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“Muitas soluções focam na fragilidade dos idosos, mas olhar para as potencialidades dessa população é um diferencial importante”

Mariana Alencar - 11 nov 2021Inscrições aos Prêmios à Inovação Social, da Fundación MAPFRE, estão abertas até o dia 15 de novembro.
Inscrições aos Prêmios à Inovação Social, da Fundación MAPFRE, estão abertas até o dia 15 de novembro.
Mariana Alencar - 11 nov 2021
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O número de idosos no Brasil chegou a 32,9 milhões em 2019. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam a tendência de envelhecimento da população brasileira. Prova disso é que, atualmente, o número de pessoas com mais de 60 anos no país já é maior que o de crianças com até 9 anos de idade. Mas como o mercado pode se preparar para esse novo cenário?

O processo de envelhecimento populacional expõe um problema comum na vida de boa parte dos 50+: como fazer parte do mercado de trabalho? Como se atualizar e acompanhar as mudanças tecnológicas? Esses são os problemas sociais os quais a Labora busca resolver. 

A startup oferece uma tecnologia de ponta a ponta que busca ultrapassar as principais barreiras que existem para inclusão e diversidade geracional no mercado. A empresa surgiu em 2019, mas é fruto de experiências de Sérgio Serapião, fundador da Labora: 

Comecei a minha carreira trabalhando em consultorias, mas via que existia um processo bastante desconexo com alguns valores que eu acreditava. Nessa trajetória, o tema de envelhecimento populacional entrou na minha agenda. Em 2014, criei um projeto chamado Lab60+, um ambiente onde jovens e pessoas mais velhas puderam trocar experiências. Começamos a fazer uma série de exercícios de inclusão que foi bem-sucedida. Em 2019, transformamos o projeto em uma empresa”.

Sérgio Serapião, fundador da Labora (Créditos: Nuno Papp)

Sérgio Serapião, fundador da Labora (Créditos: Nuno Papp)

Trabalho validado, empresa reconhecida

A atuação da Labora se dá por meio da participação de pessoas na comunidade digital labora.tech. Com identificação de perfis, treinamentos gratuitos e mapeamento de habilidades, a plataforma consegue atrelar os participantes à vagas sem vieses inconscientes de idade. Hoje, a empresa foca todo o processo em duas áreas: serviços e tecnologia. 

Antes da pandemia, o trabalho de readequação e atualização de profissionais era feito em pequena escala e de forma presencial. Mas, após março de 2020, a empresa migrou para o digital, o que permitiu que uma comunidade de 100 pessoas se transformasse em 20 mil usuários. 

Foi neste contexto também que a Labora foi premiada na categoria “Economia do Envelhecimento” da quarta edição dos Prêmios à Inovação Social da Fundación MAPFRE. Sérgio Serapião conta que o processo de validação do trabalho e reconhecimento da empresa foram os grandes pontos fortes do processo de premiação. 

“O prêmio foi um elemento importante para a continuidade da empresa. Além da bonificação em dinheiro, também recebemos mentorias que nos ajudaram a lapidar as maneiras como nos apresentamos. Outro ponto importante, foi a participação na Red Innova, que oferece uma série de workshops e trocas importantes com outros empreendedores do Brasil, da América Latina e da Espanha”. 

O reconhecimento da empresa em um cenário internacional se relaciona, também, às categorias definidas pela premiação. Sérgio ressalta que não existem muitos prêmios que valorizam a economia do envelhecimento. 

“Ainda hoje, esse mercado é caracterizado por soluções que partem de uma visão ultrapassada sobre o que é longevidade. Muitas soluções focam nas fragilidades dos idosos, por exemplo. É claro que essas soluções são importantes, mas acredito que olhar para as potencialidades dessa população é um diferencial importante no cenário atual” 

Em 2019, a empresa Guiaderodas levou o prêmio na categoria “Prevenção e mobilidade”

Muito além do prêmio 

Com o prêmio da Fundácion MAPFRE, a Labora recebeu 30 mil euros para dar continuidade às atividades desenvolvidas. Para o fundador da empresa, essa é uma parte importante do prêmio que pode ser um ponto de virada para as empresas premiadas (lembrando que, para este ano, o prêmio é de 40 mil euros). 

Os Prêmios à Inovação Social são divididos em três categorias − Prevenção e Mobilidade; Economia sênior; e Melhoria da Saúde e Tecnologia Digital (e-Health) −, e reúnem iniciativas do Brasil, demais países da América Latina e Europa. Na primeira etapa, que acontece em fevereiro de 2022, serão selecionados nove finalistas. Em abril de 2022, os selecionados apresentarão seus projetos a um júri especializado convidado pela Fundación MAPFRE que escolherá o vencedor de cada categoria. 

“Me chamou muito atenção que a bancada do Brasil era muito diferente da bancada de avaliação da Espanha. Por aqui, os júris de avaliação tinham uma característica muito mais de empreendedorismo social. Lá na Espanha havia um peso maior para o mercado. Isso foi bom pois percebemos que a Labora tem tanto uma credibilidade social, quanto uma relevância mercadológica”. 

Última chance para se inscrever 

Se você empreende, desenvolve pesquisas ou tem um projeto de impacto social nas áreas da saúde, mobilidade ou envelhecimento, se inscreva na 5ª edição dos Prêmios à Inovação, da Fundácion MAPFRE. As inscrições estão abertas apenas até o dia 15 de novembro. 

Mais informações e o formulário de inscrições estão disponíveis no site da Fundação MAPFRE no Brasil.

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