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Por que cada vez mais empresas optam por oferecer benefícios flexíveis para seus colaboradores?

Cláudia de Castro Lima - 15 set 2020
O diretor de Relações Institucionais da Sodexo desmistifica os benefícios flexíveis, explica sobre a sua correta utilização e crava: além de dar opções de escolha de benefícios para o colaborador, a modalidade é uma ferramenta de gestão para a empresa – e um caminho importante para o RH trabalhar experiências de seus colaboradores no ambiente do trabalho (Imagem: iStock)
Cláudia de Castro Lima - 15 set 2020
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Vamos imaginar dois personagens, Maria e João, que acabaram de ser contratados pela mesma empresa.

Maria é uma mulher solteira de 36 anos cujo programa predileto é ir a cinema e shows. Gosta de exercitar-se pelo menos três vezes por semana porque acredita que a atividade física a ajuda a manter o equilíbrio mental. João é um homem casado de 44 anos, que aprecia interações sociais com seus colegas durante a jornada de trabalho e adora passar todo seu tempo livre em casa dedicado aos cuidados do filho de 3 anos.

Como pessoas com vidas em momentos diferentes, e, portanto, com necessidades específicas, os dois recém-contratados profissionais optaram por receber benefícios distintos. Para Maria, fazia sentido escolher créditos de vale-cultura e de academia. Para João, poder contar com o auxílio-creche e o vale-refeição vai fazer toda a diferença.

Embora Maria e João sejam frutos de nossa imaginação, empresas que começam a implantar programas com diversas opções de benefícios aos seus trabalhadores são reais – e cada vez mais numerosas.

“O modelo flexível está ganhando espaço. A cada dia, mais empresas desejam aumentar o número de opções de benefícios para a escolha do trabalhador. Esse é o real conceito de benefício flexível: franquear escolhas de benefícios ao trabalhador”, afirma Willian Tadeu Gil, diretor de Relações Institucionais da Sodexo Benefícios e Incentivos.

“As empresas que o adotam buscam adequar suas práticas às políticas de benefícios difundidas em vários outros países ou desejam ser vistas como inovadoras e focadas na experiência de seus colaboradores.”

O que são benefícios flexíveis?

O mercado de benefícios, segundo Willian, passou por uma transformação recente. “Até alguns anos atrás, ele era composto basicamente por três pilares: o do vale-transporte, o PAT, que é o programa de alimentação do trabalhador, com vale-alimentação e vale-refeição, e o vale-cultura”, afirma o executivo.

Dentre as várias alterações na legislação propostas pela Reforma Trabalhista de 2017, houve a criação de outras importâncias pagas pela empresa aos seus trabalhadores sem a configuração de salário. Seriam, portanto, novos benefícios, como por exemplo ajuda de custo, diárias para viagens, prêmios e abonos.

Com uma gama aumentada de benefícios, passou a fazer mais sentido oferecer ao trabalhador a opção de escolher pelos que atendem suas necessidades específicas. “É isso que são benefícios flexíveis”, diz Willian.

“Dentro de uma cartela de opções, , o colaborador da empresa pode selecionar os que prefere.”

Nesse sentido, o funcionário da empresa se transforma no centro da questão, no tomador de decisão. “O foco passa a ser a experiência do trabalhador.” Por outro lado, para a empresa, a flexibilidade funciona como uma ferramenta de gestão de pessoas, já que ela aumenta o índice de satisfação do colaborador.

O que não são benefícios flexíveis?

Willian conta que existe atualmente uma certa desinformação quando o tema são benefícios flexíveis. “Talvez pela novidade do tema no Brasil”, pondera.

“É importante lembrar que benefício flexível significa franquear a escolha dos benefícios ao trabalhador. Não significa utilizar algum benefício específico sem observar a sua correta destinação” diz Willian.

Ele enfatiza ainda que, “como são benefícios, eles têm incentivo fiscal e regras próprias de utilização”.

“Por isso, é falsa a ideia de que é possível usar os créditos destinados a, por exemplo, auxílio-alimentação para pagar aplicativos de streaming.”

Para Willian, “usá-los para outra finalidade pode configurar desvio de finalidade, que traria uma série de consequências negativas”.

De qualquer forma, o executivo argumenta que o mercado está evoluindo no entendimento sobre benefícios flexíveis e que há uma ótima oportunidade a ser explorada pelos RHs na construção da jornada de experiência de seus colaboradores, além, é claro, de contar com valiosas ferramentas de gestão.

No infográfico abaixo, mostramos as vantagens dos benefícios flexíveis para o trabalhador e a para a empresa, além de quais são os benefícios que podem compor a cartela flexível.

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