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A menopausa é uma fase natural da vida da mulher — mas ainda cercada de silêncios e tabu. Aos poucos, no entanto, o tema vem ganhando visibilidade. Celebridades como Adriane Galisteu, Fernanda Lima e Claudia Raia têm ajudado a trazer o debate à tona.
Na esfera pública, houve avanços: em outubro deste ano, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou a criação de diretrizes no SUS para a atenção integral às mulheres no climatério e na menopausa, com ações educativas, exames e atendimento multiprofissional. A proposta, que ainda segue para a CCJ e o Senado, também institui 18 de outubro como o Dia Nacional da Menopausa, data que já vigora em outros países como parte de suas campanhas de conscientização.
No mercado de trabalho, o assunto está recebendo mais destaque. A empreendedora Leila Rodrigues, 57, de Divinópolis (MG), é uma das vozes que puxam essa conversa. Fundadora da Menospausa, consultoria de educação corporativa voltada à saúde e à qualidade de vida da mulher, ela já levou essa pauta a organizações como Fundação Dom Cabral, Grupo Sabin e Instituto Dona de Si.
No novo episódio do Drafters, Leila fala sobre sua experiência com a menopausa precoce (ela entrou no climatério aos 41 anos) e o que a motivou a estudar o tema e a fundar a consultoria:
“A menopausa, até então, era sinônimo de fim de linha. Eu me lembro das minhas primeiras pesquisas, inclusive o nome Menospausa vem daí. As mulheres pausavam suas vidas, a vaidade, a vida sexual, a carreira […] Uma mudança gigantesca aconteceu, uma mudança muito bonita, porque hoje essa mulher está viva, atuante e mostrando e provando cada vez mais como viver essa fase”
Na conversa com a repórter Maisa Infante, Leila comenta sobre o impacto da menopausa na rotina pessoal e na carreira das mulheres, o surgimento da chamada economia climatérica e a necessidade de valorizar uma “menopausa factível”, ou seja, adaptada à realidade: “Hoje se fala de menopausa o tempo todo, mas a gente vê muito falar de uma menopausa que não é real. É uma menopausa com muitos cuidados, com muitos profissionais, com muito suplemento. Uma menopausa, eu diria, que nem 1% da população brasileira consegue pôr em prática. O que a gente leva [com a Menospausa] é uma menopausa prática, uma transição factível”.
Acompanhe essa conversa que engloba saúde feminina, longevidade e futuro do trabalho — temas que dizem respeito não apenas às mulheres, mas à sociedade em geral.
A cannabis medicinal ainda é cercada de tabus. No novo episódio do Drafters, Ana Júlia Kiss, fundadora e CEO da Humora, fala sobre a missão de expandir seu uso e oferecer soluções para problemas cotidianos, como ansiedade, insônia e TPM.