A Devpass impulsiona o desenvolvimento de programadores com simulações de desafios do dia a dia desses profissionais

Dani Rosolen - 2 fev 2023 Dani Rosolen - 2 fev 2023
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Nome:
Devpass.

O que faz:
É uma plataforma para o treinamento de programadores, destinada a desenvolvedores de software em busca de maior proficiência. Os treinamentos se dão a partir de experiências imersivas que simulam os desafios encontrados no cotidiano, resolvendo uma dor que impacta esses profissionais e de empresas que têm alguma base tecnológica. 

Que problema resolve:
Busca oferecer a proficiência necessária para que os desenvolvedores brasileiros ocupem as vagas disponíveis no mercado. De acordo com os fundadores da startup, apesar de possuir uma das maiores comunidades de desenvolvedores do mundo, com um volume estimado de mais de 3 milhões de profissionais, o Brasil​ ainda sofre pela falta de mão de obra especializada quando o assunto é programação. 

O que a torna especial:
Segundo os fundadores, muitas das escolas de programação e bootcamps que hoje existem no mercado formam desenvolvedores que nem sempre conseguem se encaixar no mercado imediatamente, por não terem a experiência demandada pelas companhias. Já a Devpass se diferencia por possibilitar esse ganho de prática. Os desenvolvedores podem treinar novas habilidades em sistemas similares aos que têm no trabalho, mas sem impactos à operação no caso de eventuais erros de código.

Modelo de negócio:
A Devpass atua nos modelos B2C e B2B. No B2C, os desenvolvedores pagam uma mensalidade que dá acesso a todos os tipos de simulações. No B2B, atende os times de tecnologia das empresas, oferecendo treinamentos com temas e linguagens específicas para as necessidades de cada companhia ou podem disponibilizá-los como uma espécie de benefício às equipes.

Fundação:
Novembro de 2021.

Sócios:
Dimitri Fernandes — Cofundador
Rodrigo Borges — Cofundador

Fundadores:

Dimitri Fernandes — 34 anos, Fortaleza (CE) — é formado em Administração pela Universidade Federal do Ceará. Iniciou sua carreira na Endeavor e tem passagem por empresas como Airbnb, WeWork e Yuca, sempre trabalhando com comunidades.

Rodrigo Borges — 33 anos, Manaus (AM) — é formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Amazonas, com mestrado em Computação Mobile pela Universidade Federal de Minas Gerais. Iniciou a sua carreira na Ingresse e passou também pela Viva Real e Farfetch, junto a áreas de desenvolvimento de produto e serviços, liderando times de tecnologia. 

Como surgiu:
Dimitri e Rodrigo já tinham empreendido juntos antes a Meatless, aplicativo de delivery de comida vegetariana que atraiu cerca de 50 mil usuários. A tese da Devpass nasceu quando, depois de conversas com empresas do mercado, os sócios constataram que havia um descompasso entre o número grande de desenvolvedores formados no Brasil e as vagas abertas, que demoravam para serem preenchidas. Rodrigo ficou responsável pela parte técnica do produto e formatou as simulações iniciais. Já Dimitri, que tinha experiência com comunidades, se engajou na conversa com investidores, desenvolvedores e líderes de tecnologia experientes, que acabaram por apoiar e conduzir as primeiras simulações. “Os treinamentos foram validados de cara, os desenvolvedores toparam pagar por eles e muitos passaram a recomendar a seus pares e voltaram para novos treinamentos”, diz Dimitri. “Hoje, boa parte dos usuários participam das simulações mensalmente”, complementa Rodrigo.

Estágio atual:
A equipe trabalha de forma remota. A startup conta com cerca de 400 membros ativos mensais, que participam de narrativas imersivas para simular o ambiente de trabalho.

Aceleração:
Não passou por aceleração.

Investimento recebido:
A Devpass levantou uma rodada pré-seed de 200 mil dólares, da qual participaram Brazil Venture Capital e alguns investidores-anjos, entre os quais Juliano Dutra, cofundador da Gringo; Denis Minev, CEO da rede varejista Bemol; e Ugo Roveda, cofundador da Kenzie Academy.

Necessidade de investimento:
Os sócios pretendem buscar recursos para uma rodada seed no segundo semestre de 2023, com o objetivo de crescer equipe técnica, aprimorar a experiência dos usuários e escalar o produto.

Mercado e concorrentes:
A escassez de desenvolvedores é um problema apontado pelo mercado há anos, mas intensificado nos últimos três diante da digitalização das mais variadas indústrias. Segundo estimativa da consultoria empresarial McKinsey, em 2030, o gap estimado entre vagas abertas e desenvolvedores formados será de cerca de 1 milhão de profissionais.
Aplacar o descompasso entre a formação de programadores e as vagas disponíveis é uma necessidade urgente”, diz Dimiri. Rodrigo afirma que a Devpass não possui concorrentes diretos no Brasil. “No exterior, a empresa que atua de forma mais semelhante  é a startup israelense Wilco. Apesar de funcionar como uma escola de programação, a americana Pluralsight possui alguns produtos que se aproximam das simulações.” 

Maiores desafios:
“O maior desafio é refinar o produto para uma escala global, possibilitando que desenvolvedores de qualquer parte do mundo tenham acesso ao produto”, conta Dimitri.

Faturamento:
600 mil reais em 2022.

Previsão de break-even:
Primeiro semestre de 2023.

Visão de futuro:
“A Devpass tem investido em inteligência artificial para criar um ambiente de simulação o mais próximo possível da realidade do desenvolvedor e que permita um aprendizado recorrente e personalizado para cada membro da comunidade”, afirma Rodrigo.

Onde encontrar:
Site
Contato

 

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