A sigla se refere à Global Reporting Initiative (algo como “Iniciativa de Relatórios Globais”, em tradução livre), uma organização internacional independente que se define assim:
A GRI ajuda negócios e outras organizações a se responsabilizar pelos seus impactos por meio de relatórios que comuniquem publicamente esses impactos em linguagem acessível.
Para isso, a GRI promove a transparência e o diálogo entre diversos setores, trabalhando em cooperação com empresas, investidores, formuladores de políticas públicas, sociedade civil e especialistas em variadas áreas a fim de organizar as diretrizes (standards, em inglês) mais usadas no mundo para gerar relatórios de sustentabilidade.
Esse conjunto de boas práticas é revisado regularmente e disponibilizado a todos que se interessem pelo tema – seja para publicar os próprios relatórios seja para estudar indicadores ESG.
A GRI tem sede em Amsterdã, nos Países Baixos, além de uma rede de sete escritórios regionais para atender organizações e stakeholders mundo afora (as regiões não listadas a seguir, como a Europa, são atendidas pela sede):
• Joanesburgo (África)
• Singapura (sudeste da Ásia)
• São Paulo (Brasil)
• Hong Kong (China e imediações)
• Bogotá (América Latina)
• Nova York (América do Norte)
• Nova Déli (sul da Ásia)
Os milhares de relatórios com padrão GRI publicados regularmente por instituições em mais de 100 países são ferramentas fundamentais para indicar caminhos e tomadas de decisão que gerem benefícios econômicos e socioambientais para a sociedade.
A GRI foi fundada em Boston (EUA) em 1997, em meio à comoção pública causada pelo massivo derramamento de óleo no golfo do México pela empresa Exxon Valdez. As bases da organização foram as ONGs CERES e Instituto Tellus (com participação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
O objetivo inicial era criar o primeiro mecanismo de responsabilização para garantir que as empresas aderissem aos princípios de conduta ambiental responsável. Em pouco tempo, esses princípios foram ampliados para incluir questões sociais, econômicas e de governança.
A primeira versão das diretrizes (guidelines) GRI (G1) foi publicada em 2000, fornecendo uma inédita estrutura global para relatórios de sustentabilidade. No ano seguinte, a GRI tonrou-se uma instituição independente e sem fins lucrativos.
Em 2002, a GRI mudou-se para Amsterdã e, neste mesmo ano, foi lançada a primeira atualização das diretrizes (G2). À medida que a demanda por relatórios GRI e a aceitação das organizações cresciam, as diretrizes foram expandidas e aprimoradas, resultando na G3 (2006) e na G4 (2013).
Com os relatórios de sustentabilidade se espalhando pelo mundo, a GRI começou a abrir seus escritórios regionais a partir de 2007, no Brasil. Em seguida vieram os seguintes escritórios: China (2009), Índia (2010), EUA (2011), África do Sul (2013), Colômbia (2014) e Cingapura (2019).
A partir de 2016, a GRI deixou de fornecer os guidelines para estabelecer os primeiros padrões (standards) globais para relatórios de sustentabilidade – os Padrões GRI. As normas continuam a ser atualizadas regularmente (com adição de novos tópicos, inclusive) e disponibilizadas a qualquer instituição ou indivíduo interessados.
De acordo com a própria entidade, publicar relatórios de sustentabilidade é sinal de que a organização que o faz é uma organização responsável e dedicada a ser transparente e honesta com seus stakeholders:
“Por meio dos relatórios de sustentabilidade, uma organização é capaz de compreender e administrar melhor seus impactos em relação às pessoas e ao planeta. Ela consegue identificar e reduzir riscos, aproveitar novas oportunidades e tomar medidas para se tornar uma organização responsável e confiável em um mundo mais sustentável.”
A GRI também pode ser explicado pelos seguintes pilares:
POR QUE
A GRI existe para ajudar organizações a ser transparentes e a se responsabilizar pelos seus impactos a fim de criarmos um futuro sustentável;
COMO
A GRI trabalha para criar uma linguagem global para que as organizações publiquem seus impactos. Isso possibilita que o diálogo e as tomadas de decisões sobre esses impactos sejam feitas de maneira esclarecida.
• A GRI é o padrão global para relatórios de impacto;
• Segue um processo independente e com múltiplos stakeholders;
• Mantém os padrões de relatórios de sustentabilidade mais abrangentes do mundo; • Disponibiliza os padrões (standards) como bem público gratuito.
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