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Desfile de carros alegóricos para foliões automotivos

Leandro Alvares - 19 nov 2019Woodward Dream Cruise
São quase 35 quilômetros de desfile automotivo, com milhares de participantes.
Leandro Alvares - 19 nov 2019
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#FCAMeLevaDeNovo! Essa hashtag traduz com propriedade a reação de um grupo de jornalistas automotivos do Brasil após visitar – a convite do Grupo FCA – a edição 2019 do Woodward Dream Cruise, encontro anual em Detroit (EUA) que todo apaixonado por carros sonha vivenciar. E acredite: uma única vez não basta!

“É impossível não querer ir de novo. Gostaria de ter ficado dois dias na avenida”, diz Jorge Moraes, editor do Diário de Pernambuco e âncora do CBN Motor na Rádio CBN Recife.

Seguindo a tradição iniciada em 1995, o evento deste ano teve sua apoteose no terceiro sábado de agosto, passando por várias cidades da região metropolitana de Detroit, no estado de Michigan, que estão no curso dos 34,5 km de extensão da avenida Woodward. De acordo com os organizadores, 1,5 milhão de pessoas acompanharam o desfile de nada menos que 40 mil carros das mais variadas marcas ao longo da semana do evento.

Como de costume, o movimento na região aumenta muito nos dias anteriores e já na sexta-feira a enorme via que liga as cidades de Detroit e Pontiac começou a ser tomada pelo público, seja rodando em automóveis que não se vêem a qualquer hora (nem nos Estados Unidos) ou na calçada, admirando as máquinas, entre elas modelos preparados pela Mopar, a marca da FCA dedicada à customização e a todos os demais aspectos de pós-venda. Até nos estacionamentos dos comércios da avenida ou nas ruas perpendiculares é possível achar automóveis incríveis.

“O universo Mopar apresentado ali mostra o quão grande e importante é a marca para os americanos. Quem gosta de clássicos e tem V8 na veia se impressiona demais”, ressalta Moraes, que, como os demais jornalistas brasileiros, teve a oportunidade de acelerar dez veículos altamente “moparizados”. “Foi surpreendente. A capacidade da Mopar em transformar um carro de carroceria antiga em um bicho moderno e endiabrado é impressionante”, enfatiza o também editor do programa de TV Auto Motor. Ele dirigiu um Plymouth Belvedere 1967 rebatizado de Hellvedere (com emblema novo e tudo), por ter recebido debaixo do capô um HEMI 6.2 V8 Supercharged de 717 cv de potência e 89,8 kgfm de torque. Trata-se do “Hellcrate”, um kit que a Mopar vende na América do Norte para carros antigos que inclui o mesmo motor das versões Hellcat dos Dodge Challenger e Charger e do Jeep Grand Cherokee Trackhawk.

Esse muscle car deixou todos em êxtase. “É um carro intimidador porque é forte demais e não conta com assistências como ABS ou controle de tração ou estabilidade”, explica Rodrigo Mora, editor do blog Mora nos Clássicos, de UOL Carros. “O ronco é brutal, como o resmungar de um rinoceronte que acorda mal-humorado. O câmbio Tremec Magnum de seis marchas não tem delicadeza alguma nas trocas, mas é maravilhosamente curto e preciso. A direção tem muita folga, mas por alguma razão achei um charme especial, porque te dá mais medo de querer guiar rápido.”

Editor-chefe e apresentador do programa automotivo Vrum, Clayton Souza elegeu o Shakedown, um Dodge Challenger conceitual, como o carro mais divertido que conduziu no Woodward Dream Cruise. “Ele tem uma força absurda, com as profundas modernizações na mecânica que vão desde o V8 HEMI de 485 cv aos freios Brembo de alta performance. Foi muito divertido de pilotar”, declara. Feito em 2016, esse “Dodjão” foi montado a partir da carroceria de um Challenger 1971, mas com vários toques modernos, como as lanternas traseiras em LED do carro homônimo atual e o volante do Dodge Viper.

Diretor editorial do site Motor1, Daniel Messeder também se empolgou ao volante do Shakedown. “O vê-oitão gritando a cada pisada forte no acelerador foi realmente algo marcante, sem falar das impressões ao volante. Curti as respostas ágeis da direção e a relação bem curta das marchas. Aliás, vale lembrar que a caixa de direção e a transmissão são da última geração do Viper”, destaca.

Dodge Shakedown Challenger

O Dodge Shakedown Challenger impressiona até visto de trás, com seus pneus superlargos, suspensão rebaixada e as lanternas do Challenger atual integradas à carroceria de 1971. Máquina feita para acelerar, mas que sabe como parar, graças aos freios Brembo.

 

Surpreendente Woodward

Por ter participado recentemente de outro encontro tradicionalíssimo, o Festival de Goodwood – famoso por reunir na Inglaterra clássicos de competição e supercarros –, Rodrigo Mora pôde fazer uma boa comparação entre os dois eventos. “Goodwood é uma orgia automotiva, onde você cruza com Horacio Pagani [fundador da marca de carro que leva seu nome] ou Jackie Stewart [tricampeão de Fórmula 1] como se fosse seu vizinho no supermercado. E fica perto de lendas como as Ferraris e as Benettons do Schumacher e a McLaren MP4/4 do Senna. Já Woodward é a parada do orgulho V8, esse tipo de motor tão discriminado ultimamente”, comparou.

