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Não é só para tratar doenças crônicas: por que a Humora aposta na cannabis medicinal como uma fonte diária de bem-estar

Dani Rosolen - 22 maio 2025 Ana Júlia Kiss, fundadora e CEO da Humora (Foto: Luciano-Alves).
Ana Júlia Kiss, fundadora e CEO da Humora (foto: Luciano Alves).
Dani Rosolen - 22 maio 2025
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Ansiedade, baixa imunidade, dor, falta de libido, insônia, tensão pré-menstrual (TPM)… Todos esses são problemas comuns no dia a dia de muita gente — e já podem ser tratados com cannabis medicinal. Apesar de a prescrição da planta ser mais associada a doenças crônicas, começa a ganhar destaque o seu uso de forma mais abrangente, para garantir bem-estar e qualidade de vida.

Esse é o mercado de atuação da Humora (já perfilada aqui), fundada pela paulistana Ana Júlia Kiss, 39. A startup, que acaba de ser selecionada para o programa de aceleração do Grupo Boticário, vende fórmulas hidrossolúveis que combinam cannabis medicinal, fitoterápicos e aromaterapia em microdoses para uso cotidiano. A empresa também ajuda no match entre médicos prescritores e pacientes, além de facilitar a jornada de compra — do pedido de autorização da Anvisa à importação do produto.

No novo episódio do Drafters, a empreendedora falou sobre o trabalho para “devolver às pessoas os canabinoides que foram roubados pelo proibicionismo”. O tabu segue sendo um problema e as barreiras regulatórias do Brasil, um entrave. Tanto que a produção da Humora ocorre na Califórnia (EUA), onde está a sede da empresa.

“A parte regulatória não tem sido muito fácil e, por isso, a importância dos atos civis, de a gente vir falar sobre o tema, de as pessoas se tornarem pacientes, virarem estatística, porque só assim as coisas vão mudar”, diz Ana Júlia. Por outro lado, ela vê avanços:

“A cannabis medicinal já existe no Brasil há dez anos, tem como comprar na farmácia, importar, plantar em casa com habeas corpus. Além disso, discussões trazidas pelo PL 399 sobre a importância do plantio no Brasil e a decisão pela descriminalização do porte ajudam nesse processo. Acho que a gente está na nossa melhor fase, e daqui a cinco anos [veremos que] muita coisa já mudou”

No papo com a editora Dani Rosolen, Ana Júlia abordou também a importância da educação para combater a desinformação, os estereótipos e os mitos a respeito do tema; comentou sobre o impacto positivo dos canabinoides na saúde da mulher (de modo geral, ainda muito relegada pela medicina tradicional); e trouxe dicas para quem quer ampliar o debate em torno da cannabis medicinal entre amigos e familiares. Assista:

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