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Na liderança das tecnologias habilitadoras

Luiza Lages - 16 fev 2023Duas mulheres conversam sentadas em uma mesa de trabalho dentro do CESAR, com computador e folha de anotações à frente.
Conheça o Tech Trends, programa que tem o objetivo de fomentar a produção e a disseminação de pesquisas do CESAR em áreas tecnológicas emergentes.
Luiza Lages - 16 fev 2023
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Como centro de inovação de referência posicionado em um grande parque tecnológico, o CESAR dialoga e possui reconhecida competência em tecnologias que vêm revolucionando a indústria, com potencial disruptivo e, simultaneamente, como tendência de crescimento no mercado. “Só que hoje, a gente gera muito conhecimento, mas ainda conta pouco para a comunidade científica e para a sociedade”, explica César França, Gerente de Pesquisa e Cooperação da CESAR School.

Assim, nasceu o Tech Trends, programa que tem o objetivo de fomentar a produção e a disseminação de pesquisas realizadas no centro, gerando ao mesmo tempo resultados tangíveis e relevantes para a sociedade. Desde 2022, grupos de pesquisadores e colaboradores do CESAR e da CESAR School desenvolvem e publicam estudos com foco em tecnologias habilitadoras.

“A gente olha para o Tech Trends como um embrião de mecanismos de produção de conhecimento do CESAR. É uma ferramenta para nos impulsionar para a liderança dessas áreas tecnológicas emergentes”, diz França.

 

A PRIMEIRA CHAMADA

César França, Gerente de Pesquisa e Cooperação da CESAR School.

Para César França, Gerente de Pesquisa e Cooperação da CESAR School, o Tech Trends é uma ferramenta para impulsionar o CESAR para a liderança nas áreas tecnológicas emergentes.

Para a primeira chamada do Tech Trends, foram selecionadas quatro linhas de conhecimento de interesse, que podem impactar a sociedade e clientes do CESAR: ciência de dados e aprendizado de máquina; computação quântica; internet das coisas (IoT); e blockchain. Em maio de 2022, um edital convocou iniciativas de pesquisa para cada uma dessas linhas, que favoreciam a criação de parcerias internas e a possibilidade de agregar conhecimentos de pessoas das diferentes áreas do CESAR.

Grupos liderados por pesquisadores da CESAR School submeteram ideias para o programa e um squad do CESAR ficou responsável pela seleção dos projetos. Esse mesmo grupo encontrou e conectou pessoas que poderiam dialogar bem com as áreas e temas selecionados. Ao todo, 39 pessoas fizeram parte dos quatro projetos, entre colaboradores e consultores do CESAR, das áreas de engenharia, inovação e empreendedorismo, e professores e alunos de graduação e pós-graduação da CESAR School.

França explica que um dos principais benefícios do Tech Trends é capacitar essas pessoas em novas tecnologias habilitadoras, ampliando o protagonismo do CESAR.

“Assim, essas quatro linhas de conhecimento unem interesses de todas as áreas que a gente identificou como potencialmente relevantes para gerar um impacto nos próximos anos, para nós, para o mercado e para a sociedade. São quatro projetos muito importantes com tendência de crescimento dentro da computação”, diz França.

 

OS PROJETOS DO TECH TRENDS

Os quatro projetos selecionados neste primeiro edital começaram a ser executados em julho de 2022 e foram concluídos em dezembro do mesmo ano. Conheça as propostas de cada linha:

Aprendizagem de representações de produtos no contexto de e-commerce

Para sites de e-commerce, sistemas de busca são ferramentas fundamentais para auxiliar clientes a encontrar produtos relevantes, e podem ser o diferencial para a realização ou não de uma compra. Só que os modelos de representação usados nesse contexto são compostos de vetores densos, de grandes dimensões, que estão associados a alto custo de memória. Dentro da linha de Ciência de Dados e Aprendizado de Máquinas, o projeto coordenado pelo professor Rafael Ferreira propôs novos modelos de compressão de representações vetoriais para realização de buscas mais eficientes em e-commerce.

