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“Não Pareço Cientista”: documentário mostra como quatro mulheres longe do estereótipo se tornaram cientistas de sucesso

Cláudia de Castro Lima - 3 set 2021 Cláudia de Castro Lima - 3 set 2021
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Em seu aniversário de quatro anos, a americana Gitanjali Rao, hoje aos 15, esperava ganhar a casa da Barbie. Seu tio, no entanto, deu a ela um kit de ciências.

Foi o que bastou para despertar na menina uma paixão que rendeu a ela, entre outros tantos feitos, uma capa da revista Time como “Criança do Ano”.

A jovem virou uma cientista influente cuja maior inspiração, segundo ela mesma conta no documentário Não Pareço Cientista, produzido pela 3M, é “resolver problemas e ajudar as pessoas”.

Gitanjali foi descoberta pelo Desafio Jovem Cientista da 3M de 2017 – um programa da empresa voltado para estudantes que submetem uma solução para desafios do dia a dia.

Desde então, ela já inventou, por exemplo, um dispositivo feito com nanotubos de carbono capaz de avaliar se a água está contaminada – o Tethys, aliás, já está no mercado norte-americano.

Mas, por ser jovem, mulher e ter origens indianas, Gitanjali já enfrentou muito preconceito e desdém por causa do estereótipo em relação às pessoas que seguem carreiras STEM (relacionadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

“As pessoas não me veem como uma cientista”, afirma. “Um cientista é qualquer pessoa. Isso deveria estar baseado em sua capacidade e em sua vontade e motivação”, conta no documentário.

Gitanjali é uma das quatro personagens retratadas em Não Pareço Cientista (no original, Not the Science Type), que teve sua première em uma sessão exclusiva no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York, em junho último, e pode ser assistido na íntegra abaixo.

Produzido pela 3M em parceria com a Generous Films e a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), o documentário pretende lançar luz justamente sobre os estereótipos relacionados às áreas STEM, alertando para a necessidade de mais diversidade, equidade e inclusão.

Além da capa da revista Time, são retratadas no filme a engenheira nuclear Ciara Sivels, a primeira negra a ter um Ph.D na área e embaixadora da AAAS; a microbiologista Jessica Taaffe, também embaixadora da associação, e a engenheira química Jayshree Seth, primeira defensora-chefe da Ciência da 3M e detentora de 72 patentes.

O documentário foi inspirado por alguns dos resultados obtidos pelo Índice Anual do Estado da Ciência – ou SOSI, na sigla em inglês –, estudo global encomendado anualmente pela 3M.

Os últimos dados da última pesquisa lançada em 2021 confirma que garotas e mulheres de carreiras STEM continuam a enfrentar obstáculos por causa de seu gênero.

A pesquisa mostra também que 59%​ das pessoas acreditam que elas são muito mais desencorajadas a perseguir uma carreira STEM do que meninos e homens e 87% acreditam que esse quadro deve mudar.

Em um momento marcante de Não Pareço Cientista, a engenheira nuclear Ciara conta que, estudando em escolas majoritariamente brancas, os pais a orientaram que, por causa da cor de sua pele, ela seria julgada. “Eles estavam me preparando”, relata.

“Represente”, ela ouviu de sua mãe certa vez em que teve que subir no palco para receber um prêmio. Ciara diz que não entendeu na hora, mas depois compreendeu o que a mãe queria avisar: “Você é a única lá que se parece com você. Como minoria, você vai ter que trabalhar mais duro.”

Mostrando as dificuldades e os caminhos percorridos por essas quatro mulheres brilhantes e vencedoras, o documentário tem um objetivo claro: inspirar futuras gerações de mulheres cientistas e embaixadoras da ciência.

Clique aqui neste link e assista o doc na íntegra.

 

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