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Um ano de pandemia e você não aguenta mais tanta reunião em vídeo? Confira 4 ideias para equilibrar sua rotina de trabalho

Cláudia de Castro Lima - 18 mar 2021
Para Fabiana Galetol, diretora de RH da Sodexo Benefícios e Incentivos, aprendemos na pandemia a nos adaptar às mudanças de forma rápida, mas sabendo que, neste cenário, testamos os modelos ao mesmo tempo em que os corrigimos (Ilustração: Pikisuperstar/Freepik)
Cláudia de Castro Lima - 18 mar 2021
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Há algumas semanas, a diretora de RH da Sodexo Benefícios e Incentivos Fabiana Galetol fez reuniões com todas as lideranças da empresa. O estado de São Paulo, onde fica a sede brasileira da companhia, estava em fase amarela do Plano de Contingência contra a Covid-19 – e, segundo as premissas de segurança da companhia, seu escritório poderia ser aberto para quem sentisse necessidade de estar em alguns dias por lá.

Depois de debates e treinamentos, o local foi liberado para uso para um número limitado de pessoas. A companhia adquiriu um software no qual os interessados podem reservar as posições de trabalho nos dias em que houver vagas. Chegando lá, eles fazem check-in no local exato, respeitando o distanciamento.

No dia seguinte, São Paulo entrou em fase laranja. Dias depois, já anunciava a vermelha – e um novo lockdown de duas semanas.

Fabiana Galetol, a diretora de RH da Sodexo

“Estamos o tempo todo nos adaptando”, afirma Fabiana. “Uma coisa que aprendemos ultimamente é a nos adaptar a essas mudanças de forma rápida e entendendo o cenário: que é testar, aprender e corrigir ao longo do processo. Não dá para termos plena certeza de nada.”

Foi assim que nos adaptamos – alguns mais, outro menos – ao trabalho remoto. E, com ele, às centenas de reuniões por vídeo. Zoom, Microsoft Teams, Google Meet, Whereby, seja qual for a plataforma lá estamos, hora após hora, sentados em frente ao laptop discutindo projetos, ações, propostas.

“Ninguém mais telefona para resolver um assunto simples, todo mundo já marca uma reunião”, constata Fabiana. “Se existe um lado bom disso é que agora todo mundo respeita o horário de início da reunião, mesmo porque as ferramentas nos avisam.”

Seja como for, a impressão que temos, muitas vezes, é que nos falta tempo para trabalhar de fato, tamanha a quantidade de reuniões às quais estamos expostos.

O que fazer para continuarmos produzindo, mas sem prejuízo de nossa sanidade mental? Fabiana dá aqui quatro sugestões:

#1 Marque reuniões mais curtas
Em vez de reservar uma hora para seus encontros virtuais, marque 45 minutos. Quando sabem que têm tempo de sobra, muitas pessoas tendem a ocupá-lo com outros assuntos que não têm necessariamente a ver com a reunião, apenas para preencher o horário reservado.

“Temos que levar em consideração que precisamos de tempo entre uma reunião e outra para podermos levantar, beber água, absorver o que foi discutido, responder mensagens”, afirma Fabiana. Além disso, precisamos de tempo também para produzir.

#2 Não suspenda rituais
Quando frequentávamos o escritório físico, tínhamos como costume dar várias pausas no trabalho ao longo do dia, como para tomar café ou apenas para ir à mesa do colega conversar com ele. Esses breaks são importantes para, entre outras coisas, diminuir nosso estresse e melhorar a criatividade.

No home office, isso também é essencial. Pare de tempos em tempos, levante-se, beba água, tome um café ou um chá. “E tire uma hora para almoço, mesmo que você faça sua refeição em apenas 20”, aconselha a executiva.

“Não ceda ao ímpeto de voltar ao computador. Assista a um episódio de uma série, se for o caso. Mas tire esse tempo para você. Crie um hábito que relaxa. Não fale de trabalho.”

#3 Discipline-se e cobre disciplina
“O equilíbrio tem que vir de todos os lados”, avisa Fabiana. Segundo ela, cabe ao RH da empresa orientar gestores para que eles façam somente as reuniões necessárias, para que não as agendem para horários como o do almoço (ou muito cedo ou muito tarde) e para que eles próprios orientem suas equipes a fazer o mesmo.

“Mas o colaborador também deve poder declinar de uma reunião se achar que está sobrecarregado ou se ela for marcada em um horário que ele considere inadequado”, afirma. “É preciso que o colaborador tenha esse empoderamento. Não é muito diferente do que deveríamos todos fazer no mundo físico.”

#4 Risque coisas de sua agenda
Pergunte-se, a cada vez que recebe um convite para uma reunião, se sua presença é mesmo necessária para debater o assunto que estará em pauta. “O tema tem a ver com você de fato?”, questiona a executiva. “Não precisamos estar presentes em absolutamente tudo que acontece.”

Se apenas parte da reunião estiver relacionada a você, Fabiana explica que é possível avisar que vai estar apenas nos primeiros 20 ou 30 minutos (ou nos 20 ou 30 minutos finais), para o tema em questão possa ser debatido com sua presença. “E se outras pessoas do seu time estão participando, depois elas podem passar para você os temas que precisam de sua decisão.”

“Em todas as situações, como líderes, precisamos dar o exemplo para que os times sintam-se confortáveis em fazer o mesmo”, acrescenta Fabiana.

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