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Pesquisa conclui que Brasil tem vocação para utilização de energia limpa

Ricardo Alexandre - 4 set 2017 Ricardo Alexandre - 4 set 2017
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Lembra do Projeto Girassol, que apresentamos aqui mesmo no Draft no final do ano passado? Trata-se de uma pesquisa do Centro de Inovação da FCA em parceria com o CSEM Brasil, que usa células fotovoltaicas de baixo-custo como uma nova fonte de energia elétrica nos carros. Além de aliviar o alternador do veículo, a técnica reduz o consumo de combustível (já que a energia elétrica nos carros vem do giro do motor) e, em consequência, reduz também as emissões de gases poluentes.

Liderada pelo engenheiro Toshizaemom Noce – mais conhecido como “Toshi” -, a pesquisa analisou as medições de 30 veí­culos de diversos modelos (desses camuflados que às vezes você vê por aí­) durante pouco mais de um ano. “Precisávamos que as medições durassem um ano inteiro para levar em conta toda a trajetória solar”, explica Toshi. Os pesquisadores já sabiam que a insolação (incidência dos raios solares) era maior no Brasil do que na Europa, mas agora, com a conclusão da pesquisa, temos números para quantificar essa diferença.

“Nossa pesquisa mostrou que no Brasil essa média é de 205W”, informa Toshi. Ou seja, o Brasil tem 70% mais insolação que a Europa. Mas este não foi o único dado relevante. “O sombreamento na Europa é de 50%. Isso significa que metade da energia captada pelas células é perdida na sombra. No Brasil, o ângulo de incidência dos raios solares é mais vertical, o que gera menos sombra. Aqui, medimos apenas 25% de sombreamento”.

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O Fiat Argo (acima) foi um dos carros-conceito do Projeto Girassol: um ano pelas ruas estudando os raios solares

Como efeito, as perdas de geração de energia solar no Brasil são metade da referência europeia. O que a combinação desses números revela é que a geografia brasileira é mais de duas vezes mais vantajosa do que a europeia para a utilização da energia solar nos veículos.  Um número bastante expressivo, que comprova a vocação brasileira para a energia mais limpa. Mais uma riqueza natural tupiniquim!

Pois saiba que existe ainda um terceiro dado a ser considerado. “Por causa da característica do nosso trânsito, a média de consumo de combustível é maior no Brasil do que na Europa, muito embora o ní­vel da tecnologia dos motores seja o mesmo”, explica Toshi, de acordo com os dados coletados no estudo. Esta desvantagem, no entanto, significa que, com o uso da energia solar, a economia seria ainda mais expressiva, acompanhada da redução das emissões de poluentes. E isso é só o começo.

Neste momento, os dados da pesquisa estão sendo organizados e preparados para publicação. Assim, os resultados estarão disponí­veis para serem considerados nos planos para o futuro. “Não temos previsão de implantação ainda”, explica Toshi. “A publicação da pesquisa significa que agora já sabemos quanto a tecnologia vai gerar de economia, quanto vai custar a implantação etc. Agora as áreas responsáveis poderão usar essas informações para inovar no futuro”, conclui.

 

Esta matéria pode ser encontrada no Mundo FCA, um portal para quem se interessa por tecnologia, mobilidade, sustentabilidade, lifestyle e o universo da indústria automotiva.

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