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No mês da criança, vale refletir: o que podemos aprender com os pequenos?

Fernanda Cury - 17 out 2016 Fernanda Cury - 17 out 2016
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Errar faz parte! Errar é humano! É errando que se aprende! Quantas e quantas vezes ouvimos essa frase durante a nossa vida, desde crianças. Mas apesar disso, depois de adultos, o erro passa a nos assustar e paralisar. Vivemos uma época em que se cultua o sucesso, as pessoas compartilham o que deu certo, mas, por vergonha, não mencionam os erros cometidos no meio do percurso.

É preciso mudar essa postura. Afinal, não há empreendedor que não tenha errado em algum momento. A grande questão é a forma como se encara o insucesso.

Para entender melhor essas questões, conversamos com a educadora Georgya Correa, que há 11 anos fundou, com as sócias Rosa Bertholini e Elaine Naldi, a escola Teia Multicultural. “Valorizamos a educação integral do indivíduo para desenvolver os aspectos emocionais, físicos e cognitivos. Assim, ao invés de apresentar conceitos que devam ser repetidos, fazemos perguntas e os alunos chegam às suas respostas, investigam, descobrem, experimentam, desenvolvendo esses conteúdos de maneiras bem diversas, com prática e registro sistematizado”, conta. Confira, aqui, o que esta expert em educação pensa sobre os erros e acertos da vida.  

Você concorda com o ditado: “É errando que se aprende”?

Georgya Correa: Sim. É no exercício do experimentar, perceber o que deu errado, o que não funcionou ou onde erramos que podemos nos rever, repensar nossos conceitos e nossa prática, transformar o que estava inacabado, incompleto ou errado. Somos todos seres inacabados, em constante aprendizagem e transformação. Quando tomamos consciência dessa verdade e aceitamos nossas imperfeições, podemos melhorar.

Isso é possível de se observar facilmente no dia a dia das crianças, mas também na rotina dos adultos. Estamos sempre aprendendo, revendo, buscando outras maneiras para conseguir chegar aos nossos objetivos. Na nossa história como empresárias, por exemplo, constatamos a importância de repensar estratégias. Quando inauguramos a Teia e nos submetemos à aprovação na Diretoria de Ensino, a Educação Infantil foi aprovada, mas o Ensino Fundamental não. Funcionamos com mandato de segurança e chegamos quase a desistir. Mas resolvemos persistir, rever algumas coisas, reorganizar outras e entramos com o pedido para autorização novamente. Fomos aprovadas e hoje servimos como modelo e fomos indicadas como uma escola Integral e Inovadora pelo MEC.

Até que ponto errar é humano e os erros norteiam o nosso aprendizado? Quando podemos notar que extrapolamos e é hora de parar?

Georgya Correa: Acredito realmente que o erro faz parte da construção, do aprendizado, do crescimento. Mas é essencial aprender com os erros, caso contrário a insistência se torna rebeldia, perde o sentido. A melhor maneira de verificar se estamos no caminho certo é observar os resultados. Analisar se eles estão de acordo com o nosso propósito, com aquilo que acreditamos e almejamos.

Como fazer dos erros um aprendizado realmente eficaz?

Georgya Correa: Tendo, em primeiro lugar, abertura para olharmos para nós mesmos, com tranquilidade, para perceber o que sabemos e onde temos dúvidas e precisamos de ajuda. Essa ajuda pode vir de um estudo, um amigo, um orientador. Percebendo o erro, sem se culpar, apenas aceitando os limites pessoais, procurar ultrapassá-lo. Para ultrapassá-lo é preciso experimentar um novo caminho, talvez outra maneira de fazer a mesma coisa. Algumas vezes, como na escrita de uma criança recém alfabetizada que escreve “caza”, a palavra escrita está certa, o erro está apenas em uma letra! Ou seja, é importante relativizar os erros e fracassos, olhar sobre outra perspectiva.

***

Então, fica a dica: ao invés de “jogar a toalha” diante do fracasso, aproveite a oportunidade para repensar as estratégias, rever suas escolhas e reavaliar o seu negócio. O erro pode – e deve – ser uma ótima oportunidade de aprendizado. E para a sua empresa crescer e amadurecer, faça um exercício de perseverança. Cair e levantar inúmeras vezes, encarar o não de frente, recomeçar e recomeçar, como fazem as crianças.

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

itau

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