Ela preside uma ONG animal – em que o alívio tem quatro patas, é peludo e adora lamber

Adriano Silva - 12 nov 2014Tatiane Ichitani, a psicóloga, e Bruce Lee, o terapeuta - dois talentos a serviço do Cão Terapeuta
Tatiane Ichitani, a psicóloga, e Bruce Lee, o terapeuta - dois talentos a serviço do Cão Terapeuta
Adriano Silva - 12 nov 2014
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Por Tatiane Ichitani

“Sempre tive cachorros em casa, eles são uma companhia e tanto nos momentos difíceis. Há oito anos, meu pet é o Bruce Lee, um sheep dog fofo (e parecido com a Priscila, aquela personagem da TV Colosso). Foi ao lado dele que me tornei voluntária do projeto Cão Terapeuta, ligado a Cão Cidadão, empresa especializada em adestramento em domicílio e em consultas de comportamento canino, que também promove o bem-estar e a integração dos animais na sociedade, criada em 1998 pelo zootecnista Alexandre Rossi.

“Há cerca de cinco anos éramos eu, o Bruce Lee e mais três ou quatro voluntários com seus cães percorrendo creches, asilos e centros de apoio. Para quem não conhece, a terapia assistida por animais, tema do meu mestrado, tem como objetivo dar mais qualidade de vida a pessoas com problemas de saúde ou em situação de vulnerabilidade.

“Sou psicóloga e em todos esses anos pude comprovar o que um bichinho pode fazer pelas pessoas, principalmente no sentido de acalmá-las e torná-las menos deprimidas. Certa vez, em uma creche, havia um garoto com uma doença de pele que o envergonhava e o impedia que se socializasse. Bastou o Bruce Lee chegar, dar umas lambidas, para que isso começasse a mudar. Acho que ele percebeu que não era diferente de ninguém aos olhos dos animais. Segundo a diretora da creche, o menino passou a interagir mais com as outras crianças desde então. Não é emocionante?

“Em meados de 2013 ganhamos o status de ONG, o Instituto Cão Terapeuta. Hoje temos 45 voluntários de quatro patas, que atendem 170 pacientes em sete endereços paulistanos. E eu me tornei a coordenadora, além de ser mãe de um bebê e atender no consultório. É bem difícil conciliar isso tudo, mas vale a pena quando penso que a cada dia conseguimos ajudar mais gente. Ainda lidamos com certo preconceito, principalmente nos hospitais, mas nossos bichinhos seguem todas as recomendações de higiene necessárias. Nunca pensei em desistir, é um trabalho lindo e gratificante.

“Hoje o Instituto conta com 42 cães terapeutas e seus donos voluntários, 12 voluntários sem cães e 16 adestradores – e realiza 160 atendimentos por mês em sete hospitais, creches e asilos em São Paulo, entre eles o Instituto da Criança e a Fraternidade Santa Clara.”

Tatiane Ichitani, 36 anos, psicóloga, vive em São Paulo (SP)

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