Zuggi: um buscador que exclui dos resultados conteúdos impróprios para crianças

Mirela Mazzola - 1 abr 2015Natália Lopes: "o empreendedor não pode nunca deixar de ouvir a sua vontade mais profunda - ainda que isso não vá salvá-lo dos erros ou das mudanças de trajetória"
Natália Lopes: "o empreendedor não pode nunca deixar de ouvir a sua vontade mais profunda - ainda que isso não vá salvá-lo dos erros ou das mudanças de trajetória"
Mirela Mazzola - 1 abr 2015
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(Antes de mais nada, sorria: este é post #500 do Draft. Obrigado por ter nos acompanhado, lido, curtido, comentado e compartilhado até aqui!)

 

Inserir as crianças no ambiente digital sem as expor a conteúdo inadequado é um dos grandes desafios contemporâneos de pais e educadores. Em uma busca inocente na internet, é fácil encontrar links relacionados à violência, drogas, pornografia, entre outros assuntos espinhosos e inapropriados.

Mesmo sem ter filhos, a paulistana Natália Monteiro, 29 anos, foi pioneira no Brasil ao perceber a necessidade de filtrar o conteúdo online que chega às crianças. Em 2010, ela lançou o Zuggi, um buscador que filtra e exclui dos resultados os conteúdos impróprios aos pequenos.

O sonho de empreender floresceu em Natália durante a faculdade de Administração. Em uma temporada de estudos nos Estados Unidos, ela visitou uma feira de produtos digitais para crianças e conheceu buscadores semelhantes. Mas a vontade de criar algo voltado ao público infantil veio bem antes disso.

Filha de arquiteta, Natália foi apresentada bem cedo ao universo das artes. “Sempre tive incentivo para estudar música, dança e artes plásticas”, diz. Aos 15 anos, depois da negativa da mãe para trabalhar em lojas e escritórios, veio a ideia de fazer voluntariado. Nesta época, ela ainda vivia em Indaiatuba, no interior de São Paulo, onde morou por quatro anos. Pintura, balé e inglês estavam entre as “aulas” ministradas pela então adolescente em uma ONG. “Sem dúvida, foi uma das coisas mais legais que já fiz na vida.”

Quando descobriu qual seria seu novo negócio, Natália se aproximou da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e da agência de inovação da instituição, a Inova. De lá nasceu a sociedade com a engenheira da computação Luciana Barbieri, a gestora de tecnologia da Zuggi.

Em cinco anos, o site ganhou versões em inglês e espanhol e uma curadoria, o Clube Zuggi, que traz buscas com conteúdos selecionados pela equipe de Natália, como jogos e vídeos. Hoje, o site tem cerca de 10 mil acessos por mês e é aprimorado pelos pais de usuários por meio de denúncias. O próximo passo, segundo a fundadora, é reforçar o contato junto a outros pais e educadores para que eles conheçam e difundam o buscador.

Desde o início do projeto, Natália seguiu o desejo interior de criar um negócio inovador que beneficiasse as crianças. E acredita que este seja o caminho para qualquer empreendedor: “Nunca deixe de ouvir sua vontade mais profunda, apesar de isso não evitar erros ou mudanças de trajetória”, diz.

 

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