Rede Relâmpago do Bitcoin através da implantação de um POS (point of sale) para comerciantes no Brasil

Na linha de Blockchain e Ativos Digitais, o projeto coordenado por Eiran Simis teve como objetivo pesquisar sobre a rede de pagamentos na segunda camada do Bitcoin, para realização de microtransações. Para isso, utilizou-se um point-of-sale (POS), um dispositivo eletrônico para realizar transações comerciais com meios de pagamento como cartões de débito e crédito. O grupo desenvolveu um POS de bitcoin que seja tecnicamente viável, para realizar testes de campo com comerciantes locais.

Priorização Quântica de Serviços de Manutenção

Empresas que prestam serviços de manutenção precisam deslocar uma equipe até o cliente. Nesse cenário, é importante estabelecer a prioridade dos atendimentos, considerando, por exemplo, a localização e o tempo necessário para a visita. Para entender essa ordem de prioridades, são usados algoritmos de computação clássica – mas estudos mostram que aplicar computação quântica produz resultados melhores. Assim, o projeto coordenado pelo professor Erico Souza Teixeira propôs explorar soluções quânticas para esse cenário de priorização dos atendimentos.

Interfaces Ubíquas para Veículos

O projeto de IoT coordenado por Helda Barros analisou o uso de interfaces para notificar motoristas, de forma segura e que auxilie na tomada de decisão. O grupo estudou, assim, um sistema integrado de comunicação de veículos conectados. O projeto incluiu o desenvolvimento e a análise de um simulador de direção baseado em realidade virtual, além de dados de neurodesign, interpretados de acordo com o processo cognitivo dos usuários.

 

Leia também sobre como o CESAR usa a Inteligência Artificial para o desenvolvimento de soluções digitais robustas.

 

PESQUISA APLICADA E CONHECIMENTO INTERNO

Mais que conhecimento teórico, os grupos fizeram pesquisa aplicada e geraram protótipos. É o caso do projeto Rede Relâmpago do Bitcoin, que entregou um protótipo similar a uma máquina de cartão de crédito, mas que consegue processar operações em bitcoin – a ideia é que a tecnologia fique disponível para uso na cantina do CESAR.

Alguns operaram com simulações, como no caso da pesquisa com Interfaces Ubíquas para Veículos, que analisou que outras interfaces podem surgir dentro do carro além do painel e, para isso, foram desenvolvidos simuladores para testes. No projeto de Priorização Quântica de Serviços de Manutenção, os pesquisadores trabalharam com algoritmos em simuladores quânticos: “nesses cinco meses, o grupo aprofundou-se no estado da arte da computação quântica, propôs um modelo inicial e iniciou as primeiras implementações”, conta Erico Teixeira.

Já o trabalho com Aprendizagens de representações de produtos no contexto de e-commerce fez uso de bases de dados reais:

“Os modelos atuais são muito custosos para conseguir alcançar bons resultados. Por isso, fizemos vários experimentos com modelos do estado da arte para criar representações de produtos”, explica Rafael Ferreira, coordenador do projeto.

Além de protótipos e de artigos científicos sobre as pesquisas, os projetos tiveram como objetivo produzir e disseminar conhecimento interno. Os quatro estudos foram acompanhados semanalmente e, uma vez a cada dois meses, era realizado um checkpoint para que todo o CESAR pudesse conhecer o andamento das pesquisas. 

O Tech Trends vem, assim, como um caminho para agregar valor aos serviços e produtos desenvolvidos pela instituição e expandir a base de mercado do centro, uma vez que esse conhecimento pode provocar conversas com potenciais clientes de forma mais qualificada.

“A ideia é que isso seja difundido dentro do CESAR, para que a gente aumente a nossa competência, avance e possa capitalizar nessas quatro áreas. Para o futuro, a gente gostaria muito de ampliar o programa para incentivar ainda mais a pesquisa e impulsionar o CESAR como um dos grandes centros de  geração e disseminação de conhecimento do país”, diz França. 

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