A cultura é um dos componentes essenciais para o bem-estar social. Sabendo disso, a CTG
Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa no País, assume o compromisso de
fomentar projetos para impulsionar a educação e o lazer nas comunidades onde atua. O
desenvolvimento local é um dos pilares da estratégia ESG da companhia, que atua alinhada
aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Três projetos de ensino musical são uma bela amostra deste trabalho. As parcerias da CT
Brasil com as iniciativas Guri, Musicou e Musicando Talentos proporcionam o acesso à
cultura para milhares de jovens de comunidades vulneráveis dos estados de São Paulo,
Paraná e Mato Grosso do Sul, abrindo caminho para um futuro melhor, de aprimoramento
pessoal e profissional.
Juntos, os três projetos somam R$ 3,7 milhões investidos em 20 municípios pela CTG
Brasil, para execução em 2023 via Lei de Incentivo à Cultura. As iniciativas musicais
apoiadas pela companhia vão impactar cerca de 2.750 estudantes só neste ano.
“Nós buscamos municípios com interesse em desenvolver iniciativas como estas e
articulamos com o poder público um local para servir de sede ao projeto. A organização
entra com a estrutura de instrumentos, professores e cronograma de aulas”, explica Paula
Ebeling, responsável pelo planejamento de desenvolvimento social da CTG Brasil.
MÚSICA E CIDADANIA
O Projeto Guri, programa de educação musical e inclusão sociocultural do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma trajetória de quase 30 anos e este ano a expectativa é de que as classes de música cheguem a 70 mil alunos, em 280 polos no interior e 44 na capital paulista. Nos municípios apoiados pela CTG Brasil são cerca de 1.200 alunos atendidos anualmente, em nove polos, e quase 14 mil jovens beneficiados em 11 anos de parceria.
“A parceria com as empresas é fundamental, pois financia o salário de professores e equipes, sempre priorizando a contratação de profissionais das localidades dos projetos, paga compra de instrumentos, manutenção e outros custos para o funcionamento dos polos. É uma questão de perceber o impacto positivo na comunidade, que acolhe e o programa e reconhece os parceiros”, comenta Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, instituição que gere o Projeto Guri.
A educação musical desperta um novo olhar sobre possibilidades, e leva jovens em situação vulnerável a trilharem a música como profissão, seja como instrutores nos projetos, professores e, também, músicos de carreira, atuando em orquestras no Brasil e institutos prestigiados no mundo.
“São empresas maiores, como a CTG Brasil, que acabam trazendo outros parceiros, que se sentem confiantes quando veem um grande nome fazendo este tipo de investimento. Por isso é muito importante essa parceria.”
Paulo Zuben, Santa Marcelina Cultura/Projeto Guri
Além de aprender a tocar instrumentos musicais, os alunos têm oficinas socioeducativas, onde discutem temas como racismo, mulheres na música, entre outros assuntos, como parte da formação.
NOVOS RUMOS PELA MÚSICA
Isaque Elias, hoje com 27 anos, é músico da Orquestra do Theatro São Pedro, em São Paulo. Instrumentista de carreira, já se apresentou em países europeus, como França e Holanda, além de conhecer os Estados Unidos em turnês.
Ele conta que tocava trompete na igreja, mas não se considerava aplicado. Após conseguir uma vaga no projeto, passou a tocar trompa e virou músico profissional, com passagem pela orquestra da EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo). “Além de toda uma estrutura, temos um suporte na caminhada, por assim dizer. Eu creio que o Guri dá tudo que o que um aluno precisa, e se ele se esforçar vai chegar um pouco mais longe.”
Aos 16 anos, Elias pensou em largar os estudos e ajudar a família, que passava por dificuldades financeiras. Ele conta que, graças à rede de proteção formada pelos profissionais do Guri, ele conseguiu não só continuar o sonho musical, como fez testes na França com apoio do projeto. “Não passei por pouco”, lembra, destacando que o maior resultado foi ter aprendido que podia contar com seus professores e colegas para ir atrás de seus objetivos.
PONTOS DE CULTURA NOS MUNICÍPIOS
A parceria com o projeto Musicou, gerenciado pela Sustenidos Organização Social de Cultura, foi iniciada no último ano, com atuação em três estados onde a CTG Brasil possui operações: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Crianças a partir de seis anos recebem aulas de violão e, também, instrumentos que têm tudo a ver com a música regional brasileira, como a vila caipira e o acordeão.
Ao todo, o Musicou atende cerca de 1.700 alunos em cinco estados do Brasil. Mais do que instalar escolas de música em espaços públicos, a proposta do programa é criar pontos de cultura nos municípios, onde bandas locais podem ensaiar, pais levem seus filhos e, também, frequentem o local.