“E Woodward ainda tem dois fatores essenciais. Um é a loucura humana, porque eu não sei de evento nenhum no mundo em que um carrinho de supermercado do tamanho de um caminhão rasgue uma avenida a 90 km/h, com um motor espetado sei lá onde e um maluco no topo, naquele banquinho onde levamos as crianças, dirigindo. E outro é o inesperado: você sabe de muita coisa que estará em Goodwood; ao menos o principal. Em Woodward, não. Quase tudo é uma grata surpresa! Em Goodwood, você pensa: ‘não acredito que estou aqui’. Em Woodward: ‘estou me divertindo muito aqui’. Me senti mais à vontade em Woodward, certamente.”

A rota oficial do Woodward Dream Cruise não alcança toda a extensão da avenida, mas chega perto, com seus 25,6 km. Apesar disso, não há ponto de partida ou linha de chegada. Para participar, basta entrar na via, que fica aberta normalmente ao tráfego. A forma como o público participa é outro diferencial carismático do evento americano. “A disposição das famílias que passam o dia todo na avenida sem dúvida chama a atenção. Muitos levam barracas para acampar e passar o fim de semana curtindo o desfile dos carros dos sonhos”, comenta Jorge Moraes. “Foi bonito ver os moradores e visitantes espalharem cadeirinhas na calçada para ver os carros desfilarem, como vemos no Carnaval, por exemplo. É um evento que mexe com o brio do americano”, completa Rodrigo Mora.

O editor do blog Mora nos Clássicos garantiu ainda que sempre guardará lembranças carinhosas de sua primeira participação em Woodward.

“Pra começar, o pessoal da FCA realmente estava contente em nos receber ali. Para os caras, não se trata de um mero trabalho; eles realmente são orgulhosos do evento e de como as pessoas curtem aparecer no encontro com seus Jeep, Ram, Dodge, Chrysler… Foi muito especial.”

Se ainda restam dúvidas de que o grupo de jornalistas não só curtiu como deseja voltar ao evento, Clayton Souza e Daniel Messeder deixam isso bem claro: “é impossível ver tudo em apenas uma tarde. A vontade que dá é de ficar sentado na calçada o fim de semana inteiro. Estarei lá no ano que vem”, diz Souza. “Diversão nunca é demais. Além disso, gostaria muito de participar outras vezes, pelo fato de cada ano ter produtos diferentes, principalmente da própria FCA, que sempre desenvolve protótipos que desfilam por lá”, acrescenta Messeder.

Plymouth 1967 Belvedere II

A tampa do porta-luvas é um lembrete de que antes de receber o motor HEMI V8 ‘Hellcrate’ de 6,2 litros, este Plymouth de 1967 atendia pelo nome de quase bucólico nome de Belvedere II. Já a foto seguinte (veja galeria) é o registro do novo ‘batismo’…

 

Mopar or no car

Assessor de comunicação da FCA no Brasil, Nícolas Borges acompanhou os quatro jornalistas na viagem e já acumula três passagens pelo WDC. “Já estou me autointitulando o profissional de comunicação brasileiro com maior experiência no Woodward Dream Cruise”, se diverte ao lembrar da primeira ida em 2009, ainda como jornalista, e da segunda em 2015, já atuando pela FCA.

“Mas esta foi de longe a mais especial, pois, pela primeira vez, a Mopar colocou à disposição dos nossos convidados dez máquinas especialíssimas que mostram um pouco da amplitude da marca dentro do grupo. E, assim, eles puderam participar ativamente dessa grande celebração da cultura automotiva norte-americana.”

Borges ressalta a variedade dos modelos preparados pela Mopar, desde protótipos da Jeep feitos para o tradicional Easter Jeep Safari, em Moab, uma meca do off-road nos EUA, até duas picapes Ram 1500 Big Horn, com estilos bem diferentes. A Lowdown, mais conceitual, com estilo mais urbano, suspensão rebaixada e pneus de perfil baixo, e uma voltada para o off-road e totalmente acessível, por ter sido desenvolvida apenas com acessórios da vasta prateleira da Mopar. “Essa picape, por acaso, foi o único veículo em que consegui andar. E já valeu demais, pois na hora que dei aquela aceleradinha mais forte na primeira saída de semáforo, o ronco grave do sistema especial de escapamento de aço inoxidável teletransportou na hora minha imaginação pros muscle cars clássicos da Dodge, Chrysler ou Plymouth. Como se diz por lá, é ‘Mopar or no car'”, finaliza.

 

Separamos mais fotos nesta galeria para você sentir um gostinho do desfile:

 

Esta matéria pode ser encontrada no FCA Latam Stories, um portal para quem se interessa por tecnologia, mobilidade, sustentabilidade, lifestyle e o universo da indústria automotiva.

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