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Bizmatch surge para conectar empresas brasileiras ao mercado canadense – e primeiro programa enfoca a indústria Healthtech

Cláudia de Castro Lima - 25 set 2020
O corredor de inovação Toronto-Waterloo, conhecido como "Vale do Silício do Norte", é cheio de oportunidades para empresas brasileiras (Foto: James Wheeler/ Pixabay)
Cláudia de Castro Lima - 25 set 2020
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Melhor porta de entrada para os Estados Unidos e melhor porta de saída para a China, o Canadá virou a meca da inovação e do empreendedorismo. E não apenas por abrir fronteiras da América do Norte e da Ásia. O país tem, em si, inúmeros atrativos.

Quer alguns? Entre todas as nações do G20, o Canadá oferece as condições mais atrativas para a atividade empresarial, com impostos relativamente baixos, PIB de 2 trilhões de dólares e economia em crescimento constante há décadas.

Além disso, o empreendedorismo é uma política de Estado, que recebe incentivos do poder público e conta com diversos programas que abrem o país a soluções inovadoras e escaláveis, inclusive quando são trazidas por empresas de outros países.

Nada disso passou despercebido para a The Factory, empresa que publica o Projeto Draft, que lançou o Bizmatch para conectar empreendedores daqui e de lá. “Esse novo negócio surgiu com a missão de ser o mais efetivo programa de imersão e conexão de negócios entre empresas brasileiras e canadenses”, diz Adriano Silva, fundador e CEO da The Factory.

O negócio, conta Adriano, surgiu após a internacionalização da companhia. “Tínhamos um pé no coração do ecossistema brasileiro de inovação e empreendedorismo, com o Draft e a The Factory, e um pé no coração do ecossistema de inovação e empreendedorismo do Canadá, com o Draft Ca e o Draft Inc”, diz sobre a empresa estabelecida em São Paulo e a outra, incorporada no corredor de inovação Toronto-Waterloo, considerado o “Vale do Silício do Norte”.

Juntar os dois mundos parecia, portanto, natural. “Nosso desejo é contribuir para que mais empresas brasileiras se aproximem do mercado norte-americano”, diz Adriano. “O mercado canadense é a nova fronteira no mundo da inovação e do empreendedorismo. E nós queremos abrir essa fronteira para as empresas brasileiras.”

As lições da spin-off criada em um ano desafiador

Economista e gestora de projetos de inovação e economia circular, Paula Nunes acompanhava com interesse esse processo de internacionalização. “Em 2019, quando soube que o Adriano tinha levado a proposta do Draft para Toronto, e entendendo o posicionamento de ambas empresas dentro dos dois ecossistemas de inovação, percebi que poderíamos explorar mais essa conexão através das missões de negócio no corredor Toronto-Waterloo”, afirma ela.

Paula já atuava com o chapéu de intraempreendedora em uma grande corporação – e já estava de olho no mercado da América do Norte.

“Ao me envolver cada vez mais nas redes de inovação, e percebendo que as cenas do Vale do Silício, China e Israel eram amplamente exploradas por aqui, eu via que o Canadá ainda era território pouco conhecido”, afirma.

As conversas entre Paula e Adriano frutificaram, e ela tornou-se uma das sócias do Bizmatch, ao lado de Adriano e do consultor de negócios Luis Barrionuevo. O projeto está sendo colocado de pé em um ano especialmente conturbado. “A inspiração, no entanto, também vem daí: modelamos e validamos nossa oferta, entendendo os cenários e adaptando a empresa ao momento que estamos vivendo”, diz Luis.

Primeiro programa tem foco em Healthtech

O Canadá tem vários setores de negócios que se destacam. “O setor de Saúde é uma das áreas de excelência. Tanto quanto cleantech, agrotech, games e inteligência artificial, entre outras”, diz Paula. O mercado de Saúde foi escolhido como foco do primeiro primeiro programa digital de imersão do Bizmatch, o Summit Innovation Healthtech 2020.

“Este foi o ano em que a indústria healthtech ganhou posição de destaque no Brasil e no mundo”, diz Paula.

“Então faz muito sentido conectar os líderes desses dois ecossistemas, no Brasil e no Canadá. Nossa aposta é que brasileiros e canadenses têm muito a trocar e a ganhar se aproximarmos os dois ecossistemas.”

O Canadá é um dos maiores mercados de healthtech do mundo. São 1500 startups e scale-ups atuando no setor (no Brasil, estimativas do ano passado davam conta de menos de 400). Os gastos com saúde no país são de 250 bilhões de dólares por ano, ou 12% do PIB. A indústria de healthcare é uma das mais intensivas em uso e gestão das informações do país e o sistema de saúde canadense é reconhecidamente um dos melhores do mundo.

“A BlueDot, por exemplo, é uma healthtech canadense, que atua com inteligência artificial, que, através de análise preditiva de dados, conseguiu antecipar o surto da Covid-19 na região de Wuhan, na China – que mais tarde foi confirmada como o epicentro da epidemia”, lembra Paula.

Uma parceria com velocidade de startup

O Bizmatch está desenvolvendo o Summit Innovation Healthtech 2020 em parceria com o Instituto Caldeira. “O Caldeira está surgindo em Porto Alegre para ser um dos maiores hubs de inovação do Brasil”, diz Adriano. “Desenvolvemos o Summit com eles em velocidade de startup. Eles tinham muito interesse em criar um intercâmbio global e nós os ajudamos a desenhar essa conexão Porto Alegre-Toronto.”

O diretor executivo do Instituto Caldeira, Pedro Valério, afirma que o Rio Grande do Sul tem muita força estratégica no setor de Saúde.

Empresas como Unimed e Hospital Moinhos de Vento estão associadas ao Caldeira, que nasceu com o propósito de criar ações concretas para conectar o estado com o ecossistema da Nova Economia no Brasil e em termos globais também.

“Ao estudarmos os mercados que já tinham maturidade na área de Saúde, o Canadá, com toda sua pujança, surgiu como um dos ecossistemas mais promissores”, diz Pedro. “Então desenhamos um programa que conectasse o mercado canadense com as nossas prioridades”.

As atrações do Summit Innovation Healthtech 2020

O Summit Innovation Healthtech 2020 acontece em cinco encontros de até duas horas cada, nos dias 14, 21 e 28 de outubro e 4 e 11 de novembro, das 18h às 20h. A ideia é promover contato direto dos empreendedores, investidores e executivos do mercado de saúde de ambos os países, proporcionando networking e conexões de negócio entre os participantes e os líderes do mercado global de healthtech.

Na programação, estão temas como:

  • O impacto dos negócios da Cannabis no mercado de Saúde, em conferência com a Canopy Growth, líder mundial na indústria da maconha
  • O case da PointClickCare, unicórnio líder no mercado de senior care na América do Norte
  • O raio X da atuação do MaRS Discovery District, um dos maiores hubs de inovação e empreendedorismo do mundo, na conexão entre grandes empresas e startups.

Paula detalha o modelo de construção dos programas Bizmatch:

“Não oferecemos um produto de prateleira: os programas são customizados. Entendemos a necessidade de cada parceiro e fazemos a curadoria de temas e de speakers mais adequada para a cada grupo”.

O Bizmatch tem o apoio de instituições como a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), a Federação de Empresas Brasileiras e Canadenses (FCBB), o Consulado do Brasil em Toronto e a equipe do Trade Commissioner Services do Consulado do Canadá em São Paulo.

O Summit Innovation Healthtech 2020 tem vagas limitadas. Garanta já a sua.

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