Fernanda Solon, gerente do projeto, explica um pouco mais sobre como este terreno fértil é formado. “Por exemplo, o núcleo de Andirá, no interior do Paraná. Era um município com ações culturais paradas por conta da pandemia, e não estava acontecendo nada no âmbito artístico, sociocultural. Com a chegada do Musicou, os músicos começam a pensar ações integradas ao projeto, ou mesmo uma agenda cultural. Tem uma mão de obra que a gente gera que dá fomento à classe artística, aos músicos da cidade.”
Com a participação do poder público, espaços subutilizados são transformados em pequenos centros culturais, um trabalho que já transformou rodoviárias e bibliotecas municipais, entre outros locais.
No trabalho de popularização de instrumentos regionais, como a viola caipira no Centro-
Oeste, o projeto recebeu uma ajuda e tanto: o músico e ator Almir Sater visitou o polo de Três Lagoas (MS) ainda durante a exibição da novela Pantanal. “Todas as crianças saíram comprando viola caipira e nosso núcleo ficou abarrotado de alunos”, conta Solon.
A CTG Brasil apoia cinco núcleos do projeto (veja lista mais abaixo), e neste ano de 2023 a parceria será expandida para mais cinco municípios, alcançando mais de 1.400 crianças, jovens e adultos.
DESENVOLVIMENTO COM AJUDA DA ARTE
Também na cidade de Três Lagoas, região da usina hidrelétrica Jupiá, operada pela CTG Brasil, um outro projeto de música atua há décadas na promoção de oportunidades para a juventude de regiões carentes. O Musicando Talentos é gerido pela Casa de Cultura do município, uma organização sem fins lucrativos.
“Eu não tinha nada pra fazer, brincava na rua pra lá e pra cá”, conta Suéden Pires, 21 anos, que foi aluno e é professor de contrabaixo, guitarra e violão no projeto.
“Os professores do projeto são aquelas pessoas que despertam uma curiosidade, sabe? Ela fala assim: Você é capaz, você consegue. Então vamos tentar? Se você quiser, se você deixar, eu te ajudo a fazer isso.”
Suéden Pires, ex-aluno e professor do projeto Musicando Talentos
Após três anos estudando música, Pires se tornou monitor do projeto. “Comecei a ser remunerado, tinha apresentações e eu tocava. É uma inspiração para os alunos também. Porque eu era aluno, tocava junto com eles. Então, eles verem eu me tornando professor em tão pouco tempo faz eles pensarem: Nossa ele deu conta, será que a gente dá conta também?”
Nilva Barrozo, coordenadora-geral da Casa de Cultura, acompanha o projeto desde o começo, em 2013. Ela destaca o papel formador que as aulas de música exercem sobre os alunos, proporcionando passeios a museus e possibilidades de fazer apresentações musicais, em muitos casos conseguindo trabalhos acompanhando outros músicos ou tocando em eventos. “Um jovem que fica no projeto durante 12 meses, com 4 horas semanais de aulas, é um jovem que vai ser outra pessoa dentro da sua escola, da comunidade.”
Em 2023, a CTG Brasil continuará apoiando estes projetos, alinhada ao compromisso de promover impacto e desenvolvimento local – uma das metas de sua estratégia ESG. Com foco na atuação social, os projetos apoiados pela companhia empregam moradores locais, gerando renda e beneficiando públicos vulneráveis, tanto no aspecto econômico quanto no social e cultural.
O fomento à cultura faz parte também do escopo da Agenda 2030, estabelecida pela ONU. Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos por esse compromisso estão a promoção da paz, justiça e a busca por instituições eficazes, bem como a redução das desigualdades.
VEJA MUNICÍPIOS ONDE A CTG BRASIL APOIA PROJETOS MUSICAIS
Mato Grosso do Sul
Paraná
São Paulo
Minas Gerais
Paraíba
Como uma marca de bolsas e acessórios pode impulsionar a economia da floresta e o comércio justo? A carioca Bossapack contrata indígenas da Amazônia para pintar e impermeabilizar com látex o tecido de suas mochilas e pochetes.
Como usar o mundo corporativo para reduzir a desigualdade racial? Por meio da tecnologia, a Diversidade.io conecta afroempreendedores a grandes empresas que desejam tornar sua cadeia de fornecedores mais inclusiva.
Marina Sierra Camargo levava baldes no porta-malas para coletar e compostar em casa o lixo dos colegas. Hoje, ela e Adriano Sgarbi tocam a Planta Feliz, que produz adubo a partir dos resíduos gerados por famílias e empresas.