“Engajamento emocional, aquela vontade de assistir ao próximo episódio… É isso que estamos buscando em nossos conteúdos”

Marina Audi - 20 jan 2022
Maria Angela de Jesus, diretora sênior de Produção e Gestão de Produção do VIS Américas (crédito: divulgação).
Marina Audi - 20 jan 2022
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Se nos últimos anos você pegou gosto em maratonar séries fora da TV aberta, deve um agradecimento a Maria Angela de Jesus, 58.

Em 2004, ela fez parte de um grupo de pessoas dedicadas a fomentar um novo mercado – produções de séries brasileiras originais. À época, estava na HBO Brasil, onde foi responsável por 16 séries, além de dois documentários.

Depois de vinte anos de casa, Angela foi testar o modelo de produção para o streaming e ficou três anos e meio na Netflix, onde ajudou a desenvolver seis séries: a animação Super Drags (2018); O escolhido (2019); Boca a Boca; Bom dia, Verônica; Coisa Mais Linda; e Reality Z (as quatro de 2020).

Desde junho de 2021, Angela ocupa a cadeira de diretora sênior de Produção e Gestão de Produção do VIS Américas – divisão internacional da ViacomCBS cuja missão é desenvolver novos produtos que conversem diretamente com o interesse do público em conteúdo nacional. “A nossa grande força é produzir para o nosso streaming, o Paramont+”, diz a executiva.

Sempre muito lutadora por um espaço de atuação, Angela começou na imprensa escrita e migrou para TV em 1996. De lá para cá, sua paixão pelo cinema e por produtos audiovisuais só cresceu.

Entre 1995 e 2001, a pedido de Leon Cakoff (1948-2011), fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, ela ajudava na escrita dos catálogos e na recepção dos convidados do festival. Para isso, tirava férias de 15 dias e mergulhava na função. O lado mais glamouroso era circular e conhecer gente do cinema como o diretor português Manoel de Oliveira (1908-2015), o espanhol Pedro Almodóvar, a atriz francesa Anne Parillaud e os cineastas iranianos Mohsen e Samira Makhmalbaf.

Ela só se desligou da mostra ao se tornar mãe do Lucas. Mas quando Leon faleceu uma semana antes da abertura da 35ª Mostra e Renata de Almeida, atual diretora do evento, precisava de ajuda para o festival de pé, lá estava Angela. “Nossa vida é sobre isso… é parceria, amizade, companheirismo.”

Neste meio tempo, e entre uma série e outra, Angela escreveu os livros Ruth de Souza: Estrela Negra (2004), Eva Todor: O Teatro de Minha Vida (2007) e Glauco Mirko Laurelli (2007) para a Coleção Aplauso, a convite do crítico Rubens Ewald Filho.

Leia abaixo a conversa entre Maria Angela de Jesus e o Draft.

 

Como e quando surgiu seu amor pelo cinema?
Na adolescência eu gostava de ir ao cinema. Aos 13, fui assistir a Todos os homens do presidente [de Alan J. Pakula]. Eu nem podia entrar, porque não era um filme para minha idade, mas era amiga do porteiro do cinema e ele deixou. 

Eu também assistia a muitos filmes de madrugada, no “Corujão” da TV Globo. Sexta de noite, eu, meu irmão, minha irmã e nossos primos ficávamos assistindo a filmes até tarde. Era uma delícia! Lembro de ter visto Psicose, do [Alfred] Hitchcock; morri de medo, mas assisti (risos)! Tinha westerns clássicos, como Os brutos também amam, Rastros de ódio..

Nessa época, muitas vezes a gente fugia da escola para ir pro cinema. Hoje, pode ser difícil de compreender, mas em um momento pré-videocassete, DVD e streaming, o cinema era a grande válvula de escape, era onde tinha um entretenimento mais puro

Depois, em 1985, entrei em uma das primeiras turmas do curso que a Editora Abril tinha para recém-formados em jornalismo. Fui trabalhar na revista Carícia, depois fui para a Veja, onde respondia às cartas dos leitores. Esse era o trabalho. Lembro do editor nos dizendo que isso era um ótimo aprendizado porque estávamos conhecendo os leitores. 

