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Aos 65 anos, Cleusa de Freitas expandiu seu negócio para o sistema de franquias

Fernanda Cury - 24 out 2016
Cleusa de Freitas, da Vovó Kel: a meta é chegar a 100 lojas franqueadas até 2019
Fernanda Cury - 24 out 2016
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Aos 65 anos, Cleusa de Freitas, apelidada de Vovó Kel por seus netos, tem muita energia e disposição para empreender. Depois de criar os filhos, em vez de se aposentar e descansar, ela deu um passo a diante e expandiu seu negócio de salgados para o sistema de franquia! Uma lição inspiradora de garra e força de vontade.

Como surgiu a ideia de montar a Vovó Kel? O que você fazia antes?

Eu iniciei fazendo bolos e salgados para o consumo da minha família e fui tomando gosto. Depois, quando tinha 20 anos, comecei a cozinhar pra fora. Eu recebia dinheiro de uma encomenda e já usava para comprar os ingredientes para as próximas. Não foi um caminho fácil. Passei muitas noites em claro para conseguir entregar as encomendas. Às vezes recebia encomendas em cima da hora e se não fosse a necessidade eu recusaria como muitos fazem, mas eu não tinha essa chance. Eu sabia que precisava trabalhar para dar ensino aos meus filhos e netos e quando a encomenda era muito grande eles também entravam na dança! Não fazíamos propaganda, até porque nem marca existia, eu era conhecida como “A Cleusa do salgado”. As pessoas comiam, elogiavam e de boca a boca o negócio cresceu. Continuei nessa atividade de produção em pequena escala por 40 anos, até que o Diego, meu neto e parceiro, sugeriu montarmos uma loja de varejo. Uma loja em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e a outra em José Bonifácio, cidade vizinha. 

Na sua opinião, quais foram os principais diferenciais do seu negócio?

Ouvir os clientes fez muita diferença para o desenvolvimento da minha empresa. Eles nos ajudam muito, pois cada um tem uma opinião e um paladar diferente. Aceitar as sugestões valoriza e fideliza a clientela e ajuda, principalmente, a inovar o negócio. Eles percebem quando isso é aplicado e eu fico muito satisfeita. As lojas foram criadas pelo aumento da procura. Nem em sonho eu imaginava que teria tamanha proporção.

Recentemente você optou por sistema de franquias. Por quê?

Depois do sucesso das nossas lojas, aumentou a procura de pessoas querendo abrir uma loja pra comercializar nossos salgadinhos em vários locais do país. Além de oferecer a oportunidade para terem seu próprio negócio, para mim havia a vantagem de ter meu produto em vários pontos de venda e potencializar o crescimento da empresa. Mas é preciso cuidado para manter a qualidade. Por isso, mesmo, ainda não expandimos para todos os locais onde existem interessados na Vovó Kel. Estamos crescendo aos poucos. Hoje, já estamos em quatro estados, e a rede de franquias conta com 25 unidades em funcionamento. A marca faturou 1,4 milhão de reais em 2015. O plano é chegar em 100 lojas até 2019.

Como manter a qualidade diante do crescimento da empresa?

Não é uma tarefa fácil. Precisamos aumentar os maquinários e transformar a produção (que era na minha cozinha durante muito tempo) em uma fábrica e centro de distribuição.

Quais estratégias deram melhor resultado na história da empresa?

As melhores estratégias foram o trabalho duro, amor, dedicação e, por fim, delegar funções. Encontramos boas pessoas no caminho pra dividir esse sonho e tudo isso deu resultado.

Quais seus planos para o futuro? 

Eu acordo todo dia com muita vontade de trabalhar e criar novas receitas. Não quero parar. Esse é meu plano. Trabalhar sempre e crescer cada vez mais.

  

Para saber mais:

Vovó Kel: www.vovokel.com.br
O que faz: produção de salgados e doces.
Sócio(s): Cleusa de Freitas
Funcionários: 26
Sede: São José do Rio Preto – SP
Início das atividades: 1960
Investimento inicial: R$150 mil
Contato: [email protected]

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

itau

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