O de cima sobe, o de baixo desce
No ano passado, o economista Thomas Piketty colocou bastante lenha no debate da desigualdade nos países ricos. Ele apontou que o 1% de funcionários mais bem pagos de uma empresa ganham, hoje em dia, 191% a mais do que nos anos 80 — enquanto os funcionários no meio da pirâmide estão ganhando 5% a menos.
Novos estudos, repercutidos na Economist, revelam que parte disso é culpa da tecnologia e das grandes empresas, onde aconteceria o mesmo: cargos altos ganham mais e cargos baixos ganham menos. Há duas possíveis justificativas para isso. A de que os trabalhos mais simples são mais facilmente automatizados, e a de que as pessoas aceitam receber menos quando têm promessas de crescer na companhia. A saída para este ciclo de desigualdade, para alguns pesquisadores, pode estar justamente em quebrar as barreiras de entrada das grandes corporações, fomentando startups e pequenas e médias empresas, onde a diferença entre os salários é menos gritante.
A Nintendo segue no jogo
Uma das maiores empresas de games do Japão e do mundo balançou as bolsas de valores e os noticiários de hoje. A Big N, como é apelidada nos EUA, anunciou que está trabalhando em um novo console e que irá produzir jogos para dispositivos mobile. Há muito tempo o mercado esperava tal movimento da Nintendo que, apesar de ser dona de franquias tão icônicas como a do Mario, já não vendia mais tantos videogames como antigamente, sentindo a pressão da Sony e da Microsoft. Para colocar a cereja no bolo, os jogos estão sendo produzidos com a DeNA, uma das maiores desenvolvedoras de jogos mobile no Japão. O Venture Beat explica melhor o impacto da novidade.
A ilha da inovação
Depois de apresentar Belo Horizonte e Recife, o pessoal do Link – Estadão, que está fazendo um especial sobre os principais de polos de inovação no Brasil, foi até Florianópolis, eleita a cidade mais empreendedora do País pela Endeavor. A reportagem mostra o tanto de startups promissoras que aparecem pela cidade, que começou dar seus primeiros passos nessa estrada já em meados dos anos 80.
Uma otimização por minuto
Se Luke Skywalker estivesse treinando com Yoda em alguma empresa de tecnologia em 2015, em vez de dizer para ele fechar os olhos e confiar em seus instintos, o Mestre Jedi possivelmente o mandaria analisar dados, comparar informações e otimizar suas escolhas.
Otimização parece ter se tornado uma palavra de ordem hoje. De blogs de auto ajuda a palestras do TED, vemos o tempo todo coisas do tipo: “como aproveitar melhor o final de semana”, “como ser mais produtivo no trabalho”, “como melhorar no sexo” etc. Até as novas tecnologias, como o Apple Watch, focam na otimização: o relógio analisa uma série de dados sobre o seu corpo, para que você consiga, com os dados, melhorar sua saúde. Isso tudo não é tão novo – há resquícios da lógica tayloriana de trabalho, e até de alguns pensamentos de Stalin para a antiga URSS. O New York Times mostra isso em um artigo sensacional.