Aí surgiu uma possibilidade na área de Variedades, em 1986. Eu “meti as caras” e pedi para ocupar a vaga, que era para cobrir a área de cinema.

Naquela época, como era composta a equipe? Havia diversidade, outros profissionais negros, além de você?
Havia bastante mulheres, mas basicamente, todas as redações eram formadas por pessoas brancas. A mudança de ter mais jornalistas negros veio acontecer bem depois. Isso era parte daquele momento. 

Não era uma profissão para uma jovem negra assumir, porque era mais elitista, de grandes nomes, grandes escritores e intelectuais. Então, o acesso era muito mais difícil

Sempre falo de uma jornalista negra, Maria Amélia Rocha Lopes, com quem tive o prazer de trabalhar na Veja. Pra mim foi muito legal tê-la ali… ela era um farol pra mim. E me deu uns toques porque já era mais experiente, tinha uma vivência muito maior.

A representatividade e a inclusão são sobre isso: ter alguém em quem você possa se espelhar e que possa te ajudar a trilhar o caminho.  

Que outros recursos você usou para sobreviver nesse ambiente pouco diverso e mais individualista?
Minha mãe, Enedite Adelaide de Jesus, sempre foi muito firme conosco. Ela dizia: “Temos de ser altivos, sem sermos arrogantes”. Tipo: não abaixe a cabeça para tudo, não se diminua. Ela sempre valorizou muito a gente. 

Esse foi um presente que ela nos deixou. Imagine que eu ainda era menina e falava que ia para Paris e ela concordava, dizia que daria tudo certo! [risos] E eu pensava: minha mãe acredita em mim.

Acho tão importante o fato de ela ter apostado muito na gente… como isso nos ajudou a não pensar que éramos menos do que ninguém. E não era uma postura arrogante! Era aprender a se colocar 

Essa força e disposição de me manter com a cabeça erguida vêm muito dela e também de minha personalidade. Sempre fui muito espevitada e sem medo de me meter nas coisas.

Quando você chegou à HBO em 1996, as pay-TVs estava em curva crescente. No Sumaré, em São Paulo, que sediava ESPN Brasil, HBO Brasil, MTV Brasil e os canais da antiga TVA (Bravo Brasil, CMT e Eurochannel), havia diversidade de gênero e de orientação sexual, porém, pouquíssimas pessoas negras em cargos criativos. Você era uma delas. Como foi esse começo?
Interessante você perguntar isso. Quem me levou para a HBO foi o Rubens Ewald Filho. A gente se conhecia da crítica de cinema, cobrimos muitos festivais juntos. 

Eu brincava com ele que o convite para eu ir para a HBO foi muito chique! Estávamos no Festival de Cinema de Cannes – eu pelo Jornal do Vídeo, ele pela HBO –, fomos almoçar e ele disse que queria me levar para trabalhar com ele. 

Eu disse que nunca tinha feito televisão. E a resposta dele eu nunca esqueci: “O que eu preciso é do seu conhecimento de cinema, a técnica você aprende com a gente”

O Rubens dizia abertamente do seu orgulho de me ter como Supervisora de Produção e a Tereza Guimarães – uma querida amiga que já perdemos, que era negra também – como Produtora Executiva. Isso era muito legal! 

Éramos nós duas em uma equipe relativamente pequena e tocávamos o dia a dia. Sempre ficou na minha cabeça como ele teve essa preocupação de fazer isso, em uma época que nem se falava sobre inclusão e diversidade.

