Pode parecer só uma gota no oceano. Mas na visão da Ocean Drop, cada escolha consciente é capaz de movimentar marés. Fundada por um time de quatro oceanógrafos, a marca de suplementos naturais e veganos alia em seus princípios bem-estar e sustentabilidade.
A empresa nasceu em 2016 e hoje é tocada por dois dos fundadores, Juliana Pelli e Murilo Canova (os outros dois deixaram o negócio). No começo, a ideia era trabalhar com superfoods de microalgas, mas a proposta se estendeu para outros tipos de suplementos, vitaminas e minerais.
A marca também abraça uma causa: a Ocean Drop quer ajudar a despoluir as zonas costeiras brasileiras e faz isso por meio da Missão Oceano, iniciativa criada em parceria com a ONG EcoSurf.
A seguir, em entrevista ao Draft, o CEO Murilo Canova fala sobre a proposta da marca, os desafios e cuidados necessários ao empreender no mercado de suplementação, e como funciona a ação de limpeza de praias promovida pela Ocean Drop:
No início da operação da Ocean Drop, o foco eram os suplementos à base de microalgas. O que mudou no caminho para incluir outros nutrientes?
O segmento de suplementos teve um crescimento exponencial nos últimos anos, com as pessoas cada vez mais preocupadas com saúde e bem-estar. Então enxergamos uma oportunidade e vimos que não precisávamos nos limitar as microalgas, apesar de acreditarmos muito nelas.
As microalgas oferecem uma gama diversificada de benefícios e diferenciais, elas são notáveis por seu rápido crescimento, alta capacidade de produção de óleo e baixa necessidade de recursos hídricos e áreas de cultivo.
São ricas em proteínas, vitaminas, minerais, ácidos graxos poli-insaturados (como ômega-3) e antioxidantes, como a astaxantina
Isso as torna uma fonte promissora de alimentos funcionais e suplementos, com potenciais benefícios para a saúde humana, incluindo ação antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora.
Em um mercado saturado como o de suplementos e ainda embalado pelo hype, como vocês se diferenciam?
Sem dúvida os suplementos de microalgas — Chlorella, Spirulina e Astaxantina — são nossos diferenciais. Mas muito além do portfólio, nosso principal diferencial é a nossa causa.
Desde 2016, temos o projeto Missão Oceano, no qual para cada venda de produto da Ocean Drop, retiramos 25 gramas de lixo dos oceanos. Nosso compromisso com o meio ambiente é o que torna nossa marca especial.
Desde a fundação, vocês associaram os produtos a uma causa ambiental. O que essa escolha representa pra vocês? E, na prática, como a Ocean Drop atua hoje para proteger o mar e gerar impacto positivo?
Acho que não tinha como ser diferente, sendo todos os fundadores oceanógrafos; para a gente, sempre foi muito importante garantir que nosso negócio tivesse um impacto positivo nos oceanos.
De 2016 até agora já retiramos 19 toneladas de lixo dos mares e a meta é chegar em 28 toneladas até o final do ano. As ações acontecem na ilha do Cardoso, no litoral sul paulista
O projeto sempre existiu e sempre existirá, mas neste mês dos oceanos [junho] criamos uma campanha para dobrar a coleta, ou seja, pelo menos 50 gramas de lixo a cada venda. Isso é legal porque reforça nosso compromisso.
Como vocês lidam com a desinformação que ainda cerca os suplementos naturais?
Para além da comunicação nas redes sociais, combatemos a desinformação com um forte time de nutricionistas que trabalha pesquisando, estudando cada vez mais sobre suplementação e levando esse conhecimento para mais profissionais da saúde — sejam outros nutricionistas ou médicos.
Também marcamos presença nos principais eventos de nutrição e feiras de produtos saudáveis para ter um contato mais próximo do consumidor final e explicar mais sobre nossos produtos.
O que vocês têm feito para que o uso dos produtos da Ocean Drop venha sempre acompanhado de consciência, orientação profissional e propósito real? E não como um consumo ditado só pela tendência do momento…
Esse é um desafio real.
Com o crescimento do marketing de influência, é muito comum comprarmos algo por indicação de algum famoso(a), mesmo sem ter a certeza absoluta de que temos indicação para aquilo
Além de produzir muito conteúdo para ajudar na jornada de compra das pessoas, hoje nós temos um serviço gratuito de personalização, em que a pessoa responde um questionário; após uma avaliação, um de nossos nutricionistas sugere os suplementos mais adequados para as queixas do paciente.
Você já comeu vitória-régia? Dulce Oliveira começou a cultivar a maior planta aquática do mundo 11 anos atrás. E mesmo diante da desconfiança da comunidade, decidiu transformá-la em ingrediente de conservas e em estrela de um menu-degustação.
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Leonardo Botelho cresceu tomando banho de rio no interior do Pará. Embalado pela memória afetiva, ele e Pedro Pinagé criaram a Rio Piriá, marca de ecobags, camisetas e toalhas artesanais com estampas que retratam a fauna fluvial da região.
