Gabi Agustini, do Olabi: as tecnologias que todo empreendedor precisa conhecer – e usar

Joana Andrade - 17 jan 2015Gabi Agustini, do Olabi, que escreveu com Eliane Costa o livro De baixo para Cima – uma coletânea de artigos e entrevista com pessoas que refletem sobre questões contemporâneas ligadas à economia criativa e à apropriação de tecnologias pelas periferias
Gabi Agustini, do Olabi, que escreveu com Eliane Costa o livro "De Baixo para Cima" – uma coletânea de artigos e entrevistas sobre economia criativa e apropriação de tecnologias pelas periferias
Joana Andrade - 17 jan 2015
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Gabriela Agustini é jornalista apaixonada por tecnologia. Mal saiu da faculdade e já elegeu esse como o fio condutor de sua carreira. Depois de tocar vários projetos ligados à tecnologia, cultura digital, empreendedorismo e economia criativa, Gabi está hoje à frente do Olabi, laboratório de inovação e tecnologia, braço do Templo – do qual também é sócia –, um espaço de coworking carioca voltado a estimular makers nos mais variados segmentos.
Criado em 2014, a ideia do Olabi é criar um espaço de trabalho com máquinas, ferramentas e tecnologias que possibilitem a experimentação criativa, a inovação de garagem e a formação de redes e de projetos de impacto, pilares que basearam a concepção do projeto.

Em dezembro de 2014, em coautoria com Eliane Costa, Gabi lançou o livro “De Baixo para Cima” – disponível em formato navegável aqui, que traz uma coletânea de artigos e entrevista com pessoas que refletem sobre questões contemporâneas ligadas à economia criativa e à apropriação de tecnologias pelas periferias.

“Entendemos a periferia não só pelo sentido geográfico e social de territórios mais afastados e populares, mas também como algo que parte de um modo de fazer diferente do que é o modus operandi tradicional das indústrias centrais e dos grandes players”, diz Gabi. “Acoplamos o conceito do De baixo pra Cima a todas essas formas de fazer que partem da multidão, da coletividade, da construção conjunta e da vontade dos indivíduos, que se organizam e criam uma iniciativa que pode ser um empreendimento, um projeto social ou uma solução, partindo da vontade delas e não das exigências de uma indústria pré-estabelecida ditando o que você tem que fazer”.

O livro faz parte de um projeto maior, organizado em uma plataforma que, além de disponibilizar a obra, conta com cerca de seis vídeos-teaser que debatem as questões discutidas no projeto, como economia colaborativa, inclusão digital, cultura maker, entre outros – além de 20 cases cariocas de experiências bem-sucedidas neste universo.

A partir deste ano, a ideia é organizar uma agenda de debates e discussões levantando esses conteúdos e usando o livro como ponto de partida para mapear as cenas locais e incentivar que as pessoas se conheçam e entrem em contato umas com as outras. A ideia é esses eventos aconteçam, juntamente com o lançamento do livro, também em Brasília e em São Paulo.

Em paralelo, Gabi ministra aulas nos cursos de MBA das faculdades FGV e Cândido Mendes, no Rio: “Cultura, Tecnologia e Novas Mídias”, “Cultura e Tecnologia”, “Mudança de Cultura e Branding Innovation” são alguns dos temas dessas aulas.

Gabi deixa aqui dicas de como a tecnologia pode ajudar nos processos de geração de novos negócios e no empreendimento criativo:

 

DE EMPREENDEDOR PARA EMPREENDEDOR

 

Apps de produtividade que todo empreendedor devia usar
Eu sou fã do Podio, um belo gestor de projetos. Acho uma ferramenta completa, customizável e a integração com o celular funciona bem. Gosto do Boomerang, uma extensão para o Gmail que te permite agendar e organizar e-mails, e assim acabar com a lista de pendências durante a madrugada sem causar uma superpressão na equipe (que só recebe de manhã, se você programar assim). Estou testando o Rapportive, que coloca informações do Linkedin no Gmail. E adoraria ter uma versão brasileira do Abacus – app que aprova despesas e faz o reembolso direto.