Na HBO Brasil, a partir de 2004, requisitaram que a equipe local iniciasse a produção de séries nacionais. Não existia uma indústria de audiovisual parruda por aqui, fora de Globo, Record — que iniciava sua reestruturação — e SBT. Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas na criação e na formatação das parcerias ao iniciar a aproximação dos cineastas com o mundo das séries de TV?
No início foi um “quebrar pedras” mesmo, para estruturar a área e pensar como fazer. Naquele momento o Luis Peraza, que ficava em Miami e era o VP de Produção, recebeu o desafio de produzir séries originais, a princípio, utilizando recursos incentivados, o que ocorreu por um tempo porque havia uma disponibilidade de valores.

Os primeiros passos foram no sentido de ler os roteiros das primeiras produções. O Luis falou para mim – que era da área de produção de programas – e para Roberto Rios – da área de aquisições  – que mandaria os roteiros de Filhos do Carnaval [indicada ao Emmy Internacional de Melhor Telefilme/Minissérie em 2006] e Mandrake [baseada nos livros de Rubem Fonseca, foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Série Drama em 2006 e 2008] para a gente ler e dar nota. Fizemos essa lição de casa, abraçamos aquilo com tanta vontade e entusiasmo!

Acho que a facilidade de dar notas veio da experiência que eu tive, e Beto também, de fazer crítica de cinema. De produção em si, eu tinha experiência com programas, uma vivência diferente de produzir ficção. 

Houve muito aprendizado enquanto se fazia, mas foi muito rápido. Em pouco tempo, estávamos com a área montada e começamos a produzir muito fortemente, inclusive com projetos documentais, debaixo do guarda-chuva de Produções Originais.

As 16 séries que você produziu na HBO foram em parceria com produtoras variadas, como Conspiração (Mandrake e Magnífica 70), O2 (Filhos do Carnaval, Destino: São Paulo, Destino: Rio de Janeiro, Psi), Porta dos Fundos (Greg News), Casa de Cinema de Porto Alegre (Mulher de Fases), entre outras. Não concentrar todas as produções na mesma “casa” foi uma estratégia deliberada?
A intenção desde sempre foi ter uma diversidade de olhares e até de estilos de produção. Era, de fato, para fomentar o mercado, porque sabíamos que não dava para ficar só com algumas produtoras. 

Era uma meta da nossa área buscar produtoras e roteiristas diferentes desde o início. A HBO lá fora já tinha esse perfil – e isso foi muito bem recebido aqui também 

Olhávamos, primeiro, para o projeto – e procurávamos dar às produtoras as condições para que pudessem realizar os projetos. Isso era super, superbacana. Era nossa forma de trabalhar e lidar com o mercado.

Após mais de 20 anos na HBO, você foi para a Netflix, que já definiu como “uma janela para o mundo”. Quem está fora desse mercado não entende que para selecionar conteúdos é preciso pensar em quem vai assistir…
Sim. Está havendo uma mudança muito grande nesse mercado de streaming, que começa a ganhar definições e caminhos, até para entender a audiência e qual é o futuro. Por exemplo, é ir para algo cada vez mais próximo da TV aberta? É ir para algo mais sofisticado e premium? Quem é esse consumidor do streaming? Qual é o consumidor que de fato será mais fiel ao que você propõe?

Na minha opinião, ter um público que vai procurar seu serviço por conta das produções que há lá dentro é o caminho mais fácil para se crescer, em termos de volume de produção. É muito fácil e rápido o assinante mudar de conteúdo enquanto está vendo. Ouso dizer que chega a ser cruel. Se em 2 minutos aquilo não te cativar, você abandona

E esse é um grande desafio. O que a audiência quer? Será que quer continuar dando voltas em torno do mesmo tipo de conteúdo, que podem parecer mais derivativos? Ou busca conteúdos mais autênticos e originais? Essa é a grande pergunta para todos nós que trabalhamos com streaming. Autenticidade e originalidade podem, sim, fazer a diferença. Acredito muito nisso. 

Os bons conteúdos funcionam por serem originais, autênticos, por trazerem novas vozes e olhares. Já se produziu tanto no mundo e a produção nunca esteve tão intensa como agora, então, esse é o momento de olhar para isso. 

