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De olho na logística sustentável, a Seara conta como cortou 1400 toneladas de emissões de CO2 com reengenharia de caixas

Bruna Fontes - 29 dez 2021
Algumas caixas de transporte da Seara foram redimensionadas para otimizar os custos e a logística de frete (crédito da foto: André Godoy)
Bruna Fontes - 29 dez 2021
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Pequenas mudanças, às vezes imperceptíveis para os leigos, podem trazer resultados que saltam aos olhos. Em 2021, com seu projeto de reengenharia das caixas usadas no transporte de produtos, a Seara reduziu em 930 o número de viagens de caminhão feitas por ano —e deixou de emitir mais de 1.400 toneladas de gás carbônico na atmosfera.

No início do ano, a área de logística se deparava com alguns desafios. Além dos preços em alta do papelão e do combustível, era necessário padronizar e otimizar materiais e processos.

“Um mesmo produto é feito em fábricas diferentes, e cada uma tem as suas particularidades de processo, de montagem e armazenamento. A questão era como padronizá-las para melhorar o transporte, mas sem dificultar ou encarecer a operação”, explica Yuri Nakandakari, coordenador de pesquisa e desenvolvimento de embalagens na Seara.

O primeiro passo foi fazer uma análise detalhada de 360 produtos e de suas caixas, levando em conta a resistência das embalagens, o peso dos pallets (estrado que serve de base para as cargas), a capacidade de transporte e as distâncias percorridas.

“Foi um trabalho minucioso, indo no detalhe de cada produto. Chegamos a um limite padrão na altura e no peso dos pallets, que seria o ideal para otimizar o transporte dessas cargas”, conta Gisele Nascimento, analista de pesquisa e desenvolvimento de embalagens da Seara.

“Nessa reengenharia, pensamos em novas maneiras de acomodar os produtos para poder transportar, com qualidade e segurança, um volume maior utilizando o mesmo espaço.”

Para resolver esse desafio, o projeto reuniu profissionais de duas áreas da empresa: Pesquisa e Desenvolvimento de Embalagens e Logística, para que cada um agregasse seu conhecimento técnico em prol do objetivo maior.

“Passamos boa parte de 2021 dedicados exclusivamente a esse projeto de reengenharia de caixas”, explica Simone Silva Pinheiro, analista de pesquisa e desenvolvimento de embalagens da Seara. “A nossa equipe, que sempre foca em embalagem, precisou ter um olhar de logística mais amplo e aprender sobre frete, caminhão, transporte, contêiner.”

 

Reengenharia simples, mas inteligente

À primeira vista, pode parecer simples olhar para os espaços vazios dentro de um caminhão de carga e preencher esses espaços com mais caixas para aproveitar melhor o frete. Mas Alysson Martins da Silva, especialista em pesquisa e desenvolvimento de embalagens da Seara, explica que não é bem assim. “É preciso levar em conta a compressão, por exemplo. Eu, que sempre trabalhei com logística, aprendi isso ao ingressar na equipe de P&D Embalagens”, revela.

“Por trás do redesenho das caixas, existe uma riqueza de detalhes técnicos, que vão desde a especificação técnica dos materiais até a ergonomia.”

No processo de reengenharia, o time fez algumas mudanças. Olhando para os pallets, os especialistas realizaram testes para saber em quais casos dava para empilhar mais caixas, sem causar danos às embalagens, e aproveitar a altura (2,10 metros) e o peso (1.200 kg) máximos estabelecidos para o melhor aproveitamento de caminhões.

Onde isso não foi possível, as caixas ganharam reforço para poderem ser empilhadas até a altura limite —algumas fábricas, por suas características de armazenamento, até então faziam pallets com menos de 2,10 m. “Fizemos cálculos para avaliar se era ou não necessário ajustar o parâmetro de compressão da caixa de transporte para acrescentar mais camadas no pallet”, explica Simone.

As dimensões de algumas caixas de transporte foram redesenhadas. Em alguns casos, para consolidar, em um só tamanho, os modelos que tinham dimensões parecidas. Em outros, para reduzir sua altura em poucos centímetros e ganhar camadas a mais no pallet.

 

Redução de impacto ambiental

Além disso, as caixas que estavam no limite do padrão de peso por pallet foram redimensionadas para ter mais unidades em cada camada, reduzindo o empilhamento e, consequentemente, a quantidade de papelão usada na produção das caixas. “Em curto prazo, pudemos movimentar o mesmo volume de carga usando menos quilos de papelão”, diz Yuri.

“Com essas iniciativas, usamos menos pallets, portanto são menos caminhões rodando e menor consumo de acessórios como filme plástico e cantoneiras, promovendo benefício financeiro e ambiental.”

Resultado: aproveitando melhor o espaço de caminhões e contêineres, a empresa deixou de gerar e movimentar aproximadamente 26.000 pallets, otimizou 930 viagens no ano e reduziu em mais de 1.400 toneladas as emissões de CO2 em 2021.

“É um volume expressivo que deixamos de ocupar nas rodovias e navios. Além de economizar transporte, frete e mão de obra, fizemos jus a nosso pilar de sustentabilidade, eliminando os excessos no transporte e reduzindo materiais e emissões”, aponta Gisele.

Em novembro de 2021, o projeto foi reconhecido com o Prêmio Grandes Cases de Embalagem, que valoriza as iniciativas de destaque no ano dentro do segmento de embalagens, tendo como principais quesitos inovação, sustentabilidade e produtividade.

“Mostramos que é possível atingir o máximo da eficiência e otimização sem perder a qualidade e sendo reconhecidos pelo mercado. É um novo olhar que vai se perpetuando para o futuro.”

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