Que tal trocar drogas e gravidez na adolescência por leitura e contação de histórias?

Mirela Mazzola - 25 fev 2015O Instituto Ler para Crescer, iniciativa de Elaine Elamid já mudou para melhor a vida mais de mil crianças no Amazonas. (Que tal fazer o mesmo na sua cidade?)
O Instituto Ler para Crescer, iniciativa de Elaine Elamid já mudou para melhor a vida mais de mil crianças no Amazonas. (Que tal fazer o mesmo na sua cidade?)
Mirela Mazzola - 25 fev 2015
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Durante a pós-graduação em Direito Civil, Elaine Elamid, 36 anos, conheceu as ideias do educador pernambucano Paulo Freire. Inspirada por elas e recém-chegada a comunidade manauara Colônia Terra Nova, em 2005, a assessora jurídica se deparou com crianças e jovens em situação delicada. “Mais que não saber ler ou escrever, esses meninos e meninas não tinham um projeto de vida”, diz. A tendência, segundo ela, era que muitos tomassem o mesmo rumo de seus pais, engravidando na adolescência ou se envolvendo com drogas.

Ligada a paróquia católica do bairro, Elaine juntou alguns garotos em uma igrejinha e começou a promover contação de histórias e brincadeiras educativas. Logo o espaço se transformou em biblioteca e brinquedoteca e recebia 40 crianças aos domingos.

Em uma década, o que começou como uma iniciativa local teve avanços importantes. O projeto se tornou o Instituto Ler Para Crescer em 2011 e hoje conta com oito unidades espalhadas pelo Amazonas, que já atenderam mais de mil crianças. Elaine calcula um acervo de cerca de 200 livros por espaço, todos frutos de doações. Ela coordena uma equipe de quase 40 voluntários e concilia a atividade com o emprego no Ministério Público.

Comunidades ribeirinhas também podem navegar no universo da literatura quando um barco repleto de exemplares, alugado pelo projeto, percorre os rios da região. Desde 2014, quando a ideia saiu do papel, 500 crianças já foram beneficiadas.

Mas a preocupação de Elaine com a comunidade vai além dos espaços de leitura. Ao observar que havia algumas adolescentes entre 12 e 15 anos grávidas, ela criou o grupo Joaninha, cujo objetivo é orientar as meninas e prevenir novos casos.

Desde a inscrição do projeto no Movimento Natura, a idealizadora já conseguiu voluntários para necessidades importantes, como produção de conteúdo para o site, um manual que permita à iniciativa se replicar em outros estados e até recepção de voluntários locais e estrangeiros. “Participar do Movimento Natura já trouxe resultados efetivos e vai ajudar a ampliar a visão de mundo das crianças amazonenses”, diz Elaine.

 

Esta matéria, e muitas outras conversas de marca da Natura, podem ser encontradas na Sala de Bem-Estar, no Rede Natura. Seja bem-vindo!

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