Você investiria num título que pode te fazer perder tudo se um desastre climático ocorrer e te dá retorno se ele não acontecer? Essa a lógica por trás dos cat bonds, os títulos de catástrofes, que permitem às seguradoras e resseguradoras transferirem parte do risco de um incêndio florestal, uma enchente, um furacão ou um terremoto, por exemplo, para investidores.
Criados nos anos 1990 por seguradoras dos Estados Unidos, eles voltaram a ganhar destaque no contexto da crise climática. Hoje, movimentam mais de 50 bilhões de dólares no mercado global, Em abril, foi lançado o primeiro ETF de cat bonds (carteira com 75 títulos) na Bolsa de Nova York.
O Brasil ainda não emite esses títulos, mas eles poderiam ser um mecanismo para um maior financiamento em casos de eventos extremos, como as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul no ano passado, causando um prejuízo de 88,9 bilhões de reais, segundo um levantamento feito em conjunto por órgãos internacionais.
Entenda, no carrossel abaixo, o conceito, sua origem, aplicações e como a crise climática vem impulsionando esse mercado.