A Vívida aproxima jovens de idosos que precisam de ajuda, atenção, carinho e alegria

Dani Rosolen - 14 nov 2019 Dani Rosolen - 14 nov 2019
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Nome:
Vívida.

O que faz:
É um negócio social que melhora a vida de idosos, ou “vividos” (como os sócios gostam de chamar), através da conexão com jovens que estão em busca de um trabalho com propósito.

Que problema resolve:
Para os idosos atendidos, atenua a depressão e o sentimento de solidão, quando eles começam a perder a autonomia. Para os jovens, é uma fonte de renda com uma causa envolvida. “Cerca de 25% dos jovens no Brasil estão desempregados, sendo que dentre eles, a Geração Z é a que apresenta maior identificação com empresas de propósito social”, contam os empreendedores.

O que a torna especial:
“As soluções de apoio e ajuda a idosos, voltadas a bem-estar, em geral englobam um serviço atrelado à medicina, no sentido de oferecer cuidadores e pessoas que fazem a administração de medicação, banhos etc. Nós estamos focados em um serviço voltado ao aspecto social, de estima, afeto e realizações pessoais. Além disso, nenhuma das empresas que encontramos no mercado aborda o problema através da conexão intergeracional. O jovem oferecendo vitalidade e uma nova visão de mundo ao idoso, além de ser nativo em tecnologia. Nos atendimentos que fizemos até aqui, notamos que, na outra ponta, o jovem também se beneficia da relação, trabalhando sua percepção do outro, desenvolvendo soft skills e criando empatia que atenua o preconceito”, afirmam os sócios.

Modelo de negócio:
A Vívida fica comum percentual de comissão sobre o valor pago pelo cliente ao jovem, entre 33 a 40% dependendo do volume de contratação.

Fundação:
Junho de 2019.

Sócios:
Viviane Palladino —  Cofundadora, CMO e Business Growth
Lilian Glaisse — Cofundadora, CCX
Filipe Mori — Cofundador, COO

Fundadores:

Viviane Palladino Donnamaria — 40 anos, São Paulo (SP) — é formada em Jornalismo pela Anhembi Morumbi, pós-graduada em Global Business Management pela Thunderbird (Arizona – EUA) e certificada em Gestão Estratégica de Negócios pela USP. Atuou com transformação digital em grandes empresas como a Unilever e é mentora de startups.

Lilian Glaisse Souza da Silva — 40 anos, Belém (PA) — é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Pará, pós-graduada em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas pela USP, com MBA em Business Innovation pela FIAP e especialização em Lean Marketing para Liderança da Echos. Foi cofundadora do Clube dos Criadores Criativos do Pará e trabalhou em empresas como Hewlett-Packard, Telefônica, Itaú Unibanco e Santander.

Filipe Ribeiro Mori — 35 anos, São Paulo (SP) — é formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Metodista de São Paulo, com MBA em Business Innovation pela FIAP e certificação em Data Science e Machine Learning. É gerente de pré-vendas na Spring Global.

Como surgiu:
Os sócios contam que a ideia surgiu durante a conclusão de curso de um MBA em Business Innovation / Changemakers da FIAP. “Ao observar a demanda que será gerada pela inversão da pirâmide populacional, percebemos o quanto as empresas e as cidades de modo geral estão despreparadas para a atender este público. Pensamos originalmente em um marketplace que concentrasse os serviços e produtos voltados à terceira idade. Porém, quando começamos a validar o problema em campo, notamos que as pessoas tinham maior preocupação em estar presentes na vida dessas pessoas do que comprar algo ou presenteá-las.” Então, o trio teve a ideia de conectar jovens, que tem mais tempo disponível e oferecem uma experiência totalmente diferente, a idosos.

Estágio atual:
A equipe trabalha parte do tempo em um coworking e outra parte remoto. Atualmente, a Vívida conta com 90 anjos (jovens) e 55 clientes potenciais cadastrados.

Aceleração:
Não teve.

Investimento recebido:
Os sócios investiram R$ 30 mil na empresa.

Necessidade de investimento:
Buscam R$ 350 mil para o desenvolvimento do app, captação de clientes e contratações no time operacional.

Mercado e concorrentes:
“A terceira idade com certeza é a bola da vez, daqui a 20 anos teremos mais idosos do que jovens e crianças no Brasil. Hoje são 20 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Existem poucas empresas especializadas em serviços para este público da forma como estamos propondo. Predominam os negócios de cuidadores e serviços e produtos hospitalares, que atuam em uma fase específica da doença ou estágios de pouca mobilidade física. Porém, não é porque se aposentou que este idoso deixou de ter valor para a sociedade. Uma pessoa acima de 65 anos tem muita vivência a compartilhar e muito ainda a viver”, afirma Viviane. Ela cita como concorrentes indiretos as empresas de DayCare e Centros de Convivência. “Há também concorrentes diretos prestando serviços similares, caracterizados como concierges. Nos Estados Unidos, nosso benchmark é a Papa.”

Maiores desafios:
Segundo a CMO, as maiores dificuldades enfrentadas no momento são: o marketing para idosos (“o mix de marketing e o modelo de comunicação para o target ainda é pouco testado e maduro, para sabermos o que funciona ou não. A curva de aprendizado acaba sendo longa”), a complexidade operacional (“toda demanda hoje é atendida de forma manual, mas com o desenvolvimento do app, previsto para janeiro 2020, será mais fácil e rápido contratar, acompanhar e avaliar os atendimentos, diminuindo complexidade) e a tração (“da mesma forma que estamos validando os modelos de marketing para o público, como consequência, acabamos tendo uma velocidade mais lenta para tracionar”).

Faturamento:
Não informado.

Previsão de break-even:
Dezembro de 2021.

Visão de futuro:
“Queremos que a Vívida seja o marketplace do idoso que procura bem-estar. Todos os serviços especializados para ele, que envolvam melhorar o seu dia a dia, facilitar a rotina e deixá-lo mais feliz e sentindo-se bem poderão ser encontrados em nosso site. Também vamos disponibilizar, em breve, atendimentos online, para a geração mais jovem que começa a entrar na velhice”, fala Viviane.

Onde encontrar:
Site
Contato

 

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