“Se você abrir sua geladeira hoje, quantos produtos da bioeconomia vai encontrar lá?” Essa é a primeira pergunta que a repórter Aline Scherer fez a Paulo Monteiro dos Reis no novo episódio do videocast Drafters. Presidente da Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio), Paulo também é cofundador da Amazonique e da Manioca, que já foi pauta aqui no Draft.
A perspectiva é que até 2050, a bioeconomia será imprescindível para promover uma economia de baixo carbono, podendo movimentar cerca de 30 trilhões de dólares ao ano em termos globais. Na conversa, Paulo falou especificamente da bioeconomia da região amazônica, ou seja, “o uso de recursos naturais do bioma, com o objetivo de promover uma economia que mantenha a floresta em pé e proteja os modos de vida de populações tradicionais”, como explica. O empreendedor mora em Belém, capital do Pará, que em novembro estará no centro do mundo durante a COP30, e crê que, com o evento global no horizonte, o Brasil vive um momento único para fortalecer o setor.
“Por que o mundo tem interesse na Amazônia? Porque a gente está num processo de transição climática. E a Amazônia é o maior reservatório de carbono em terra, tirando os oceanos”
Porém, para que o bioma e seus produtos sejam cada vez mais valorizados, é preciso tornar a Amazônia um assunto cada vez mais tangível no dia a dia dos brasileiros. “A Amazônia foi tratada muitas vezes como algo que nem fazia tão parte do Brasil. As pessoas não conhecem, nunca viajaram, têm noções em forma de caricatura…”
O turismo e a cultura amazônica, acredita Paulo, podem ser um caminho para aproximar a população do tema e acelerar a bioeconomia (por meio, inclusive, de políticas públicas). Confira a seguir o episódio do Drafters com mais este bate-papo urgente:
A opressão aos povos originários se perpetua em sua exclusão do ecossistema empreendedor. Anápuàka Tupinambá fala sobre os desafios da Rádio Yandê, há mais de uma década no ar, e seu novo projeto, uma fintech feita por e para indígenas.
A transição para uma economia de baixo carbono pode adicionar US$ 430 bilhões ao PIB do Brasil até 2030. No novo episódio do Drafters, Patricia Ellen, da AYA Earth Partners, fala sobre desafios e oportunidades que o cenário traz para o país.
A dobra criava carteiras, bolsas e pochetes artesanais com uma fibra sintética, até decidir fechar seu e-commerce. No novo episódio do Drafters, o cofundador Guto Massena fala sobre os dilemas do empreendedorismo e explica a mudança de foco.
