Instituto Conviva Down: jovens especiais com mais autonomia, por meio do estudo e do trabalho

Mirela Mazzola - 9 mar 2015Instituto Conviva Down: "Jovens com Down têm muito mais capacidade do que se costuma imaginar. O que eles precisam é ser estimulados"
Instituto Conviva Down: "Jovens com Down têm muito mais capacidade do que se costuma imaginar. O que eles precisam é ser estimulados"
Mirela Mazzola - 9 mar 2015
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Lusinete Lira sempre fez questão de que a filha Cintia, portadora de Síndrome de Down, estudasse em escolas regulares. Matriculada na rede pública de Araraquara (SP) até o 6º ano, a jovem de 26 anos teve que ir para uma instituição particular a fim de concluir o primeiro e o segundo graus. “Os professores eram despreparados e não conseguiam estimular minha filha”, lembra Lusinete.

Certa do potencial dos portadores da síndrome, a dona de casa percebeu que poderia conscientizar outros pais. Assim nasceu, em junho de 2013, o Instituto Conviva Down. A iniciativa promove encontros semanais para trocar experiências, informar familiares e dar mais autonomia a quase 20 jovens. São promovidos cursos de inserção no mercado de trabalho, como os de padeiro e auxiliar administrativo. Cintia, por exemplo, é repositora em uma drogaria.

O projeto foi inscrito no Movimento Natura no fim de 2014 pela consultora Natura Sandra Gil Godoy, que o conheceu por meio da divulgação em Araraquara. Depois de participar, a irmã dela, Jéssica, de 26 anos, também portadora de Down, começou a trabalhar aos fins de semana como atendente em uma padaria. “Pessoas com essa condição têm muito mais capacidade do que parece. O que eles precisam é ser estimulados”, diz Sandra, que hoje atua como segunda secretária no Instituto Conviva Down.

As próximas ações, segundo Sandra, devem acontecer em maternidades, a fim de informar melhor os pais de crianças com Down e fazer com que se sintam acolhidos. Aulas de teatro também estão entre os projetos. A médio prazo, a fundadora Lusinete sonha com a sede própria – hoje, os encontros acontecem em duas salas cedidas pela Prefeitura de Araraquara. “Com um espaço só nosso podemos centralizar o material e trazer mais profissionais, além dos dois psicólogos e da professora especializada que já temos”, afirma.

No futuro, o maior desejo de Lusinete é reunir portadores de Síndrome de Down em uma comunidade onde eles possam morar já que, após a morte dos pais, muitos encontram dificuldades de ressocialização e autonomia.

 

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