Bons conteúdos são os que ficam. É só pensar no que a gente gosta e do que a gente se lembra… das nossas produções favoritas.

Há oito meses, você assumiu uma posição na VIS, em que pode vir a produzir para (ou coproduzir com) os canais MTV, Nickelodeon, Nick Jr., Comedy Central, Paramount Network, Telefe e VidCon, além dos streamings Pluto TV e Paramount+, e das plataformas Porta dos Fundos e Backdoor. Quais os desafios de agora?
Quando aceitei o convite da ViacomCBS, um dos motivos foi porque ela já estava fazendo um trabalho muito legal de implementação de ações de inclusão e diversidade. A Tereza Gonzales [par de Angela que fica no Rio de Janeiro] já tinha dado início à Sala de Narrativas Negras. Isso teve um impacto na minha decisão. 

(Lançado em maio de 2021, o núcleo é formado por cinco escritores e roteiristas que desenvolverão conteúdo inclusivo para o VIS, buscando expandir ainda mais a representatividade dentro e foras das telas, além de promover maior equidade racial.)

Brinco que tive dois presentes na minha chegada: a Sala de Narrativas Negras e o projeto Anderson ‘The Spider’ Silva, uma ficção que estamos desenvolvendo e vamos rodar [a série tem estreia prevista para o primeiro semestre de 2022 no Paramount+].

É importante, dentro da empresa, a gente buscar essas narrativas não só no Brasil, mas na América Latina também, com um olhar para as culturas indígenas. Olhamos com carinho para esses conteúdos porque eles são capazes de gerar empatia e conexão com nossos consumidores. 

É bacana também falarmos com uma audiência formada por diversidade de gênero, raça, que é realmente diversa, tem possibilidades, pensamentos, trajetórias e culturas diferentes. Não somos feitos de uma fôrma só

E foi muito legal trazer para a ViacomCBS a minha experiência dos meus anos de canais da HBO, onde a gente fazia de tudo – tinha até uma área de legendagem lá dentro, que era uma loucura! – e também da produção de ficção para streaming que eu vivi dentro da Netflix. A ViacomCBS reúne tudo isso. 

Então, para mim foi superdesafiador. É uma maneira de conciliar essas minhas duas áreas de expertise. Foi muito bom ter a visão do canal, com grade de programação, mas também ter a visão do streaming. 

Isso de fato foi importante e faz a diferença quando se está no comando de um guarda-chuva que cobre todos esses conteúdos. Quando cheguei, me senti muito em casa.

Como você equilibra o lado executiva com o de criativa? Por exemplo, no VIS já foi instigada a olhar reality show (Rio Shore, exibido no Paramount+ e na MTV Brasil, entre setembro e dezembro de 2021), documentário (Adriano, Imperador) e thriller (As Seguidoras), os dois últimos com estreia prevista para este semestre no Paramount+. É fácil para você cuidar de produção executiva e vislumbrar o que é melhor em cada lugar?
É interessante porque minha vivência de produção executiva veio da HBO. Como a área lá era pequena, especialmente no início, a gente tocava todas as frentes. Já o lado criativo é muito forte em mim, talvez por herança de meus anos de jornalismo e crítica de cinema. 

Eu gosto muito de ler o roteiro, pensar na estrutura dele, em caminhos, possibilidades e buscar soluções com os roteiristas. Olho o roteiro com uma visão bem objetiva do que funciona ou não. 

E tive a chance de trabalhar, esses anos todos, com grandes criadores – que não vou citar, porque sempre esqueço de algum e fica chato (risos)! Mas trabalhei com criadores maravilhosos ao longo de toda minha trajetória e isso vai nos embasando e aumentando o escopo de criação.

