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Dilma Campos: de bailarina a empreendedora

Fernanda Cury - 15 jan 2016
Dilma Campos: no início da carreira, ela trabalhava em agência durante o dia e, à noite, gravava o Castelo Rá-tim-bum
Fernanda Cury - 15 jan 2016
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Crescer profissionalmente não é uma tarefa fácil para ninguém. Para quem é mulher, negra e artista, então, as dificuldades são ainda maiores. Mas apesar de todos os obstáculos, Dilma Campos nunca se entregou ao conformismo. Muito pelo contrário. Suou, lutou e seguiu seus sonhos. Começou sua carreira como atriz e bailarina, atuando nos palcos e na TV. Seu papel de maior destaque foi no programa Castelo Rá-tim-bum, produzido pela da TV Cultura entre 1994 e 1997, onde representou a Patativa, aquela passarinha que morava no galho da árvore da cobra Celeste, e diariamente cantava “Passarinho… que som é esse?”.

Anos depois ela sentiu que era hora de deixar a carreira artística de lado para encarar novos desafios. Assim, mergulhou no universo do empreendedorismo ao arregaçar as mangas e criar a agência Outra Praia, especializada em eventos e marketing promocional. Persistente, focada e determinada, ela nos conta como foi sua trajetória.

Como foi a sua infância?  

Venho de uma família pobre mas, como meu pai era jogador de basquete, nossa vida andou. Estudávamos em colégio estadual até que os meus dois irmãos, seguindo os passos do meu pai, se revelaram grandes promessas do basquete. Assim conseguiram bolsas de estudo em colégio particular. Mas eu também precisava ser boa em alguma modalidade para conseguir a bolsa. E eu era péssima com bola… Tentei ginástica olímpica e outros esportes, e nada. Até que comecei no balé, e ali eu me encontrei. Hoje eu entendo que foi através da dança que tive a oportunidade de sair de uma escola pública para a particular e ter um estudo de qualidade, que me fez chegar até aqui.

Como foi seu começo na carreira artística?

Comecei trabalhando na própria academia de balé com 15 anos, como assistente de professora. Depois trabalhei para companhias de dança e musicais. Mas o corpo para um bailarino é seu instrumento de trabalho e podemos dizer um frágil instrumento de trabalho. No meu caso eu quebrei este instrumento, tive problemas no joelho, e precisei deixar a carreira de bailarina para trás. Nesta época eu trabalhava numa grande empresa, a agência Banco de Eventos, e participava de convenção de vendas e abertura de shows. Aquele ambiente começou a me fascinar. A partir dai passei a me envolver na organização, passei a assistente de direção, fui crescendo e cheguei a diretora de eventos. Por volta dos anos 90, fui convidada para participar do elenco do programa Castelo Rá-tim-bum, do Fernando Meirelles, na TV Cultura. Gravávamos durante a noite, e de dia eu trabalhava na agência.

E como você se tornou empreendedora? 

Saí da Banco de Eventos, passei por várias outras agências, até que percebi que não me encaixava mais naqueles moldes. Eu queria me envolver com o trabalho como um todo. Iniciei no empreendedorismo com a empresa de produção de eventos D’Magrella, que fundei com mais 2 sócios.

Como surgiu a ideia de abrir a Outra Praia? 

Quando eu e meus sócios da D’Magrella resolvemos nos separar, a Outra Praia já existia, mas somente para projetos culturais. Neste momento resolvi seguir em frente e unir o todo da minha vida, Live Marketing, Evento e Cultura. Sempre estive presente no mundo de eventos, iniciei como bailarina e acabei me tornando diretora artística, passando por produção, planejamento, diretoria de produção… E por fim, virei atendimento. Com o passar do tempo percebi que tinha atuado em todas as áreas de uma agência.

Como foi no início? 

 O início foi um pouco às pressas, com muitas ideias e poucas certezas, mas com um grande cliente como parceiro. Com base nessa relação e acreditando na minha própria expertise, iniciei a Outra Praia. Com o passar do tempo, fui ajustando a equipe de acordo com o que era necessário. Ainda existem incertezas, e lido com elas na medida em que surgem, sempre trabalhando mais.

Para conhecer os desafios, as transformações incorporadas à gestão da Outra Praia, as estratégias que deram certo e as que deram errado, os planos de Dilma para o futuro e muito mais, confira a entrevista completa  no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

 

 
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