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Como a ciência pode nos ajudar a parar de procrastinar – e como fazer isso hoje, não amanhã (afinal, nada de procrastinar)

Cláudia de Castro Lima - 20 ago 2020
Não há fórmula mágica para a cura da procrastinação. Mas este infográfico ensina estratégias para melhorarmos nossa relação geralmente conflituosa com os prazos (Foto: Unsplash)
Cláudia de Castro Lima - 20 ago 2020
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Este texto devia ter sido publicado na semana passada. A pesquisa já estava pronta. O infográfico que o acompanha, aprovado. Mas faltava o texto. A autora começava a escrever e parava. Passava tarefas novas na frente. Encontrava outras urgências. E o deixava para depois.

Assim se passou uma semana. O prazo foi perdido. A autora, embora não se considere uma procrastinadora crônica, se culpou. E culpou a pandemia, que a deixou com problemas de organização do tempo.

Procrastinar é deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. É ter dificuldade com prazos. É, segundo o professor Joseph Ferrari, da Universidade DePaul, de Chicago (EUA), considerado um dos maiores especialistas no assunto, atrasar intencional e frequentemente o início ou o término de uma tarefa.

E procrastinar não é nada bacana para o procrastinador: causa culpa, ansiedade ou arrependimento – e até problemas de autoestima e de insegurança e falta de confiança em sua própria capacidade.

A origem do problema

Todo mundo já procrastinou alguma vez, mas nem todo mundo é procrastinador. Estima-se que 20% dos adultos tenham de fato esse problema. E procrastinar não é preguiça. É, sim, um problema de regulação emocional.

No nosso cérebro, a procrastinação acontece como resultado de uma batalha entre duas áreas: o córtex pré-frontal, ligado à consciência (e que ajuda a planejar o futuro), e o sistema límbico, chamado de cérebro primitivo, relacionado aos prazeres imediatos.

Eles se desenvolveram em momentos diferentes de nossa evolução. A princípio, era preciso que sobrevivêssemos um dia após o outro, por isso a consciência de futuro não era tão importante.

Quando ainda éramos bem primitivos, toda vez que, por exemplo, comíamos algo gorduroso, que nos ajudava a ter energia para o dia seguinte, nosso cérebro nos recompensava liberando dopamina, um neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar. E nos acostumamos a isso.

Ao contrário, estocar comida para o inverno, por exemplo, que não tem uma recompensa a curto prazo, não liberava substância alguma – e por isso esse planejamento de futuro nos parece ainda hoje tão chato.

Se a ciência explica a procrastinação, ela também nos ajuda a não sofrer mais com o hábito. Veja no infográfico abaixo algumas dicas para livrar-se dele. E comece-as hoje, nada de procrastinar.

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