Acho que o bonito de fazer séries é ver assuntos tão diversos. Sempre digo que o lado executivo é o dia a dia de trabalho e, aqui, tenho uma equipe de produção executiva “parceirona”; quando vai pro criativo, nós, executivos de criação, temos de ter abertura de olhar sem preconceito ou amarras 

Eu uso uma máxima que aprendi com um chefe da Folha da Tarde, o Edilson Laranjeira, sobre crítica de cinema: “Temos de avaliar o conteúdo pelo que ele está se propondo e não pelo que nós gostaríamos que ele fosse…” 

Esse é o primeiro passo. É dizer: “Dentro do que você está propondo, precisa trabalhar aqui, aqui, aqui e aqui!” E não tentar transformar o conteúdo com uma visão subjetiva do que funciona ou não, do que é bom ou não.

Não adianta alguém me apresentar o projeto e eu dizer: “Será que não dá para você fazer uma série de cinco episódios e ao invés de a história se passar em São Paulo, ela se passar em…?”.

Se for assim, significa que você não quer esse projeto, certo?
Exatamente. Se você precisa mudar tanto é porque não é o projeto. Esse respeito e o cuidado com o que está sendo apresentado é algo que sempre falo para todas as minhas equipes. Quando alguém está fazendo um pitch de um projeto pra você, pare, preste atenção, escute o que o outro está dizendo. 

Se eu não tiver tempo, não vou aceitar o pitch. Se eu for receber, vou parar e ouvir a pessoa, bater papo e, mesmo pelo Zoom, vou ouvir olhando para a pessoa! Uma coisa sempre foi importante desde o dia 1, quando eu comecei nessa área: respeito, ouvir e dar atenção ao outro.

Criadores brasileiros, como Wagner Moura, afirmam que nosso mercado audiovisual está em uma crise grave. Você acredita que as plataformas de streaming conseguirão dar conta da tarefa de manter a cultura audiovisual brasileira viva?
Qual seria essa cultura audiovisual e onde o cinema entra em tudo isso? Eu acredito mais na transformação do cinema. Evidentemente, com a pandemia e tudo o que houve, o cinema foi muito impactado e o número de estreias diminuiu muito.

Acredito muito nesse lugar do cinema em nosso imaginário: de você se sentar e assistir a um bom filme. Eu não acho que as coisas terminem assim tão rapidamente. Eu sei que não vamos ter mais audiências imensas no cinema, a não ser para os filmes-espetáculos, tipo Marvel e Star Wars… Mas não vejo esse cenário de não termos mais produção audiovisual

Existe uma produção tão rica e a que sempre se assistiu muito – a produção independente no mundo. Será que isso tudo acaba de uma hora para outra? Eu tenho dúvida.

Por outro lado, sabemos que a produção de streaming cresce pela necessidade de ter conteúdo, porque muitos conteúdos vinham das próprias estreias do cinema. Você adquire filmes feitos para cinema e estreia [a obra] nos serviços. Então, de fato, o volume dessa produção vai crescer cada vez mais e isso é inevitável. 

O que a gente tem que torcer é para que esses conteúdos continuem priorizando o assinante e trazendo diversões legais. Esse é nosso foco na ViacomCBS: buscar conteúdos que falem com a nossa audiência, que criem impacto e sejam capazes de gerar engajamento emocional… querer assistir ao próximo episódio. É isso que move o nosso consumo

Quando você olha a história do cinema, quantos conteúdos não geraram esse engajamento emocional? Pra mim, um dos mais fortes é Jornada nas Estrelas. Eu me lembro de, quando menina, ver a tenente Uhura [interpretada pela atriz negra Nichelle Nichols] no espaço… foi tudo! E foi a inspiração pra Whoopi Goldberg [que interpretou outra personagem do mesmo universo na série A Nova Geração]. Whoopi falava: “Ela chegou no espaço, eu também posso!”.

Eles têm muito mérito, porque era diversidade em 1966. A equipe da Enterprise era muito diversa. Foi uma das primeiras séries a performar um beijo interracial, o beijo da Tenente Uhura com o Capitão Kirk.

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