Mulheres que cuidam de mulheres: a ILKA é uma plataforma de saúde integral com foco no público feminino

Dani Rosolen - 31 mar 2022 Dani Rosolen - 31 mar 2022
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Nome:
ILKA.

O que faz:
É uma plataforma que cuida da saúde da mulher de forma integral, conectando as usuárias a profissionais de diversas áreas como fisioterapia, nutrição, psicologia, psiquiatria, entre outras.

Que problema resolve:
Ajudar a encontrar profissionais de saúde com um atendimento humanizado e focado em assuntos mais específicos, como transtornos alimentares, por exemplo. Segundo um levantamento feito pela própria startup com 500 mulheres em abril de 2021, 85% das entrevistadas já passaram pelo problema de não saber onde encontrar uma profissional da saúde de confiança, sendo que 32% já procuraram ajuda, mas desistiram por medo de se frustrar com especialistas que ignoraram suas queixas.

O que a torna especial:
De acordo com a fundadora Ciça Campos, a ILKA é a primeira plataforma de saúde integral feminina do Brasil formada por mulheres que cuidam de mulheres. “Aqui, não oferecemos uma solução direcionada apenas para a saúde mental ou para a reprodutiva, mas sim um time de cuidados personalizado para a usuária, conectando-a a psicólogas, nutricionistas, preparadoras físicas, fisioterapeutas, psiquiatras e terapeutas integrativas que colaboram para a saúde física, mental e emocional da mulher. Além disso, a ILKA é a única healthtech e femtech brasileira que oferece tratamento completo para transtornos alimentares com uma equipe multidisciplinar especializada no tema.”

Modelo de negócio:
O modelo de negócio é focado no B2C com porcentagem sobre consultas avulsas ou assinatura trimestral do Plano ILKA, que oferece três meses de acompanhamento com uma equipe integrada e personalizada de acordo com as necessidades da usuária.

Fundação:
Junho de 2021.

Sócia:
Ciça Campos — CEO e fundadora

Fundadora:

Ciça Campos 30 anos, São Paulo (SP) — é formada em Comunicação Social, com habilitação em Propaganda e Marketing pela ESPM e pós-graduada em Empreendedorismo Digital pela mesma instituição, em um curso realizado em parceria com a ACE Startups. Também é certificada em International Women’s Health and Human Rights pela Stanford University. Trabalhou seis anos no mercado publicitário em veículos de comunicação como Editora Globo e Viacom. Há quatro anos é criadora de conteúdo nas redes sociais, onde fala com mais de 30 mil mulheres sobre saúde mental e transtornos alimentares.

Como surgiu:
Ciça conta que, depois de quase uma década sofrendo com depressão e bulimia, recebeu alta devido ao acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde. “Já me sentindo bem, comecei a compartilhar nas redes conteúdo para ajudar outras mulheres a verem que não estão sozinhas e a se sentirem melhor consigo mesmas, com seus corpos e com a comida”, diz a empreendedora. Depois de quatro anos de experiência e interação com o público feminino, ela percebeu que havia uma necessidade de ter um olhar mais integral sobre a saúde e que as mulheres geralmente encontram  dificuldades para achar profissionais especializadas e acolhedoras na área. A partir disso, Ciça teve o insight de fundar a ILKA durante a pós-graduação em empreendedorismo digital que realizou na ESPM, em parceria com a ACE Startups. “O nome é uma homenagem à Ilka Regina Chaves, minha tia-avó e pessoa preferida, que faleceu aos 78 anos devido à anorexia. A ILKA é uma forma de homenageá-la, de ajudar outras mulheres e de mudar a forma como o mundo pensa o bem-estar físico, mental e emocional feminino.”

Estágio atual:
A plataforma conta com 40 assinantes mensais do Plano ILKA e 84 profissionais da saúde que atendem também com consultas avulsas. A equipe interna da ILKA é formada por duas pessoas.

Aceleração:
Não teve.

Investimento recebido:
A empreendedora investiu 16 mil reais para criar a empresa.

Necessidade de investimento:
“Queremos iniciar uma rodada pré-seed para captar 300 mil de investimento para o período de 18 meses, sendo 30% para investir em tech, 30% em marketing, 20% em vendas e 20% em Customer Experience“, diz a fundadora.

Mercado e concorrentes:
“O mercado mundial de saúde da mulher deve atingir mais de 1 trilhão de dólares em 2027 e movimentar 50 bilhões de reais até 2025. Atualmente, as mulheres gastam cerca de 2,7 trilhões de reais por ano em despesas médicas e das 747 healthtechs no Brasil, apenas 23 delas são focadas na saúde e bem-estar femininos, sendo que as mulheres representam 51,8% da população”, diz Ciça. E complementa: “No Brasil, mulheres são 75% mais propensas a usar ferramentas digitais para cuidados de saúde e buscam um sistema que cuide delas como um todo. Para esse público, a saúde mental está ligada à saúde física e emocional.” Ela cita como concorrentes diretos as startups Vibe Saúde e Alice. Como indiretos, as plataformas Zenklub, Vittude, entre outras com modelo marketplace de profissionais da saúde.

Maiores desafios:
“Nosso maior desafio atual é a equipe reduzida e o baixo budget para marketing, vendas e CX — áreas super importantes para aumentarmos nosso share of mind, fecharmos vendas e mantermos um bom NPS.”

Faturamento:
40 mil reais nos últimos dez meses.

Previsão de break-even:
Entre 6 e 12 meses.

Visão de futuro:
“Nossa meta é ser a maior plataforma feminina de saúde e bem-estar do Brasil. Nosso planos incluem o lançamento do match automatizado entre usuárias e profissionais e health records, e-commerce com produtos de bem-estar, aumento de especialidades e início das vendas B2B”, conta Ciça.

Onde encontrar:
Site
Contato

 

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