Estamos em 2025 e o Dia das Mulheres continua sendo importante. Se o mundo fosse realmente igualitário, o 8 de março seria só mais uma data no calendário – e não um lembrete constante das desigualdades que persistem.
Enquanto a equidade for mais promessa que realidade (ou apenas flores e bombons), marcar essa data continua sendo não apenas relevante, mas necessário.
Afinal, olhe ao redor: mulheres seguem ganhando menos do que os homens nos mesmos cargos (21% menos), continuam enfrentando assédio, interrupções em reuniões (manterrupting) e outras agressões como mansplaining e bropriating, vivem sobrecarregadas em casa (eis aí a carga mental e a economia do cuidado) e subrepresentadas em cargos de liderança (ocupam 39,1% dessas posições).
Resolver essa lacuna ainda deve levar mais de um século, segundo Maíra Liguori, cofundadora da consultoria Think Eva:
“A gente ainda tem mais de 130 anos para fechar essa diferença entre homens e mulheres globalmente. Ainda tem muitos desafios das mulheres na política, por exemplo, desigualdade salarial — apesar da legislação — e violência, com índices que não param de crescer”
Há dez anos, recém completados, a Think Eva foi criada para capacitar empresas a promover mais representatividade, inclusão e respeito às mulheres no mundo corporativo.
Ainda que haja muito a melhorar, o olhar das organizações vem evoluindo desde o início das atividades da Think Eva. Essa é a percepção da cofundadora Nana Lima:
“Algumas questões não são mais vistas [de forma condescendente] nas empresas dentro do ‘selinho do feminismo’: as organizações entendem que são questões [injustas] que as mulheres passam. E se as empresas quiserem ter equidade, vão ter, sim, que olhar para esses temas”
No novo episódio do Drafters, a repórter Karina Sérgio Gomes bateu um papo com Nana e Maíra sobre os avanços e transformações nas empresas em relação à pauta ao longo desta década de atuação da Think Eva.
Maíra e Nana também abordaram os obstáculos atuais — como a Era Trump e seu impacto negativo em programas de diversidade e inclusão corporativa — e deram dicas para inspirar líderes e empreendedoras a seguir em frente, mesmo em um contexto ainda hostil às mulheres. Assista.
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