas de todas as idades podem ter comportamentos tipicamente identificados com o século XXI (ou aos Millenials), relacionados ao respeito à diversidade, à valorização de perfis, a competências diferentes. “E podem, ainda, questionar o status quo e desejar relações mais horizontais, além de um cotidiano menos engessado por regras e costumes que inibem a individualidade. Esses são os Perennials.”
Quem inventou: O termo foi cunhado por Gina Pell, diretora de criação, empreendedora de tecnologia e chefe de conteúdo do The What, site que lista semanalmente “recomendações excepcionais para dar uma descarga elétrica em seu intelecto”.
Quando foi inventado: Em 19 outubro de 2016, Pell publicou o artigo Meet the Perennials – Because age ain’t nothin’ but a number, defendendo a existência dos Perennials como alternativa aos Millennials (ali definidos como os nascidos entre 1982 e 2004, o que abrange também parte da Geração Z). Uma semana depois, a Fast Company replicou o artigo, o que disseminou o conceito mundo afora. Uma foto de Lady Gaga e Tony Bennett juntos ilustra texto e diz que eles podem ter mais em comum do que quaisquer outros dois Millennials escolhidos aleatoriamente.
Para que serve: Pessoa fala que, para o mercado, faz bastante sentido entender um conjunto de valores e comportamentos instalados em um grupo de pessoas que não se defina por gênero, idade, etnia, classe socioeconômica. “Alguns movimentos já existem, como o Lowsumerism e o Unclassed, que buscam entender as pessoas e as individualidades para além de pré-categorias e, portanto, desenvolver outras formas de atingi-las com produtos e propostas de trabalho.”
Para Homaro Lima, partner da LifeLike Experiences, praticar essa nova cultura, abertura e interação é fundamental para qualquer corporação ou grupo de indivíduos que desejam sobreviver e se desenvolver. “Neste novo mundo, as revoluções acontecem em frações de tempo que nunca vimos até então”, diz.
Quem usa: Tanto o mercado de trabalho quanto empresas que queiram entender seus consumidores.
Efeitos colaterais: Os Perennials têm baixa fidelidade em relação a marcas, produtos e até mesmo em relações interpessoais em função da possibilidade de mobilidade. Isso não significa, no entender de Pessoa, uma ausência de padrões: “Eles demoram mais tempo para se situar, já que as classificações são pós-estabelecidas em vez de pré. Mas é bastante estimulante viver dentro dessas condições”.
Quem é contra: Segundo Pessoa, a sociedade tende a conservar valores que guardam certo grau de funcionalidade e a mantém produtiva, portanto, sempre haverá crítica à emergência de outros que possam levar a uma transformação social. “Mas essa forma de se situar no mundo, sem estar preso a uma definição geracional, chegou para ficar”, afirma.
Para saber mais:
1) Leia, no Kottke, Meet the Perennials. O texto cita o artigo de Gina Pell e relaciona o termo cunhado por ela com outros dois: Grups (artigo da New Yorker) e Amortaliy (artigo daTime).
2) Leia, no Free The Essence, Millennial, Você Não É Assim Tão Único — Conheça Os Perennials, um apanhado sobre os valores do conceito.
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