Sites e perfis de negócios e inovação que todo empreendedor devia seguir
Wired, WiredUK, Fast Company, Medialab MIT, Startupi, Ideo.Org, MIT Technology Review, MindShift, Porvir, SirKenRobinson, Entrepreneur, MindTools, TechinAsia. Esse último traz um compilado excelente sobre a cena empreendedora da Ásia, que é fundamental que a gente acompanhe.

No Twitter: @ericries, @TheTedNelson, @diegoremus, @lemos_ronaldo, @srlm, @wiredbusiness, @ericschmidt, @benchmark, @bhorowitz, @larrybrilliant, @timoreilly, @TheEconomist, @timberners_lee, @jimmy_wales, @Joi, @sesawecn,

Livros de negócio que todos empreendedor devia ler
Acho importante ler Gary Hamel para pensar novos modelos de gestão e organização. E tão importante quanto os livros focados em negócio, são os livros que trazem contexto do mundo em que vivemos. Recomendo “Hackers: Heroes of the Computer Revolution”, do Steven Levy (em português o título ficou “Os Heróis da Revolução – Como Steve Jobs, Steve Wozniak, Bill Gates, Mark Zuckerberg e outros mudaram para sempre as nossas vidas”, o que é algo que traduz muito pouco o livro e causa até uma impressão errônea, porque a publicação não chega a retratar essa cena atual).

Outro livro importante para entender o mundo de hoje e pensar o futuro dos negócios é “A Sociedade do Custo Marginal Zero” (The Zero Marginal Cost Society), do Jeremy Rifkin. E comprei para ler nesse fim de ano “Os Inovadores”, do Walter Isaacson, e “The Signal And The Noise”, do Nate Silver. Ambos me foram bem recomendados!

Ferramentas que todo empreendedor deveria ter
Acho que bem usado o básico resolve: e-mail, Google Docs, Dropbox. E as redes sociais: Facebook, Twitter, Flickr. Além do Keynote e do Excel. Tenho utilizado muito o Appear.in, substituindo o Skype, pois não precisa baixar, e é mais simples e rápido.

Eventos de inovação e negócios que todo empreendedor deveria frequentar
No Brasil, a Campus Party cumpre um excelente papel em articular a cena nacional e segue sendo o melhor espaço para entender o que está rolando, quem está fazendo o que etc.

No mundo da tecnologia, 2015 é ano do Chaos Computer Camp, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo que rola em Berlim a cada quatro anos. E rolam as conferências da revista Wired que sempre leva bons nomes.

O Web Summit em Dublin tem crescido muito também. E tem sempre o SXSW, que traz uma série de tendências e oferece bons workshops.

Softwares que você recomenda e usa no seu computador pessoal
Evito ter coisa instalada no meu computador. Não tenho quase nada além do básico: pacote Office, VLC, Skype. Tento utilizar o máximo possível aplicações na web e na nuvem. O que mais uso são plugins e extensões no próprio browser: AdBlock, Streamus e Pocket, no Chrome, e FireFTP e Download Helper, no Firefox.

Qual a sua opinião sobre cloud computing?
Acho excelente a possibilidade de podermos trabalhar com as informações armazenadas na nuvem. Isso me permite uma grande mobilidade e traz grande facilidade no compartilhamento das informações. Com isso, posso acessar meus e-mails e aplicações de qualquer lugar e não mais ficar esperando em frente a um desktop (como era anos atrás). Quando a internet banda larga for realidade não apenas nos grandes centros urbanos do país, e a conexão móvel funcionar bem em todo lugar, será ainda melhor.

Como seria o computador dos seus sonhos?
Ele teria a mesma capacidade dos bons computadores que já temos no mercado hoje, mas o seu design e código estariam abertos e poderiam ser replicados por qualquer pessoa em qualquer contexto do mundo.

 

AssinaturaHP

 

Com esta série HP/Intel no Draft, vamos falar das ferramentas e tecnologias usadas pelos inovadores. Do lifestyle e dos novos jeitos de trabalhar dos game changers brasileiros. Dos novos espaços de trabalho e dos novos jeitos de gerir dos nossos makers. Do como pensam e como fazem negócios os empreendedores criativos do país.

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